Capitulo 3

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Acabava de contar tudo que aconteceu para meus amigos e sócios.

— Ninguém vai dizer nada?

Fazia um minuto que os 2 me olhavam sérios, Cauan ainda estava em uma reunião. 

— Amaury, desde quando você virou um bundão?

— Vai se fuder Paulo - falei, tacando uma bolinha na cara dele e voltando a me sentar.

— Aí eu tenho que concordar com ele, querendo ou não, ele te deu todos os moles possíveis, agora você sabe que não é desejo unilateral.

Leandro disse como se isso melhorasse as coisas.

— Por que você não pegou ele sendo que estava todo se jogando para você, maury?

— Eu acho que vocês ainda não perceberam a gravidade da situação, eu estava na cozinha da minha casa e se Nathalia acorda? Como eu ia explicar para ela que eu estava quase comendo o amigo dela na mesa onde tomamos café?

— Aí você tem um ponto!

Óbvio que eu tinha razão! A realidade é que não aguentava mais, precisava colocar um fim nisso, ou eu ia morrer de tanta punheta.

— Tá, levasse para o seu quarto ou sei lá, Amaury, a questão aqui é, você está com vontade e ele também, como dizia o grupo revelação, junta a fome com a vontade de comer.

— Nathalia ia me odiar, e eu jamais vou querer isso na minha vida, ela já se machucou demais, não quero eu ser a sua próxima decepção.

Eu preferia morrer a ver ela triste de novo, depois de tanto tempo ela estava animada.

Estava feliz.

— Vamos fazer o seguinte! A gente sai hoje à noite, você sei lá, flerta com alguém, arranja alguém para transar, talvez seja isso - Paulinho sugeriu. 

— Você sabe que eu não combino com esses lugares, né? Mas se for para eu esquecer ele, eu vou.

— Ótimo!

Era só isso, tesão reprimido, eu precisava apenas desgastar isso com qualquer outra pessoa, menos com ele.

Minha secretária eletrônica tocava era Hugo.

— Senhor Amaury! Em 10 minutos temos uma reunião, o senhor anda tão esquecido que achei melhor avisar.

— Obrigado Hugo! Eu realmente já ia me esquecendo.

Ele deu um risinho do outro lado da linha, essa situação já estava me desconcentrando no trabalho.

— Tem o Hugo! - Leandro disse.

— O que tem o Hugo? - perguntei confuso.

— Ai, Amaury, você é lerdo, ele sempre arrastou um bonde para você, ele é  seco com a gente, agora com você. "Ain, senhor Amaury, quer um café? Já comeu hoje?"

Ele fez uma vozinha fina ridícula, e Leandro só ria da péssima imitação de Paulo.

— Só pode ser piada, ele não arrasta um bonde para mim e mesmo se arrastasse, eu não ia pegar meu secretário.

— Bom, mas você sabe, nós somos dimaury

Paulinho disse e Leandro concordo com a cabeça. Como se fosse algo super sério.

— Que caralhos é dimaury?

— Ué, Diego mais Amaury igual a dimaury, e o nome do shipper, e olha que eu e o Leandro ficamos um tempão escolhendo o nome.

— É verdade - era só o que me faltava.

— Vocês tão com tempo para inventar bobagens, não existe "dimaury" e nunca vai existir.

𝖬𝗒 𝖳𝖾𝗆𝗉𝗍𝖺𝗍𝗂𝗈𝗇 - 𝙳𝚒𝚖𝚊𝚞𝚛𝚢Onde histórias criam vida. Descubra agora