Agi de forma impulsiva e agora a minha princesa estava mal por minha causa. Comecei a conduzir até minha casa. Ir atrás de Scarlett agora não seria boa ideia nunca. Ela precisa de um tempo e mesmo que eu queira muito ir ter com Scarlett não é a coisa certa a fazer neste momento.
Estacionei o carro na garagem, precisava de me acalmar um pouco. Entrei em casa e segui até à sala onde estava o carrinho das bebidas. Peguei um copo e uma garrafa de whiskey que já estava aberta, deitei um pouco do líquido no copo e bebi de uma vez.
Com a garrafa na mão, sentei-me no sofá a pensar um pouco. -Porra! - Gritei. Eu tinha feito merda. A minha atitude só iria afastar Scarlett e isso é a última coisa que eu quero. Passei as mãos na cabeça, irritado, colérico, furioso. Tentei respirar fundo mas quanto mais pretendia estar calmo, mais enraivecido ficava.
Lancei o copo à parede com toda a ira a apoderar-se do meu corpo. Fechei os olhos com força e direcionei o meu olhar para as partículas de vidro espalhadas pelo chão da sala. Levantei-me do sofá e peguei alguns pedaços do vidro, acabando por fazer um golpe no dedo por acidente. -Merda... -Sussurrei. Mas será que hoje eu não conseguia fazer nada direito? Deixei os vidros espalhados no chão e limpei o sangue com a ponta da camisa branca que tinha vestida.
Subi as escadas, entrei na casa de banho e decidi tomar um banho e ir para a cama.
Dia seguinte...
Acordei cedo, saí de casa para poder comprar umas flores para Scarlett e pedir-lhe desculpa pela minha atitude da noite passada. Ontem, antes de ir dormir escrevi uma pequena carta para lhe entregar junto com as flores. Algo simples a pedir-lhe desculpa e a dizer o quão a amo.
Escolher flores não é fácil. Não queria escolher umas flores quaisquer. Queria escolher umas tão bonitas e especiais quanto Scarlett. Depois de alguns minutos às voltas na florista, acabei por escolher umas flores azuis bebés.
Conduzi até a casa da minha namorada . Respirei fundo e saí do carro com as flores na mão. Toquei à campainha e esperei que a porta abrisse.
Poucos segundos depois, a porta é aberta mas não por Scarlett. -O que estás a fazer aqui, idiota? - Danielle perguntou com aquela vozinha irritante. O que eu estou a fazer aqui? É mais o que ela está aqui a fazer?
-Vim ver a Scarlett. - Respondi como se fosse óbvio o motivo de eu estar ali.
-A Scarlett não te quer ver. - Juro que esta miúda está a fazer-me perder a paciência. A mesma tentou fechar a porta na minha cara mas felizmente travei-a a tempo com a minha mão.
-Ai sim? E porque não deixes que seja ela a vir cá dizer-me isso?
-Dani, está tudo bem. Deixa-o entrar. - A minha princesa quer ver-me. Danielle saiu do caminho, passei por ela e dei um sorriso de lado, seguindo Scarlett até ao quarto.
Chegámos ao quarto, fechei a porta atrás de mim e encarei Scarlett. -Amor... - Aproximei-me dela e abracei o seu corpo. -Perdoa-me... - Senti a minha camisa começar a ficar molhada. Não acredito que ela está a chorar. Acolhi-a nos meus braços, fazendo um carinho na sua cabeça. -Shh... Está tudo bem.
Parámos de nos abraçar minutos depois e Scarlett olhou nos meus olhos. -Não voltas a desconfiar de mim?
-Nunca... - Sussurrei contra os lábios dela, entregando-lhe as flores e a carta.
Scarlett sentou-se na cama a ler a carta Quando terminou, a mesma abraçou-me e juntou os nossos lábios de forma intensa. A mesma segurou a minha nuca, empurrando-me contra a porta, intensificando o beijo. Aproveitei estar encostado à porta para a trancar, afinal não queremos ser interrompidos.
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