𝚆𝙴𝙻𝙲𝙾𝙼𝙴 𝚃𝙾 𝙰𝙻𝙴𝚇𝙰𝙽𝙳𝚁𝙸𝙰

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O dia amanheceu mais cedo, meus pais estavam dormindo quando sai da cama e preparei o café, deixei bacon e ovos na mesa e sai comendo uma torrada com uma xícara de achocolatado. Andei até a casa de Spencer para que Diana viesse até mim.

—Bom dia!

—Bom dia, Diana. Podemos andar um pouco?

—Claro.

Andamos até a frente da casa de Rick. No caminho Diana disse que confiava em mim para a missão de cuidar dos novatos, uma responsabilidade para uma garota de dezoito anos, mas aceitei e me despedi dela, subi as escadas da varanda e quem me decepcionou foi um caipira de cabelos na cara e todo sujo, aparentemente o único que não tomou banho.

—Rick está?

—Estão todos dormindo, preciso voltar ao celeiro que nos encontramos, deixei algumas flechas lá.

—Legal, vou com você.

—Nao preciso de você, sei me virar sozinho.

—Relaxa, não sou nenhum peso morto.

—Eu vi, pela facilidade que te capturamos.

Sorriu de lado e o homem pareceu entender que não se livraria de mim, voltei para casa, mas desta vez ele estava comigo, meus pais ainda dormiam e eu deixei um bilhete dizendo que voltava em breve, peguei minha arma, vesti a regata e coturnos. Sai de casa com uma mochila grande e o homem pareceu entender que eu estaria atrás de outras coisa.

Saímos em silêncio até chegarmos no celeiro, as flechas estavam lá e o homem as juntou, o ajudei e até procurei coisas mas nada ali era útil, exceto um chapéu de xerife que fez o homem dizer a primeira palavra.

—Vamos levar isso.

—Qual seu nome?

Perguntei animada enquanto seguia ele por um caminho curto da floresta, foi quando vi ele desenterrar uma moto de baixo de alguns galhos secos.

—Daryl Dixon.

—Legal, igual meu amigo.

Ele não.estendeu o assunto, apenas me encarou.

—Vai subir ou prefere me olhar com essa cara?

—Onde vamos?

—Onde você planeja ir com essa mochila.

Sorri e subi na moto, me agarrando em Daryl como um coala, ele riu baixinho, mas deu pra sentir pelas suas costas, Daryl entrou na rodovia central e foi algumas horas na.estrada até chegar em uma pequena cidade, a primeira vista que tivemos foi uma farmácia onde eu entreguei uma mochila para Daryl.

—Nem pensar, você vem junto.

—Acredite em mim, seremos mais rápidos se estivermos separados...eu já volto, te encontro na frente da moto...

—E se você não voltar?

—Vá atrás de mim e mate meu cadáver...

Ele assentiu com a cabeça, seus olhos pareciam ter ficado tristes, talvez eu havia feito ele se lembrar de alguém, alguém que ele perdeu e lhe causou dor. Daryl era silencioso, embora sua moto fosse o oposto, eu andei pelas ruas da cidade até uma loja de artigos infantis. Havia um bebê e eu precisava me aproximar dele para sentir vida uma outra vez...eu precisava disso. Peguei fraldas, brinquedos, roupas, sapatos e fórmulas de leite. Peguei também alguns quadrinhos para o garoto, não só isso, para ele eu peguei alguns jogos de tabuleiro e livros para que ele estudasse, eu sei que o mundo havia acabado, mas que mal fazia eu me lembrar deles?

A primeira mochila estava cheia, agora eram suprimentos. Entrei em uma mercearia, a primeira coisa que vi foi uma caixa de chocolates e uma de chicletes que os guardei na bolsa, peguei enlatados que restaram, peguei massas e bebidas como refrigerante e sucos. Era uma cidade quase intocável, enchi três mochilas de coisas e retornei até a moto, lá estava Daryl com um sorriso no rosto.

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