Ameaças parte 2

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Subúrbio de Seul

Inha gritava com seus capangas e estava prestes a esmurrar cada um deles.

- Eu falei para não machucá-la. Era apenas para assustá-la. Nada mais que isso. - Ele bateu forte sobre a mesa.

- Não sabíamos que ela ia me perseguir. Jamais imaginaria que ela fosse ter uma atitude tão intempestiva. - Um dos capangas respondeu.

- Cale a boca! Não importa. Mesmo que ela tenha ido atrás de você, não devia ter tocado em um único fio de cabelo dela. Não me importo com o que aconteça com Taeho, Seong-ju ou meu pai, mas Huiju... - Inha sentou na cadeira, sentindo as ideias em sua cabeça se confundirem. Ele odiava a todos, menos Huiju.

Durante toda a sua vida de filho bastardo e renegado, sua meia irmã caçula foi a única pessoa que o amou verdadeiramente. Huiju nunca teve vergonha dele e nem o via como rival ou inferior aos seus outros irmãos. Ela era diferente de todos daquela família. Por isso, enquanto ele nutria raiva e rancor por todos os Kang, Huiiju era a única que conseguia ter um espaço afetivo em seu coração.

- Saiam daqui! Saiam todos daqui. - Ele gritou, segurando as têmporas, sentindo que estava preste a perder o controle.

Ultimamente, Inha sentia que sua sanidade mental estava indo embora. Sua cabeça martelava ideias confusas e aleatórias. Ele não conseguia dormir sem usar medicamentos e a todo tempo ele achava que seria descoberto e preso. Inha preferia morrer a voltar para a cadeia. Mas, antes ele tinha que acabar com Taeho.

...

Hospital de Seul

Taeho encontrou sua noiva sentada na cama, dizendo insistentemente ao médico que estava bem.

Ele parou na porta e respirou aliviado. Huiju o viu, notando seu desespero, então sorriu docemente para tranquilizá-lo.

- Não precisa se preocupar. Estou bem. - Ela disse, estendendo a mão para ele.

Taeho caminhou até ela e segurou sua mão, levando seus dedos pequenos aos lábios, dando-lhes um suave beijo.

- Você não está machucada? Já fizeram todos os exames?

- Só machuquei o tornozelo. Mas, não é nada grave. - Ela respondeu.

Taeho olhou para o médico, buscando confirmação.

- Sim! Ela está certa. Só houve apenas uma torção no tornozelo. - O médico falou. - Ela já está de alta.

Huiju quis se colocar de pé. Mas, Taeho impediu.

- Ei... Não se levante. Seu pé está machucado, lembra?

- Mas, foi só uma torção leve.

O médico entregou um papel para Huiju.

- Nada de colocar peso no pé esquerdo por 7 dias. Você deve usar muletas se quiser caminhar. - O doutor orientou. - E as talas em seu pé também devem ficar pelo mesmo período de tempo.

- Certo, doutor. - Ela assentiu.

O médico saiu do quarto, mas o resto da família Kang chegou.

Seong-ju e Jung-mo queriam saber detalhadamente o que havia acontecido.

Huiju começou a contar os fatos, enquanto todos a ouviam em silêncio.

- Eu estava na galeria de arte, acompanhando um pequeno grupo de crianças do orfanato municipal, quando um dos pequenos simplesmente desapareceu das nossas vistas. Eu pedi para uma das assistentes aguardar na parte central do recinto, enquanto eu e outros funcionários fomos procurá-lo. Eu logo encontrei o menino na ala norte e ele disse que um estranho havia lhe dado um papel e pedido para me entregar...

O Herdeiro Impossível - Fall in loveOnde histórias criam vida. Descubra agora