𝐏𝐑𝐎𝐁𝐋𝐄𝐌𝐀, nevertheless.

04

Borboletas  —
problema .

— Eu..

O que de fato ele queria dizer com "ver as borboletas"? Eu tenho em minha mente milhões de interpretações pra essa frase, ele quer me levar pra cama? vai me beijar? vai rir e me zoar por ainda sentir atração por ele?! Eu não sei! E isso 'tá me deixando ansiosa, meu estômago está cheio de borboletas agora, era isso que ele queria?

— Você?... — Ele segurou meu queixo de modo delicado, fazendo com que eu fosse "forçada" a olhar para ele.

— O que eu ganho se disser que quero vê-las? As borboletas. — Perguntei.

— Depende, o que você quer ganhar, Min-ji?...

— Você.

Eu poderia estar louca nesse momento, mas, qualquer ação minha nesta noite, será culpa do álcool.

Ele sorriu e desceu a mão por minha cintura, praticamente colando nossos corpos, e então passou o dedão pelo meu lábio, se aproximando, e então ele selou nossos lábios, foi como um selinho demorado até ele pedir passagem para a língua e eu cedi. Eu cedi.

Fechei os olhos, ele explorou minha boca como quis, simplesmente como ele quis. Ele apertava minha cintura, uma pegada boa. Ele separou nossos lábios quando o ar cessou, e finalizou com um selinho rápido.

E um sorriso convencido em seu rosto.

— É isso que você ganha se for ver as borboletas.. — Ele finalizou a conversa anterior.

— Eu... vou pensar se quero ver as borboletas, ainda. — Disse baixo, sem olhar para ele, meu rosto devia estar vermelho, tipo tomate.

— Eu espero o seu tempo, docinho. Agora, posso te levar pra casa ou você ainda é orgulhosa demais para aceitar uma carona?

— Tudo bem, mas é pra minha casa, ouviu?

Ele levantou as duas mãos, rendido, e então riu.

— Tudo bem, você que manda.

Ele tirou a chave do bolso, e me entregou, e então segurou minha mão me guiando pro outro lado da rua, até uma moto preta. Ele pegou o capacete que estava em cima da moto e o colocou em mim, fechando-o com cuidado.

Entrei a chave para ele, e então ele subiu na moto, ligando-a em seguida e bateu no banco para que eu subisse, e eu o fiz. Abracei ele, para não cair... e assim que ele ia dar partida, olhei para o lado e vi... Sunoo?!

Jae-eon deu partida.

Mas.. o que ele estava fazendo ali no beco? eu nem notei a presença dele... bom, não que eu tivesse muito foco para isso. Mas nesse caso, acho que eu deveria agradecer o Jae-eon por ter aparecido.

[ .... ]

O caminho foi silencioso, eu apenas me mantive abraçada a Jae-eon, enquanto as vezes sentia uma de suas mãos acariciarem a minha, se pensar assim, até parece que ele presta.

Assim que chegamos em casa, eu desci de sua moto e ele desceu logo em seguida, me ajudando a tirar o capacete.

— Entregue docinho, sã e salva, bom.. sã nem tanto, mas salva. — Ele riu.

— Haha! Engraçadinho.

— Eu sei que você gosta! — Disse convencido.

— Talvez nos seus sonhos você se convença disso, não?

— Nos meus sonhos, e na realidade também.

— Tenho que entrar, acho que o Sang-woo vai me matar...

— Ele foi dormir na Na-bi hoje, vai ficar bem.. eu digo pra ele que te trouxe pra casa. — Ele disse, subindo na moto novamente.

— Obrigada Jae-eon..

— De nada? Eu acho. — Ele disse, colocando o capacete. — Se ficar com medo de dormir sozinha, me chama!

Ele piscou e deu partida na moto, indo embora.

Tudo bem que ele é um canalha, mas a minha Min-ji de alguns anos atrás está fervendo de emoção por dentro. Ela está com borboletas voando no estômago, mesmo que agora eu tenha que mata-las, porque ele já conseguiu oque queria, já ficou comigo e agora não vai se quer olhar na minha cara..

E eu vou fingir que o álcool foi o responsável por isso, até eu aceitar que eu queria ficar com ele.

Subi as escadas até a porta de entrada, destrancando a porta, entrei para casa e subi para meu quarto, eu precisaria de um bom choque de realidade agora.