Advento - Os 24 Encontros • Charles Leclerc & Sofie Vettel

Toda a verdade

•Segunda semana de janeiro• •2024•

Sebastian Vettel

Era uma linda manhã na Suiça, eu estava tomando meu café na cozinha, e fui bombardeado por abraços de Emilie, Matilda e o meu caçula Henry, que estavam prontos para ir para a escola.

Ouvimos o barulho do ônibus, eles saíram correndo, eu e Hanna, minha esposa fomos até a porta e nos despedimos dos 3.

Entramos e seguimos com nossa rotina matinal. Eu me preparava para uma reunião sobre meu novo projeto que estava organizando. E Hanna estava no escritório.

- Seb! Preciso que você venha aqui! - Ouvi a mulher chamar e fui até o cômodo.

- Oi amor, o que ouve?

Ela estava olhando para o computador, com uma expressão séria. Então me aproximei e vi que era um email. Ela olhava espantada para mim enquanto eu lia. Conforme passava os olhos pelo texto, eu também ficava chocado.

Depois de toda aquela informação sem aviso, na linha final havia uma frase "Se não for de seu interesse, Sofie informa que entenderá, e que deseja tudo de bom para o senhor e sua família." De certa forma aquilo me doeu.
Era assinada com "Att Sandro Ferreira
Advogado representante da Koch empreendimentos e família."

Eu não conseguia raciocinar tudo que tinha lido naquele email, minha mulher também estava surpresa.

- Você tem mais uma filha? - Ela falou olhando de volta para o computador. - 21 anos... Pode ser mentira, né?

Eu não sabia o que dizer.

- Ou não... Eu tenho uma vaga lembrança...

- Da mãe? - Perguntou Hanna.

Fiz que sim com a cabeça.

- O nome era brasileiro, eu me lembro do nome Larissa. Mas eu tinha sei lá, 15 ou 16 anos.

- Então existe a possibilidade de ser realmente sua filha? - Questionou.

- Sim. Mas 21 anos... E nenhuma notícia sequer...

- O que você vai fazer? Ela te deu uma escolha...

- Eu não sei. Eu não faço ideia.

- Você faz sim, que eu sei.

Minha esposa me conhecia muito bem, como eu poderia ignorar uma possível filha perdida e seguir a vida normalmente?

- Ela perdeu a mãe recentemente... E aparentemente sabia tanto quanto eu sobre essa história.

- Quer responder? Ou quer que eu responda?

- Você é melhor com essas coisas...

A mulher riu, e escreveu de volta para o advogado, dizia no texto que eu e nossa família tínhamos sim interesse em saber mais sobre a história, e que existia realmente uma possibilidade do fato. Ela terminou agradecendo o contato e me mostrou para que eu confirmasse que podia enviar.

Pesquisamos um pouco sobre a família, e sobre a minha suposta filha. Eles eram bem de vida, então a dúvida inevitável de interesse que surgiu não era uma questão real.

Hanan trocou mais e-mails com o advogado, que disse que a garota gostaria primeiro de realizar um exame de dna para ter certeza.

Concordamos pois era o certo a se fazer.

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Duas semanas depois, o exame estava feito, e o resultado era como eu imaginava, positivo.

Após ver a foto da menina, era inegável que ela era minha filha, toda a minha família concordou assim que mostrei.

Já era início de fevereiro, e eu estava ansioso pois hoje ela viria até a Suiça para conhecer a mim, Hanna e as crianças.

Eu passaria o ano viajando apartir de março, então decidimos ser rápidos para que pudéssemos nos conhecer melhor e com calma.

Era estranho esperar uma filha em casa da qual eu nunca havia conhecido, o pouco que descobrimos sobre Sofie era agradável, Hanna e eu estávamos nervosos com as reações das crianças, mas elas entenderam e ficaram felizes por ter uma nova pessoa na família.

Estávamos todos na sala quando a campainha tocou.