Ela sanaria todas minhas dúvidas.

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Ter você em minha vida foi equivalente a escrever uma poesia, a inspiração — você — chega no momento mais inesperado, a ânsia que você sente faz com que sua escrita seja rápida, fácil, natural e gostosa.

Porém, tudo tem um fim, e ao soltar a caneta do papel após o último ponto final, a ânsia acaba, a alegria de estar escrevendo possíveis novas memórias acaba, e o que resta é relembrar tudo aquilo que sentiu durante.

Eu queria que nossa poesia fosse infinita, Lili.

Eu queria tanto.

Domingo, 27 de março de 2011

A semana passou extremamente rápida, nossas provas escolares começaram e meus dias eram tediosos, basicamente se tratavam sobre me sentar em frente ao meu notebook e minhas apostilas e ler e reler tudo aquilo que os professores haviam explicado durante os primeiros meses de aula.

Um saco eu sei, acredito que todo mundo que já passou por isso também odeie a semana de provas, sinceramente, o método de provas é completamente falho. Fico me perguntando o por quê deles manterem esse método tão ineficaz e arcaico.

Enfim, apesar de tudo isso nem tudo está perdido. 

Hoje é aniversário da Lisa, como ela ainda não conhece nada por aqui iremos para um boliche que abriu recentemente no centro de Seul. Eu particularmente adoro boliche, e não querendo me gabar mas sou ótima.

Minhas amigas, Jisoo e Rosé, vieram se arrumar aqui em casa, para que todas nós possamos ir juntas para o lugar, chamamos e imploramos para que Lisa viesse aqui para casa, mas a garota negou.

Ela usou como argumento que a família dela levava esse lance de comemoração de aniversário muito a sério, então eles comemorariam primeiramente na casa deles e depois ela seria liberada para comemorar com as amigas, no caso nós três.

Eu estou extremamente animada em vê-la, durante essa semana tudo foi tão corrido e o único momento que tínhamos contato era durante os intervalos de aulas, porém mesmo nesse meio tempo livre eu preferia enfiar a cabeça nos cadernos para me dar bem na prova que viria na aula seguinte.

Espero que ela não esteja se sentindo abandonada, eu me culparia muito por isso.

— Estou pronta. — Digo depois de finalizar os últimos retoques em minha maquiagem.

— Finalmente! — Jisoo exclama e levanta suas mãos para o céu.

— Também terminei aqui. — A voz de Rosé se faz presente saindo do banheiro.

— Então, podemos ir? — Guardo meu gloss dentro da bolsinha que eu estava levando e me preparo para sair do quarto.

— Podemos. — As duas garotas dizem juntas.

— Pai, estamos prontas, você leva a gente? — Como de costume, faço carinha de cachorro pidão para meu pai que estava sentado assistindo algum jogo de futebol na TV.

— Levo, esse é meu trabalho, deveria virar táxi. — O homem sempre com o seu senso de humor rebuscado ri de sua própria piada.

O caminho até o boliche foi rápido, levando em conta que eu morava num bairro bem próximo ao centro da cidade. Eu e as meninas nos despedimos do meu pai e entramos no recinto que ficaríamos pelo resto da noite.

— Olá, bem vindas! Vocês já reservaram alguma pista? — A atendente do local se direciona para nós.

— Sim, está reservada no nome de Kim Jisoo. — Jisoo toma a frente, uma mãe para nós.

— Certo, me sigam. 

Chegamos na pista reservada e nos sentamos nos sofás próximos à ela. 

— Será que a Lisa vai achar aqui? — Rosé diz preocupada.

Luz do Luar - JenlisaOnde histórias criam vida. Descubra agora