perdido em seus braços

flores de cerejeira parte - 1

Senku Ishigami

Eu não podia acreditar no que tinha acabado de acontecer, Gen Asagiri tinha acabado de dar um beijo na minha bochecha?

Ele estava com um parafuso a menos? Ou será que ele é gay e gosta de mim, se for esse o caso terei que dispensa-lo, não posso me relacionar, tenho que me preocupar com a volta da humanidade, mas porque meu coração estava acelerado e meu rosto queimando?

Sento na minha cama e vejo a garrafa que ele tinha bebido a Coca-Cola, pego ela e a analiso, como pode isso ter deixado ele tão feliz?

Se eu fizer mais disso ele vai me dar outros beijos? Se eu fizer outra coisa que ele quer muito ele vai me dar algo melhor que um beijo na bochecha? No que eu estou pensando?

Minha mente está me traindo, me fazendo pensar nessas coisas pervertidas, eu não posso negar que ainda sou um adolescente e estou com os homonios a flor da pele então deve ser porque estou na seca, se eu bater uma deve funcionar

****

—

Gen ~ — digo entrando na cabana onde a produção de baterias está a todo vapor — gostaria de alguma coisa,  sabe, que eu possa fazer cientificamente?

— esse e um tipo de pergunta estranha de se fazer, porque isso do nada? — ele novamente não me olhou nos olhos então me sento em sua frente e começo a fazer pilhas, porquê?

Gen me olha desconfiado — você não nada melhor para fazer não? — ele pergunta tomando a pilha das minhas mãos — você e o chefe da vila e a pessoa mais inteligente viva, deve ter coisas mais importantes do que fazer pilhas! Porque não liga pro Taiju e descobre como está a plantação?

— eu ja fiz isso, e se está incomodado que eu esteja atoa me manda trabalhar, me pede pra fazer alguma coisa e eu faço! — talvez eu tenha me exaltado, ja que ruri está dando uma risada contida

— uhmmm, você pode fazer um relógio? E muito ruim ficar sem saber das horas, e relógios são muito uteis — ele diz e tenho que concordar, e realmente chato não saber exatamente que horas são

— isso e fácil, pensei que me desafiaria mais do que isso, mas ja que foi isso que pediu você vem comigo — puxo ele pelo seu kimono e ele reclama

— pra que precisa de mim? Fazer um relógio vai dar muito trabalho e eu to com preguiça — ele diz se agarrando a porta — me deixa aquiiii

— nem pensar, você vem comigo, nem que seja a força

— precisa tanto assim de mim?

— não, fazer um relógio vai ser fácil, preciso de ajuda com as crianças, toda vez que faço algo elas ficam me rondando, e eu mexo com coisas muito perigosas, então seu trabalho vai ser brincar com elas — invento a desculpa mais esfarrapada possível para tê-lo perto de mim, céus a que ponto cheguei

Dou as instruções do modelo para o velho kaseki e trabalho descobrindo que horas são, pra isso tenho que fazer um relógio solar, não e tão difícil

Confirmo com o olhar o que Gen está fazendo e me deparo com as crianças brincando de noiva com ele

Eles pegaram um pouco de tecido e algumas flores e colocaram em sua cabeça, e com as flores que chegaram fizeram um buquê

Não sei porque mais essa se tornou minha vista favorita, então rapidamente vou ate o laboratório e pego uma das câmeras e volto

E com um clique, tenho a foto perfeita, que bom que ele não viu, se não eu estaria devendo boas explicações

Decido me aproximar para curtir com sua cara quando do nada uma mão pousa em meu ombro, tomo um pequeno susto mas me recupero quando vejo se tratar do Chrome

— e ae Senku, ta fazendo o que de legal hoje? — ele pergunta se jogando em meus ombros

— estou fazendo um relógio

— relógio?

— sim, com ele você consegue ver exatamente em qual segundo você está, era uma das coisas mais usadas

— mas porque você está admirando o Gen? Oque isso tem haver com o relógio? E porque ele está vestindo daquele jeito? Vai casar?

Sinto meu rosto avermelhar e uma vontade impressionante de enforcar Chrome cresce dentro de mim

— o que você veio fazer aqui? — pergunto quando minha raiva cessa

— ah, lembrei, acabou o ácido sulfúrico, você deveria ir buscar mais, preciso fazer antibiótico, as crianças da vila estão com pneumonia, parece altamente contagioso

— deve ser pneumonia viral, essa e contagiosa, to pegue essa máscara e ja ajudar os doente eu e o Gen vamos buscar o acido sulfúrico

— entendido! — ele pegou a máscara e foi correndo para dentro da vila, enquanto isso vou até o Gen a as crianças

— criançada posso pegar esse lindo noivo emprestado? E uma emergência — digo me abaixando

— so se vocês se casarem! — diz suika

— ah fala sério e uma emergência, seus outros amigos estão doentes! — apelo pro emocional

— oque aconteceu? — Gen me pergunta preucupado — o que ouve com as crianças? — a preocupação está estampada em seu rosto

— depois eu explico, então meninos, vão me emprestar o noivo?

— e so se casar ai você leva ele pra lua de mel, vai ser todo seu — suika argumenta

— ta, eu me caso com ele, oque precisa ser feito?

— e só se beijar, ai vão estar casados

Olho para Gen, seu rosto estava vermelho e tinha uma mecha de cabelo branco em seus olhos, então eu ajeito seu cabelo aproveitando para segurar em seu rosto e selar nossos lábios num beijo tranquilo

Quando me afasto, as crianças estão vibrando de emoção e para minha surpresa temos plateia, Chrome, Ruri e Kohaku, assistiam tudo de camarote

Quando volto meu olhar para Gen, seu rosto nunca foi tão vermelho, e a coroa de flores esta caida de lado na sua cabeça, dando um ar desajeitado

Pego em sua mão e o levo para dentro do meu laboratório, minha vontade agora era de continuar nosso beijo no particular mas temos pessoas doentes então pego as mascaras de gás e dou uma para ele, que ainda esta sem reação

— ta... Agora pode me dizer o porquê precisamos de ácido sulfúrico?

— as crianças e idosos estão com pneumonia precisamos de antibiótico — digo rapidamente enquanto arrumo nosaas mascaras — e Gen, me desculpe pelo beijo, da próxima vez eu te aviso antes