Capitulo 2

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— Eu acho que se olhar matasse, aquele muleke ali da ponta já estaria morto pela forma que você está olhando, Amaury.

Leandro disse calmo, bebendo sua cerveja.

— Eu tô olhando normal.

Após eu passar minutos com cara de taxo desde que Diego chegou, passou pouco tempo depois o intragável do namorado dele chegar. Nathalia diz que não estão namorando, são ficantes, como os jovens dizem agora.

Estávamos nas cadeiras da piscina e eu olhava para Diego e Rafael do outro lado da piscina. Eu não gosto desse cara, acho que já disse isso.

— Coé Maury! Tá na cara que você quer ir lá socar o cara.

— Por qual motivo ele iria bater no menino? Ele tá bem longe da sua filha.

Em compensação, estava muito perto de Diego.

— Cauan, você é burro, né irmão? - Paulinho disse, levantando para pegar outra cerveja.

— Que foi? - Tá, inteligência nunca foi o forte dele, ainda bem.

Paulinho e Leandro já tinham sacado que eu ficava igual a um adolescente de 16 anos com Diego por perto, às vezes gaguejava ou nem sabia falar.

E claro, em um dia bêbado, digamos que falei até demais.

— Ele é maior de idade - Leandro argumentou.

— Ele é amigo da minha filha - ela iria me odiar.

— Ela já é velha. Amaury iria entender - quando foi que Paulo voltou que eu nem vi?

Bebi minha cerveja.

— Não rola.

— Que ces tão falando em? - Cauan se via perdido no assunto.

— Bom, então vai ficar aí apenas babando e morrendo de ciúmes, amigo - Leandro disse sereno e calmo.

— E perdendo um gostoso daquele.

Olhei para Paulinho com vontade de socá-lo lo

— Quer morrer?
— Então, você assume que tá com ciúmes? - merda era armadilha.

— Não, olha, isso já passa, é só uma coisa de momento, eu preciso sair, transar com alguém.

Me encostei novamente na cadeira, suspirando, eu ia morrer com esse desejo.

A bebida descia, amargando com a visão que eu tinha, ele sendo abraçado por aquele idiota.

Merda.

Domingo 22:00

— Já vamos indo, irmão - Paulo me
abraçava, se despedindo.

— Obrigado por virem.

— Aê já vou avisando, vai ter troco, você e o Paulinho roubaram no truco.

— Ah, só aceita a derrota, cauanzinho

Foram ótimas rodadas, para não ter o desprazer de ver adolescentes se agarrarem, entramos e ficamos jogando.

— Pensa no que dissemos, talvez você se saia bem essa noite - Leandro.

— A bebida já entrou no seu cérebro, boa noite.

Vi os três panacas irem embora, são meus irmãos, nós conhecemos desde criança, literalmente estavam comigo desde sempre e viram tudo acontecer na minha vida

Desde me ajudarem a andar de bicicleta, me ajudarem quando Nathalia e Daniel nasceram, e me abraçarem quando eu me assumi bissexual.

Leandro e Paulinho disseram que tinham orgulho de eu me assumir, e disseram que sempre estariam comigo

𝖬𝗒 𝖳𝖾𝗆𝗉𝗍𝖺𝗍𝗂𝗈𝗇 - 𝙳𝚒𝚖𝚊𝚞𝚛𝚢Onde histórias criam vida. Descubra agora