Alguns dias depois Anahi estava em uma pedra sentada a espera de Anajé.
Quando o viu chegando , levantou-se para apreciar o belo físico de seu futuro marido. Ele era um indio alto , de musculatura forte , cabelos lisos e compridos até o ombro , um rosto assimétrico.
Sem dúvida um belo homem, e acima de todas estas qualidades ele era um trabalhador , pescava como nenhum outro , não havia ninguém como ele em barra velha. Ele só era um pouco carrancudo e na hora do sexo era um bruto, mas ela não reclamava, nunca reclamou , sobretudo porque gostava de ser tocada daquela forma com uma energia voraz que ele tinha. Dava até calafrios em seu corpo só de pensar. Soltou um suspiro observando- o vir ao seu encontro.
Anajé vinha com o arco e flecha na mão e sorriu ao ver Anahi . Ele não a amava , não a queria, mas ele tinha desejos . Ela era muito bonita . tinha uma pele macia e o satisfazia na hora em todos os sentidos quando deitavam juntos, era uma boa aluna e aprendeu rápido como satisfazer , ela gostava do que faziam quando se deitavam.Anahi jogou-se em seus braços sem se importar com a posição do arco e flecha nas mãos de Anajé e foi beijando-o ao passo em que ele retribuiu o beijo e largou o arco e a flecha no chão, e logo o desejo de possui-la tomou conta de seu corpo , chamou-a para trás de uma moita e ali no chão coberto por folhas e galhos eles uniram seus corpos com a velocidade de quem não se amavam há muito tempo .
Anahi fechou os olhos e soltou um gemido de prazer, a terra coberta de galhos e folhas , com formigas a lhe coçar as costas não a incomodava , ela estava entregue totalmente ao prazer. Aquele homem a enlouquecia.
Quando finalmente se satisfizeram , a indiazinha abraçou o seu homem e então ele perguntou: você estava aonde ? Maion perguntou por você outro dia e depois soube que estava doente.
Anahi o apertou mais ainda enternecida pela atenção dele e respondeu .: - eu estou tendo enjoos fortes , mas já passou, por agora , eu já sei o que é que eu tenho.
- E o que você tem?
Anahi olhou para o seu amado Anajé e respondeu:
- Eu estou com nosso filho aqui dentro.
Naquele momento o rosto de Anajé empalideceu e ele ficou calado olhando o sorriso estampado no rosto de Anahi.
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O SOL É PARA TODOS
RomanceEM 1951, uma tragédia, aterrorizou toda uma geração de índios pataxós, que viviam na Aldeia de Barra velha , no extremo sul da Bahia. Amona, vivenciou todo o massacre de seu povo na época e setenta anos após, ela decide dar a liberdade a sua net...