Capítulo 2: My Ordinary Life

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Marshall Turner andava pelo luxuoso prédio da Nilo como se andasse por um beco deserto, observando com seus olhos frios e azuis de uma forma que se assemelhava a um falcão.


Serpenteava pelo edifício e buscava catalogar tudo que via, tentando decorar cada detalhe naquela sonhada universidade.


Passou pelo último corredor repleto de músicos e artistas antes de chegar a sala de teoria musical, e sentiu um olhar intenso o julgando, viu de relance uma garota de longos cabelos negros.


Aquilo lhe deu vontade de vomitar.


Detestava ser avaliado, e detestava a necessidade irritante que as pessoas tinham em avaliar os outros.


Apesar de sua intensa repulsa, ele decidiu apenas ignorar o olhar interessado da moça e entrou na sala antes que perdesse mais tempo de aula.


O local de estudo era climatizado e inteiramente iluminado, e as paredes anti-ruído criavam um silêncio confortável, era perfeito para aprender tudo que um estudante desejasse.


Marshall abriu o caderno de anotações sobre a mesa, ouviu o professor com razoável atenção, a lapiseira escrevia notas quase no automático, mas o rapaz não conseguia focar na aula em si, sua mente estava focada em acontecimentos passados.


Lembrou-se da última facada que desferiu contra a vítima mais recente de seu trabalho, os gritos por socorro e as palavras desesperadas do jovem ainda estavam frescas em sua mente, uma insistente memória que o perturbava de tempos em tempos.


Ele não passa de um Chacal sujo.


Mas o que mais ele poderia fazer? Isso era apenas um meio irrelevante de ganhar dinheiro e eliminar a concorrência. A violência era um meio essencial de se ganhar influência entre os Chacais. E era por conta desse reconhecimento que Marshall estava na Nilo.


Os cortes precisos e brutais do rapaz o trouxeram até aqui, e não poderia voltar atrás mesmo que quisesse.


A época dos grandes projetos da universidade tinha chegado, parcerias com famosas gravadoras eram garantidas para os que brilhavam, seu futuro estaria garantido caso se destacasse dos outros. *Ser um astro.* Soava como um sonho, tinha um gosto doce de veneno.


Guardou tudo o que tinha escrito assim que percebeu que a aula tinha acabado, pretendendo descobrir onde ficaria seu dormitório assim que possível, o número 505 estava registrado no canto da contracapa do caderno.

505. O número do inevitável.

GOLDEN BEETLE- Livro 1: Chacais e UtopiaOnde histórias criam vida. Descubra agora