Cena 2: Daddy issues

138 20 1
                                    

        Anna chegou em casa e percebeu que seu pai não estava, a garota agradeceu mentalmente por isso e então foi para o quarto

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


        Anna chegou em casa e percebeu que seu pai não estava, a garota agradeceu mentalmente por isso e então foi para o quarto.

   Tomou um banho e se arrumou, iria sair pois precisava encontrar um velho amigo. Ela gostava de pensar nele como um amigo, pois foi o mais próximo que chegou disso em toda sua miserável vida.

   "Tenho que parar de ser covarde" A garota fala mentalmente, ela tem ciência de que precisa sair desse ambiente tóxico e enfrentar seus demônios. Não podia viver sua vida em um inferno particular.

    Mas tinha medo, medo do que pode acontecer já que tudo é tão complicado. Anna sabe que toda situação ruim pode piorar.

    Enquanto caminhava pelas ruas pacatas de Port Townsend, a garota sentia a brisa fria da noite beijar sua face. A garota soprou e viu o ar expelido se transformar em fumaça.

    As ruas estavam mal iluminadas mas Anna não tinha medo de andar por ali naquela hora da noite, costumava ter medo do escuro quando mais nova mas agora... Encontrava conforto na escuridão.

   Como um analgésico, o silêncio da noite lhe trazia a paz que ela tanto apreciava.

   Quando se aproximou do antigo galpão, já pôde ver vários gatos por ali. Eles a olhavam alarmados e curiosos.

    Adentrou o local e então o avistou, sentado em seu trono com a mesma cara de tédio de sempre.

—O que a traz aqui? —O gato rei pergunta sem demonstrar interesse.

—Achei que ficaria feliz em me ver —A garota fala ironicamente enquanto se senta ao seu lado.

—Não crie tantas expectativas, já não aprendeu essa lição? —Ele sorri de canto.
  
     Sim, a garota está realmente falando com um gato. Algo totalmente normal para quem é consideravelmente anormal.

   Sabia que não era apenas uma humana, mas também não se sentia tão poderosa. Enfim, talvez o medo do "e se" lhe impedia de ir para o próximo nível.

    De repente um gato adentra o galpão, ele estava visivelmente irritado com algo.

—É inadmissível! Aquele idiota vai me pagar! —O gato se aproxima —Vossa majestade... —Ele se curva para reverenciar seu rei.

—O que quer Bigodes? —O gato rei o olha intrigado.

—Um fantasma usou um feitiço em mim! Teve a ousadia de usar aquela corda brilhante! —O gato fala indignado —Quem ele pensa que é?

—Um fantasma? —O gato rei respira fundo —Traga-o para mim, quero olhar nos olhos desse estúpido.

—Como ele era? —Anna pergunta curiosa.

—Parecia inglês, se vestia com uns trapos antigos.

    E então Anna se lembrou, de acordo com a descrição de Bigodes poderia ser o mesmo fantasma que caiu em seu quarto dias atrás.

ᴳᵃʳᵒᵗᵒˢ ᵈᵉᵗᵉᵗⁱᵛᵉˢ ᵐᵒʳᵗᵒˢ, ᵒ ᶜᵃˢᵒ ᵈᵉ ᴾᵃˡᵃᵈⁱᵘᵐ.Onde histórias criam vida. Descubra agora