Capítulo 11 - Reaching your limit

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  Este capítulo pode conter alguns gatilhos. Se não se sentirem confortáveis, aconselho a não lerem.)


Alguns anos antes...

Jake On

     Gritos e coisas a caírem no chão. Os meus pais discutiam outra vez, isto acontecia com alguma frequência. Desde que me lembro que os meus pais sempre foram tóxicos. O meu pai sempre foi abusivo e nunca deu a mínima importância para mim ou para a minha mãe. Só queria saber de álcool, drogas, sexo e putas. 

   Eu costumava ir com a minha mãe às compras e ela levava-me apenas para ter uma desculpa para trair o meu pai. Todas as semanas, ela deixava-me à porta do supermercado e saía com o amante. Passado algumas horas voltava para me ir buscar e voltávamos para casa. 

   Um dia, o meu pai suspeitou que algo se passava pois não achava normal a minha mãe sair para fazer compras quando não era preciso. Quando tinha cerca de quatro anos, o meu pai questionou-me sobre o segredo que a minha mãe tanto escondia. Disse-lhe que não sabia de nada e ele disse que mentir não era coisa de bom menino e deu-me uma lição. 

   O pai tinha o costume de fumar dentro de casa e naquele dia, ele mostrou-me com um cigarro podia magoar. 

(...)

   Estava cansado de ouvir gritaria constante em casa. Levantei-me e segui para a cozinha onde os dois discutiam. O meu pai agarrava o pescoço da minha mãe enquanto a insultava, eu estava apenas a observar tudo. O rosto da minha mãe já estava roxo por conta da falta de ar. Então o meu pai acertou um tapa bem no meio da bochecha da minha mãe. Ela caiu no chão a chorar.

   Fechei os olhos por alguns segundos e segui na sua direção. Eu podia ter apenas 16 anos, mas eu juro que não parei de o bater até ver sangue no seu rosto.

   No dia seguinte, acordei com a polícia e os meus pais à porta do meu quarto. Não conseguia compreender o que estava a acontecer. Olhei para a minha mãe e para o meu pai que estava abraçados. Um dos agentes chegou perto de mim e algemou-me.

-Isso, levem esse desgraçado que abusava da própria mãe e ainda bate no pai que a defende. - Não conseguia acreditar no que estava a ouvir. 

   Olhei novamente para a minha mãe e os seus olhos pediam perdão. Comecei a chorar e a gritar, chamava pela minha mãe, implorava que ela dissesse a verdade, mas ela apenas chorava cada vez mais. 

   Como ainda tinha 16 anos, fiquei numa escola de correção até chegar à maioridade. E completei mais um ano e meio na prisão. 

   Agora estava de volta, vivia fora da Austrália mas ainda tinha lugar em casa da minha mãe, ela sentia que me devia tudo pois estive preso por um crime que nunca cometi.

   Não a culpo pelo que aconteceu, ela foi apenas mais uma vítima nas mãos do meu pai. Agora que tenho 26 anos, as coisas mudaram. E a minha volta à Austrália não tinha sido apenas para ficar com os meus pais e fingir que éramos uma família feliz.

   Estava de volta pois sabia muito bem que o meu pai nunca pagou por nada do que nos fez passar, então fá-lo-ia pagar pelas minhas próprias mãos.


   Continua...



Notas da Autora: 

Eu sei que este capítulo foi intenso e peço perdão se deixei alguém perturbado com a história.

Se este conteúdo não vos deixar confortável, aconselho a pararem de ler esta história. Tenho no perfil outras histórias mais leves.

Não estou a romantizar o tipo de atitudes ou personalidade que os personagens têm, é apenas ficção.

A minha intenção não é denegrir a imagem do Jake, isto é apenas ficção e entretenimento criado de fã para fã.

Obrigada por lerem e até ao próximo capítulo <3.













Paparazzi - Jake Sim (Enhypen)Onde histórias criam vida. Descubra agora