Ela sempre será a única exceção.

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Eu sinto falta da nossa adolescência, sinto falta de estar descobrindo todo aquele sentimento novo, sinto falta de estar me conhecendo e conhecendo outras pessoas melhor. Eu acho que isso nunca mais vai voltar, nada volta.

Eu amava conhecer mais de Lalisa, e talvez descobrir seus hobbies não tão corretos perante a lei me fizeram querer conhecer ela ainda mais. Porém, sem espaços para duvidas o que eu mais amei em conhecer foram meus sentimentos por ela.

Você não iria querer conhecer a Lisa.

Terça-Feira, 15 de março de 2011

Hoje Jisoo veio para a escola, ela já tinha melhorado da virose ou sei lá qual doença minha amiga tinha pego. Enrolei para acordar e ainda tinha que passar pela casa de Rosé para levar minha amiga para a escola, eu ia me atrasar com certeza.

Eu: menina sai correndo de casa pq eu to atrasada meu pai vai me mata

Chipmunk: blz to aqui na porta 

Respiro fundo e entro no carro, mais um dia me aguarda. 

Fecho os olhos enquanto meu pai dirige pelas ruas de Seul e me recordo da garota que conheci ontem, ela é uma pessoa tão legal e tão divertida. Seu sorriso vem em minha mente e eu acho que eu nunca vou me esquecer da forma que foi tão fácil me aproximar de uma pessoa de fora.

Eu odeio sair do conforto do meu pequeno grupo, que se resume em Jisoo e Rosé, a gente nunca encontrou ninguém que se encaixou nesse nosso jeito, por mais que muitos já tenham tentado. Eu já perdi as contas de quantas pessoas vieram conversar com a gente na intenção de andar com a gente, ou até mesmo os garotos que vinham com a intenção de beijar alguma de nós.

— Oi tio Kim, oi Jen. — Rosé nos cumprimenta enquanto entra no carro. 

— Oi Rosé, a Jennie não quis levantar da cama hoje, perdão o atraso. — Meu pai "brinca" enquanto me balança de um lado pro outro.

— Não tem problema, a Jennie é preguiçosa mesmo. — Minha amiga diz rindo. 

— Isso virou um complô contra mim? — Me encosto no banco e reviro o olho enquanto meu pai e minha amiga riem. 

Eu gosto muito das pessoas que eu tenho perto de mim, ou melhor, eu amo elas. Eu sempre me dei muito bem com a minha família, nunca tive alguém que me dei melhor ou pior entre meus pais, ambos são muito bons comigo apesar dos trabalhos que ocupavam muito eles. Minhas amigas são tudo pra mim, são parte da minha família e eu não trocaria elas por absolutamente nada.

— Chegamos, boa aula filha. — Meu pai deposita um beijo em minha bochecha. — Boa aula, Rosé. 

Os sons "Tchau, pai" e "Tchau, tio" saem juntos e as portas se fecham.

— Pronta pra mais um dia de sofrimento? — Minha amiga se encosta em mim.

— Eu nunca estive pronta. 

Entramos no colégio, e no momento que pisamos dentro o sinal toca e todos nós estamos nos adiantando para chegar logo na sala de aula, onde espero ver Jisoo.

Jisoo era um ano mais velha que eu, por um motivo familiar ela atrasou um ano escolar e por isso eu e ela estamos na mesma sala. Ela é uma irmã mais velha para mim e para Rosé, quando nós não sabemos o que fazer já sabemos pra quem correr, por mais que ela só seja um pouco mais velha. 

Ela sabia de tudo, ela sempre soube.

— Decidiu vir hoje, nojenta? — Chego na sala e me sento ao lado da minha amiga.

— Se reclamar vomito em você. 

— Nojenta. 

— O Haein veio me falar sobre a menina nova. — Ela comenta, Haein era a paquerinha de Jisoo mas ela nunca dava moral para ele, por mais que ela quisesse.

Luz do Luar - JenlisaOnde histórias criam vida. Descubra agora