Eu te conheço

os queimados de Darkbrons

Sou conduzida até um imenso corredor de paredes brancas por dois guardas altos vestidos de uniformes pretos, olho para a sintura de um deles e vejo um taser. Espero que eles não precisem usar isto.
     Seguimos caminhando pelo corredor e acabo me perguntando será que eles já tiveram que usar esse taser? Será que foi com a Samara?
     Após passar por umas dezesseis portas, paramos no meio do corredor em frente a uma porta preta com uma plaquinha de aviso escrita; somente pessoal autorizado.
     O guarda mais alto abre a porta e fica parado enquanto o mais baixo de bochechas rosadas e bigode ruivo me conduz por uma escadaria escura e um tanto úmida.
     - antes do prédio se tornar uma prisão aqui era um centro de esgoto que habitava cerca de oitocentos mendigos. porém não era super apertado como parece. Aqui tem mais espaço do que parece, senhorita?...
    - Suzana, Suzana turner.
     - senhorita, Suzana turner.
   Chegamos ao o último degrau e está tudo escuro.
   O guarda liga um interruptor e lampadas amareladas se acendem por todo o esgoto. Aquilo era um esgoto. O cheiro podia não aparentar más eu sei que àquilo é um esgoto.
   Ele começa a andar enquanto fala comigo  e eu ó sigo.
     - também sente?
     - sinto oque?
     - essa energia pesada...
     - como assim?  Por causa da Samara? Acredito que ela é uma mulher injustiçada que não teve a atenção e cuidados que merecia, más...
     - não! Não é isso! Eu concordo com você sobre a Samara, oque fazem com ela é desumano. Trancafiar a garota debaixo de solo... é algo terrível... sei que ela é capaz de matar nós dois com apenas uma caneta ou uma colher... mas eu me referi aos assassinatos que teve aqui embaixo neste esgoto ah algumas décadas, senhorita Suzana.
     - assassinatos? Guardas que a Samara assassinou?
     - não, não,  teve muitos mas não são esses que estou me referindo - o guarda da uma risada como se eu tivesse dito uma tremenda tolice.
     - os mendigos que moravam aqui se recusaram a sair de suas casas, então... os policiais eo pessoal do governo usou seus metodos...
     - os queimados de Darkbrons...
     - sim...
     - então, é aqui?...
    O guarda para em frente a um portão enferrujado e logo após tira uma chave do bolso de sua jaqueta.
     - aqui é bem frio, né?
     - se está para a gente, imagine para ela...
  O guarda abre um cadeado e uma corrente se cai sobre o chão, o guarda abre a porta com uma só puxada.
   Uma imensa e infinita escuridão. Do fundo do corredo emergia um barulho de água pingando e um forte cheiro metálico de sangue fazia meu nariz arder. O guarda olha para mim tampando o nariz com sua jaqueta.
    Abro minha bolsa, pego o celular, aponto para a escuridão e ligo o flash.
      - Samara? Samara Williams?
    A assassina estava deitada sobre uma poça de sangue, o pescoço da assassina lançava esguichos sobre o próprio rosto.
      - meu Deus!