𝓐 noite fria pairava naquele momento, suas lágrimas percorria em sua pele, enquanto seus olhos permanecia fechados, sem ao menos uma força para abrir os mesmos. Seu cabelo tingido a negro com sua maquiagem que desbotada que mesmo assim realçava seus olhos, entrava em contato com o chão frio do apartamento, porém, algo em si a despertou. O telefone! O telefone ainda estava ali, não sabia a quem ligar naquelas horas, porém, em sua mente primeiramente veio seu irmão, Charles, ele sim poderia ajuda-la nesta brecha. Com suas forças restantes, tentou se erguer para ir até o telefone, se segurando entre as paredes que havia por perto.
Quando logo se assentou, discou os números do seminário, o telefone entrou em chamada e ela ansiava para que alguém atendesse, porém tarde da noite, não havia tantas esperanças como ela esperava.Uma pontada em seu coração atingiu Tomas enquanto estava rezando, parecia que algo ruim estava prestes a acontecer, ou algo já estava acontecendo, logo veio em sua mente Serena, sua doce amável Serena que ainda não se dava conta que ela era o amor de sua vida, a pessoa que era para está realmente ao seu lado. O seu nome repetia e repetia em sua cabeça diversas vezes, querendo saber o que estava havendo, o que Serena tinha por deixa-lo ele assim, então, sentiu o seu aroma, o aroma que invadia seu nariz, como um cheiro de rosas.
─ 𝗧𝗼𝗺𝗮𝘀: Por que, Serena? O que você fez para eu ficar desse jeito? ─ desconfiava que algo o fazia ser dominado por Serena, mas não sabia suas respostas certas, ainda não chegou sua conclusão que realmente estaria apaixonado. Tentou deixar isso de lado, e agora, sua única preocupação era dormir naquela noite, deixando seus outros problemas de lado para abrigar o sono que habitava dentro de si, mas antes que pudesse fazer alguma coisa, ouviu um soar estranho, era baixo, parecia vim de longe, mas aquilo lhe incomodava, parecia estar lhe chamando. Percebeu que não era nada mais nada menos que o telefone da sala do superior.
─ 𝗧𝗼𝗺𝗮𝘀: Quem será que está ligando essas horas?! ─ Tomas já um pouco insatisfeito, teve que se levantar para ir ao corredor, que o som ficava ainda mais nítido. Caminhou alguns passos, até chegar na sala de seu superior, assim que pegou o telefone, no outro lado da linha ouviu um suspiro de alívio. ─ Alô? ─ Tomas deu a iniciada para a certa conversa.
Era Serena, do outro lado da linha, se emocionou quando ouviu alguém corresponder, tanto que seus olhos encheram completamente de lágrimas, com a voz trêmula, tentando manter a calma que não tinha, começou articular para o rapaz que no entanto para ela era desconhecido. ─ Por favor! Me ajude! Eu estou em apuros! O meu marido é um monstro!
De começo, Tomas não reconheceu a voz, e sim, estava preocupado por aquela voz está tão ofegante e tensa, ficou preocupado por uma moça esta daquele jeito tão assustada. ─ Se acalme, moça! O que aconteceu?! Por que não ligou para a polícia?
─ 𝗦𝗲𝗿𝗲𝗻𝗮: A polícia irá fazer nada! Está me ouvindo? Eles tem dinheiro, eu não vou sair em defesa, por favor me ajude! ─ Sua voz que de começo estava trêmula tentando manter a calma, agora parecia rouca e desesperada, querendo de todas as maneiras por ajuda.
─ 𝗧𝗼𝗺𝗮𝘀: Calma, moça, tenta manter o controle. Como eu posso te ajudar? Qual é o seu nome, onde mora?
─ 𝗦𝗲𝗿𝗲𝗻𝗮: Só quero que comunique com o meu irmão, meu irmão Charles, eu só preciso dele, por favor, por favor, por favor.. ─ Seu rosto bateu contra escrevaninha enquanto chorava, parecia está perdendo suas forças.
─ 𝗧𝗼𝗺𝗮𝘀: Serena?! Serena é você?! ─ Ele encaixou as peças, a voz para ele começou a fazer ficar familiar, tentou se comunicar ainda com ela, porém, já era tarde demais, o telefone foi desligado, por ela mesma, Serena havia colocado no gancho. Agora, a cabeça de Tomas começava a rodopiar como um pião, tentou manter a calma agora para ele, se sentou na poltrona principal, estava tonto por aquilo. ─ Eu preciso fazer algo.. Isso, eu tenho que fazer algo! ─ Quando recuperou suas forças, pronto para o seu plano que agora era ajudar Serena, importando ou não pelo o que aconteceu mais cedo, a porta se abriu e Tomas logo a olhou, era seu supervisor, encarando o mesmo.
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Meu Maldito Coração.
FanficEm 12 de janeiro de 1950, Serena é forçada a um casamento arranjado, mergulhando em um relacionamento tóxico. Ao se mudar com o marido, conhece o padre da região, por quem inicialmente sente ódio. No entanto, esse sentimento se transforma em um amor...