5 | Suas dores são uma parte sua, vá em frente e chore, garotinho.

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「NÃO REVISADO.」
:)
E

ai galera, como estão?

Bebendo muita água??

Eu estou ótimo, andei sumida por alguns problemas familiares mas estou super bem. Espero que me perdoem pela escrita mequetrefe

Acho que uma boa música pra escutar nesse começo é: daddy issues.

E a segunda parte eu usei muito a música bloom do The paper kites para escrever mesmo não combinando com a fic.

Espero que gostem :)

Boa leitura...

.......

As ondas do mar batiam nas grandes pedras e a brisa que vinha o fazia companhia numa linda dança. A sensação de viver me preenchia, da mesma forma que seus olhos de vidro faziam-me sentir protegido.

O mar me lembrava você, e a forma como seu espírito flutuava em doces ondas por esse lugar obscuro que chamei de lar, no fim sendo apenas mais uma palavra que cobria como óculos tudo em minha volta.

Você era como o mar dançando em companhia ao vento que te trouxe a mim, limpando meu espírito e me transformando. Você era minha doce dança que fazia meu corpo viver em harmonia.

Entretanto, às vezes, como o mar, você se torna turbulento demais para ser explorado. Suas ondas se tornavam agressivas, sua chuva me queimava deixando marcas grossas em minha pele, seu vento levava minha consciência e me puxava a uma irreal que você criou, seus trovões de um passado distante e ondas imensas de dores marcada em nossa alma, fazendo assim o caos da morte se instaurar onde quer que você passasse.

Você era minha memória obscura.

Feita de ossos, pele, cabelos escuro, uma estatura média e memórias que deveriam ser apagadas juntas a você.

Você tinha nome e sobrenome, mas eu te conhecia apenas por um em específico:

Pai

Aquele que um dia foi meu maior conforto, meu heroi, se tornou ao poucos um tsunami dentro de mim. E mesmo que eu te apagasse de minha memória você voltaria, e da mesma forma que o mar poderia se tornar turbulento sem aviso prévio, duas batidas na porta de madeira poderiam trazer a tona todas essas inconsistência deixadas por você.

- Quem é ? - a senhora de pelo menos sessenta anos, de estatura média, um vestido florido amarelo e olhos tão claros quanto o mar perguntava, enquanto se aproximava rapidamente da porta. Por um segundo até pensou ser seu doce menino que não via a semanas, porém, ao abrir, Jeon Jihye se deparou com a tempestade do mar vindo naqueles olhos tão azuis quanto os seus, aqueles olhos que um dia viu vida, agora estavam mortos. Pode ver ali a tempestade que destruiu sua vida, destruiu sua casa, e acabou com sua família.

- Oi mamãe, como vai a senhora, sentiu minha falta? - um mar sombrio se apossavasse daquele sorriso, um sorriso que costumava lembrar o seu.

Um sorriso que via no seu doce garotinho, de risada frouxa, lindas covinhas, e que trazia vida a sua casa e a sua vida. O vendo cresce desejou que seu filho fosse uma pessoa boa. Que tivesse uma família grande, cheia de filhos para que a mas velha pudesse paparica, uma esposa decente que a amasse da mesma forma que ele a amaria, uma estabilidade financeira e uma linda casa com um quintal para seus netos correrem.

Desejou que seu filho fosse um grande homem, mas agora olhando para aquele rapaz a sua frente podia ver a ganância, desejo, morte e luxúria se sobressaindo a tudo o que um dia já foi.

As vezes a doce mulher pergunta se era realmente aquele homem que ela havia criado, mas seu rosto não negava, era seu filho. O que a fazia se questionar:

Ilha de almas perdidasOnde histórias criam vida. Descubra agora