Das 6 às 7

[...]

Envolto em mistérios, me pergunto: o que transcorreu entre nós? Como navegamos do ontem ao hoje, desvendando um enigma doloroso?

Meus pensamentos são uma tortura, uma dança sombria na mente.

Decido buscar respostas, enviando uma mensagem através do Instagram.

"Olá, você está bem?"

"Sim, e você?"

"Não muito..."

"Algo aconteceu?"

Incapaz de explicar, perguntar ou confrontar...

"Você já mencionou, de forma direta, seu compromisso?"

"Não, não sou comprometida."

"Então, serei direto."

"Nutro sentimentos por você, e ontem Xuxa afirmou ter testemunhado você beijar outra pessoa. Pode ser verdade?"

[...]

O silêncio revela a verdade, uma confirmação dolorosa.

"Tudo bem, não importa. Nós nunca tivemos nada mais do que amizade."

"Isso é verdade." Ela diz.

"Por favor, apenas uma coisa: por que? Por que me deu aquela playlist, prometeu uma noite mágica, apenas para, em seguida, beijar outro?"

"Eu... Eu não sei. Me perdoe."