Ciclos

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Os ciclos se tornaram ciclones,
Terra sem estrutura e ruínas buscando uma releitura.
Eu ouço sua voz baixinho,
Se perdendo entre as ondas sonoras.
O limite, é agora e ninguém se preparou.
Não me ensinaram como arrancar os olhos para que parem de arder.
Ou como sufocar os soluços e se desprender.
Não me deram aula sobre aquele capítulo que tenho medo de ler em voz alta,
Mas me direcionaram a não sentir mais falta.
E agora tudo volta a ser certo,
E quando me perco, são em cidades próprias.
É na intensidade,
No ser muito,
No ser verdade.
É no viver,
No entender,
Que não quero ser país superlotado,
Quero ser estado inabitado, mas amado.

Eu vivo em mim.

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