[CONCLUÍDA]Nos vibrantes anos 90, Sana é a definição de uma badgirl: jaquetas de couro, calças folgadas e um skate sempre embaixo do braço. Ela e sua melhor amiga, Momo, são inseparáveis, e suas férias de verão são passadas no velho fliperama da cid...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
É uma sexta-feira, Momo e eu decidimos ir à pista de skate. O sol estava brilhando, mas não estava muito quente, o que tornava o dia perfeito para andar de skate. Estávamos praticando algumas manobras. Eu estava tentando uma nova manobra, mas continuava caindo.
— Você está fazendo isso de propósito, não está? — Momo perguntou, rindo enquanto eu me levantava do chão pela terceira vez.
— Claro que não! — respondi, fingindo indignação. — Eu sou uma profissional, Momo. Profissionais não caem.
Momo riu ainda mais, quase caindo de seu próprio skate.
— Sim, claro. E eu sou a rainha da Inglaterra.
— Sua Majestade. — eu disse, fazendo uma reverência exagerada. Momo riu ainda mais, e eu não pude deixar de rir também.
Foi então que eu vi Jihyo se aproximando. Ela parecia diferente, e eu não pude deixar de me perguntar o que estava acontecendo. Mas, por enquanto, eu estava feliz em aproveitar o dia com Momo, rindo e andando de skate sem preocupações. Era um dia perfeito, e eu não mudaria nada.
Mas depois de um tempo, eu não consegui.
Eu não conseguia mais ignorar. Jihyo parecia tão triste, tão diferente da garota confiante que eu conhecia da escola. Então, respirei fundo e me aproximei de onde ela estava, sentada em um banco ao lado da pista de skate.
— Jihyo, você está bem? — perguntei, tentando parecer casual e indiferente.
Ela pareceu surpresa com a minha pergunta, seus olhos se arregalaram por um momento antes de ela desviar o olhar.
— Estou bem. — ela respondeu, mas sua voz estava trêmula.
Eu sabia que ela estava mentindo. Algo estava claramente errado.
— Jihyo... — comecei, hesitante. — Se algo está te incomodando, você pode me contar. Eu não vou te julgar.
Jihyo me olhou, seus olhos se encontraram com os meus. E então, ela suspirou.
— Eu briguei com meu pai. — ela confessou, sua voz mal acima de um sussurro.
Eu fiquei em silêncio, sem saber o que dizer. De longe, olhei para Momo que olhava para nós, em pé sobre o próprio skate. Como se conversássemos por telepatia, indiquei Jihyo com o olhar e Momo deu de ombros.
Droga de melhor amiga que eu tenho.
Sem saber o que fazer ou falar, levei minha mão a nuca, coçando meio desconcertada com a situação. Quero dizer, até a semana passada, Jihyo não passava de uma patricinha metida a Barbie e andava com um grupo de meninas iguais a ela, mas agora ela está aqui, sozinha e falando comigo, o que é ainda mais estranho.
Pessoas como ela me evitam ao máximo naquela escola, principalmente as meninas, elas dizem que tem nojo de mim, porque me visto com roupas mais...masculinas.
— Você...quer andar de skate? — perguntei, apontando para o meu skate ao lado do banco.
Ela pareceu surpresa com a minha pergunta, seus olhos se arregalaram por um momento antes de ela desviar o olhar.
— Eu não sei andar de skate. — ela admitiu, parecendo um pouco envergonhada.
Eu ri, balançando a cabeça.
— Não se preocupe, eu posso te ensinar. — eu disse, pegando meu skate e me levantando. — Vamos lá, vai ser divertido.
Jihyo hesitou por um momento, mas então assentiu, se levantando e me seguindo até a pista de skate. Eu podia ver Momo nos observando, um sorriso divertido em seu rosto.
O resto do dia foi gasto ensinando Jihyo a andar de skate. Ela caiu várias vezes, mas sempre se levantava e tentava de novo. Eu podia ver a determinação em seus olhos, e isso me fez respeitá-la ainda mais.
No final do dia, Jihyo estava exausta, mas havia um brilho em seus olhos que eu nunca tinha visto antes.
— Pessoal, foi divertido, mas eu preciso ir. — Momo anunciou com um sorriso simpático, batendo o pé na ponta do skate fazendo-o voar em sua mão estendida. — Minha mãe me mata se eu passar mais uma noite fora.
Só então percebo que o dia já escurece, os raios amarelados do sol indo embora aos poucos, dando passagem para a lua iluminar a noite do outro lado.
Balanço a cabeça em concordância em direção a Momo e dou um tapa em seu ombro, coberto pela jaqueta jeans que ela usava hoje, é assim que nos despedimos.
— Tchau, Jihyo, foi um prazer ter você na nossa tarde hoje — ela disse, toda galanteadora, com um sorriso ladino. Observei Jihyo corar e sorrir para Momo, arqueei as sobrancelhas. — Apareça mais vezes.
Me surpreendendo e talvez a Momo também, Jihyo dá passos a frente e deixa um beijo na bochecha da japonesa que a olha meio envergonhada, perdendo toda a pose de antes.
— Obrigada, Momo-yah.
Momo me olha por um segundo antes de se virar, arrastar o deck do skate no asfalto e então subir nele, indo embora. Com os olhos cerrados, me viro para Jihyo.
— Bem, Jihyo, foi divertido te ensinar a andar de skate. — eu disse, pegando meu skate e me preparando para ir embora.
— Sim, foi... interessante. — Jihyo respondeu, um sorriso brincalhão em seu rosto. — Mas eu ainda sou melhor que você no Speed Demons.
Eu ri, balançando a cabeça.
— Isso é o que você pensa. — dou um sorriso provocador. — Amanhã, no fliperama, vamos ver quem é a melhor.
Jihyo riu, assentindo.
— Está marcado. — ela disse, um brilho desafiador em seus olhos.
Eu sorri, acenando para ela enquanto me afastava.
— Até amanhã, Jihyo. — e então me virei e saí, deixando Jihyo para trás.
Mas enquanto eu andava de skate para casa, Take On Me do A-Ha tocando nos meus ouvidos, eu não pude deixar de sorrir. Algo me dizia que as coisas estavam prestes a ficar muito mais interessantes. E, de alguma forma, eu mal podia esperar.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Como estamos, pessoal?
o capítulo dois não foi notificado para algumas pessoas, espero que esse tenha sido, então caso você leu esse e não leu o dois, volta lá!
