A filha rejeitada. A escolhida pelo destino para escrever seu nome na história.
Tudo o que Siggy conhecia era o abandono. O sentimento de ver o amor que tanto necessitava ser arrancado dela pela rejeição tornava a vida da filha de Bjorn Ironside um...
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Conan mantia os olhos na nuca de Aylin como se a sua vida dependesse disso.
Ele tentou focar nos próprios pés para não acabar tropeçando e caindo enquanto os dois seguiam pelo corredor entre as mesas, mas seus olhos traidores insistiam em voltar para a figura de Aylin a sua frente. Aylin em um vestido escandaloso e revelador que deixou os homens e mulheres naquele salão completamente hipnotizados. Ou talvez a culpa não seja do vestido, e sim pela forma como a garota desfilava naquele corredor.
Era como se ela fosse uma divindade agraciando todos ali com a sua presença; como se com um simples piscar daqueles olhos maravilhosos o mundo ao seu redor pudesse ser reduzido a cinzas. A presença dela era assim, como um furacão que colocaria sua vida toda de cabeça pra baixo e mesmo assim no final você acabaria agradecendo.
Uma mulher com essa aparência não deveria ser tão perversa. Isso confunde a mente das pessoas.
Conan sabia muito bem por experiência própria que Aylin era a encarnação da perversidade, algo que sempre o tirava do eixo, mas ultimamente ele se via gostando mais do que deveria dessa perversidade toda; ou sobre qualquer coisa a respeito de Aylin. O assassino só conseguia pensar que estava enlouquecendo, era a única explicação óbvia.
Ele conhecia os joguinhos dela; eles eram muito bons em jogar e deixar a mente um do outro revirada, era o passatempo preferido deles. Conan só não entendia em que momento ele começou a gostar mais do que deveria desses jogos.
Em que momento ele parou de se imaginar enfiando uma adaga no peito dela, para depois começar imaginar como seria usar essa mesma adaga pra cortar aquele vestido em pedaços; ou o momento em que parou de pensar em costurar os lábios dela com agulha e linha para não ter mais que ouvir ela o provocando com seus comentários espertinhos e começou a imaginar coisas mais maliciosas para se fazer com aquela língua afiada. Ele não fazia ideia de quando isso começou a acontecer, Conan só sabia que sua mente agora era invadida por Aylin, quer ele queira ou não.
Conan via apenas o caminho para a perdição a sua frente; ele e Aylin não eram uma boa combinação. A não ser quando estavam trabalhando. Quando o assunto era matar, roubar ou torturar, eles eram a melhor dupla que conhecia. Mas era apenas nisso em que combinavam: no instinto assassino.
Um instinto assassino que estava despertando de forma furiosa em seu interior quando viu os olhares que lançavam para Aylin. Os sorrisinhos maliciosos, os cochichos, os olhos que pareciam despí-la... Conan queria arracar a pele de cada um deles. Pintar as paredes com o sangue que faria jorrar quando cortasse a garganta daqueles que se atreviam a olhá-la daquela forma.
Conan sabia dos desejos que Aylin podia despertar, tanto os assassinos quanto os carnais, mas ele não gostava daquele tipo de olhar em cima dela. Ou de qualquer outra mulher. Ele viu durante boa parte da sua vida as mulheres do bordel onde ele nasceu serem usadas por homens com esse mesmo olhar.