Ela precisava de um abraço que cura, de um beijo que aquece, de uma pessoa que fizesse seu corpo estremecer, sua pele arrepiar e que fizesse todas as borboletas voarem loucamente pelo seu estômago.
Ele estava disposto a realizar esses desejos e muit...
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••• PIQUEREZ •••
Quando abro a porta da minha casa, dou espaço pra Lorena passar e entro logo em seguida, já tendo a surpresa do Berlin correndo na nossa direção. O cachorro da família.
Na verdade ele vinha animadamente até a Lorena, mas eu me coloco na frente porque ele é grande, pesado e de vez em quando na euforia acaba machucando sem querer e como ela está grávida, melhor não arriscar.
— Hola mi garotão— me abaixo pra fazer carinho nele que como o esperado, se joga em cima de mim e começa a me cheirar enquanto tenta lamber meu rosto.
Dou risada e aliso seus pelos liso e escuro.
Ele é um bom garoto, só que de vez em quando toca o terror em tudo e destrói móveis, chinelos e almofadas.
Quando toda a euforia passa, me levanto e então deixo que ele vá até a Lorena. Primeiro cheira, depois esfrega o focinho pelas pernas e depois... Caramba, o rosto dele fica muito próximo da barriga dela e como se ele já sentisse, encosta ali e fica quietinho.
Engulo em seco e olho para a Lorena que faz o mesmo, parece estar tão surpresa quanto eu, mas relaxa um pouco e faz um carinho na cabeça dele.
— Hola mis amores— minha mãe aparece junto com minha irmã e meu pai que pra surpresa nenhuma está usando uma camisa do palmeiras.
Ele é meio maluco, me acabo de rir quando ele posta provocações aos rivais, é engraçado e ao mesmo tempo fico receoso de alguém xinga-lo.
Como eu já tinha vindo aqui antes de ir ver a Loren, nem faço questão de abraça-los e caminho até o sofá, me sentando ali e observando o Berlin vindo também, deitando-se aos meus pés.
Já a Lorena abraça os três antes de se sentar do meu lado, automaticamente minha mão vai até a sua coxa. Gosto de toca-la.
— Lorena y yo necesitamos hablar de algo— digo e observo os três nos encarando com atenção.
Meu pai Daniel, minha mãe Cláudia e minha irmã Camila começam a ficar curiosos, conheço todos eles e já sei decifrar.
— Si, necesitamos mucho— ela reforça o que eu disse.
— ¿Y cuál sería? Ya tengo curiosidad.— Cami diz, esfregando uma mão na outra. Ela sempre é a mais curiosa.
— Yo también, ambos sabéis que mi curiosidad es atacada.— minha mãe fala, acabo dando risada do "desespero" das duas.
Olho mais uma vez pra Lorena que procura pela minha mão até nossos dedos estarem entrelaçados. Estamos nerviosos.
— No me digas que te vas sair de Palmeiras.— essa pergunta vem do meu pai, ele ama o Palmeiras e é muito torcedor.
