Prólogo.

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3 de Novembro de 2004.

O caminho de Forks a Port Angeles durava uma hora de carro, e de Forks até Seattle mais uma hora de avião. E nos últimos 2 meses, tenho feito esse caminho regularmente.

Minha mãe, Eloise Grayson, é nascida e criada em Forks. Foi embora da cidade para fazer faculdade de psicologia em Seattle, e lá conheceu meu pai, Daniel Grayson, um estudante de medicina.

Minha mãe sempre me contou as histórias, de como se conheceram e como ela acreditava ter sido amor à primeira vista. Eles se casaram assim que terminaram a faculdade e foram construindo uma vida juntos. Com o tempo, ela abriu o próprio consultório e ele conseguiu um emprego no hospital principal de Seattle.

Eles conquistaram uma ótima qualidade de vida, com uma estabilidade financeira, uma linda casa e uma vida privilegiada em Seattle. Contudo, minha mãe sente falta da tranquilidade e familiaridade da cidade pequena.

E com isso, eles compraram uma casa linda e aconchegante em Forks. Algumas reformas foram feitas para ficar no agrado da família. E esse era o motivo das idas e vindas de Seattle a Forks.

E nesse exato momento, estávamos na estrada que levava de Forks a Port Angeles. Hoje terminou a reforma e em breve eu e minha família nos mudaríamos para a pequena cidade.

— Estou feliz, por mais que eu ame Seattle e nossa vida construída lá, Forks sempre será meu lar — Eloise murmurou no banco de passageiro.

Tirei um dos fones do ouvido, não escutei todas as palavras, mas consegui entender a frase e o que ela quis dizer.

— Ainda não entendo o porquê dessa mudança repentina, deixar Seattle para morarmos aqui. — Bufo — Não tem quase nada nessa cidade.

— Querida, entendo que é difícil para você, mudar do nada para outra cidade, entrar em uma nova escola e se adaptar a uma rotina completamente nova. Mas tenha a mente aberta, é uma forma de recomeçar e encarar as coisas novas. — Daniel diz me olhando pelo retrovisor — Sei que você vai gostar.

— Não quero recomeçar. — Resmungo recolocando o fone e fechando os olhos, voltando a me concentrar na música.

Vejo o olhar que ele me direciona antes de fechar meus olhos. Felizmente ele não insiste no assunto.

Já tivemos esse diálogo várias vezes antes. Posso estar sendo mimada, mas ainda é difícil engolir essa de recomeço.

Bufei irritada, começando a desembaraçar meus longos cabelos dourados com os dedos. Toda essa chuva e vento fazem com que as pontas se embolem com facilidade.

Abri os olhos começando a caçar minha mini escova na bolsa. Meu cabelo é algo ao qual sou extremamente apegada; sempre me certifico de que ele esteja impecável e bem alinhado.

Comecei a dividir o cabelo e desembaraçar o que meus dedos não conseguiram. No meio da ação, notei que um cervo apareceu repentinamente na frente do carro. Meu pai, na tentativa de desviar, jogou o veículo para fora da pista.

Tudo o que consegui processar foi o mundo girando, gritos e ofegos enquanto o carro capotava pela trilha abaixo. Tudo se tornou um borrão, as únicas coisas nas quais consegui prestar atenção foram a dor lancinante que senti no pulso esquerdo, na cabeça e o enjoo agonizante.

Essas sensações persistiram por alguns segundos até eu não sentir mais nada e apagar completamente.

Essas sensações persistiram por alguns segundos até eu não sentir mais nada e apagar completamente

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Capítulo revisado.

OBSESSION, Jasper Hale | REESCREVENDOOnde histórias criam vida. Descubra agora