Advento - Os 24 Encontros • Charles Leclerc & Sofie Vettel

12 - Problemas no paraíso

• Hungria•
Circuito de Mogyoród
12/24✔️

Sofie

Estavamos em um parque a poucos minutos do circuito em Mogyoród. O lugar estava praticamente vazio, vimos poucas pessoas enquanto andávamos pelo lugar. Charles havia me levado para almoçar e resolvemos passear um pouco.

Já faziam minutos que estávamos andando, em silêncio apenas observando a vista, notei que sua mão apesar de estar colada na minha se mantinha gelada. Algo estava diferente.

Estávamos entrando em uma espécie de túnel de árvores, o sol passava por ela deixando tudo mais iluminado e bonito, os pássaros cantavam e uma brisa fresca nos atingia, no fim havia uma pequena estátua, estávamos indo em direção a ela quando ele parou na metade, se virando de frente a mim.

Ele pegou nas minhas duas mãos, eu não entendi nada mas achei que ele iria me beijar, então fui mais rápida. Foi um beijo curto.
Quando me afastei ele parecia nervoso. Me olhou por alguns segundos então respirou fundo.

- Era pra eu ter feito Isso antes mas eu não consegui achar o melhor momento. Bem, essa não era a ideia inicial, era para ter sido na Inglaterra mas... - Ele falava muito rapidamente.

Ele mexeu no bolso, então minha ficha começou a cair. Deveria ser um sonho, mas não era. Eu estava prestes a surtar, eu sabia exatamente o que ele faria, e eu não sabia o que fazer.

- Sofie, eu - Ele abriu uma caixinha, e lá estava um anel.

- Não! Charles, não faça isso.

Ele pareceu confuso. Eu que estava nervosa agora.

- Como assim? - Ele perguntou.

- Não faça isso, não peça.

- Sofie, eu não vou te pedir em casamento... Eu não sou tão emocionado assim.

- Eu sei que não, você vai me pedir em namoro. E eu estou dizendo, não faça isso.

Ele parecia mais confuso ainda.

- Você não quer namorar comigo? Mas eu pensei - Ele começou a falar, mas eu não suportaria precisar explicar.

- Vamos embora. - O interrompi.

- Mas Sofie, pelo menos me explica. - Ele parecia inconformado, mas não estava bravo.

- Por favor, Charles. Me leve para o hotel. - Fui ríspida, e ele concordou. Fomos em silêncio para o hotel, e eu fui remoendo o que fiz por todo o caminho.

O carro estacionou na porta da frente. Ele me olhou ainda esperando uma resposta.

- Me desculpa por ser grossa. - Foi a única coisa que disse antes de sair do carro, deixando Charles sem explicações.

Meus olhos estavam cheios de lágrimas, eu era uma hipócrita, eu havia acabado de ser a pessoa mais idiota que poderia ser com Leclerc, mas estava agindo como se fosse a vítima.

Me tranquei no quarto até que ouvi batidas na porta. Eu não queria atender, eu estava com os olhos inchados e com dor de cabeça de tanto chorar.

As batidas continuaram.

- Filha. Sou eu, me deixe entrar. - Era meu pai, ele falava de forma doce, não poderia o ignorar, além disso eu precisava de uma abraço.

Fui até a porta e abri. Logo que ele me viu, pendeu a cabeça para o lado e um olhar de compaixão tomou sua feição.

Apenas cai no choro novamente e ele me abraçou, fechando a porta do quarto.

Ficamos ali por um tempo, ele fez carinho em minha cabeça até que eu parasse de chorar.