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Lizzie Passos

10 anos depois

07/09 – Domingo

19:00h


─ Lizzie, estamos atrasados! De novo! Como todas as vezes! – minha mãe disse, no pé da escada.

─ EU JÁ VOU! – gritei pela enésima vez.

Terminei de amarrar meus cadarços, peguei minha mochila e saí correndo pelas escadas da minha casa.

─ Até que enfim! – minha mãe disse, indo comigo até o carro.

Entrei na porta de trás, enquanto minha mãe estava na frente.

─ Lizzie, você não pode ser atrasada assim o tempo todo! Isso vai ser ruim pra você pro seu futuro! Quando você tiver um trabalho, você não vai poder se atrasar. – meu pai disse.

─ Mas eu não tô indo pro trabalho, eu tô indo pra casa da minha irmã. – eu disse.

─ Não importa. Isso é um hábito.

Me encostei na janela do carro, coloquei meus fones de ouvido e fiquei escutando a minha playlist enquanto observava Nova Iorque. Era uma paisagem diferente do comum, não tinham árvores, belos montes e flores por todo o lugar. Era uma paisagem de concreto, com prédios cinzas, vidros, pessoas por todos os lugares, luzes acesas iluminando tudo. Era um lugar perfeito, ninguém nunca se sentia sozinho quando estava em Nova Iorque.

Mais alguns minutos de carro e chegamos no prédio da minha irmã.

─ Se comporte e não dê trabalho pra sua irmã. – meu pai disse.

─ E amanhã na escola, presta atenção nas aulas e aproveite. – minha mãe disse.

─ Tá. Tchau. – saí do carro, sem muito o que dizer.

O porteiro me reconheceu e rapidamente liberou a minha entrada. Eu entrei no elevador e apertei o último andar, assim chegaria na cobertura da minha irmã. Continuei ouvindo as minhas músicas enquanto o elevador subia e eu respirei fundo.

Eu não era uma adolescente que era calma. Eu não era como a minha irmã. Meus pais sempre dizem o quanto a adolescência dela foi tranquila e trouxe paz para eles, que ela estava sempre com o Victor e o quanto ela era comportada. Minha irmã fala que nunca foi bem assim, mas ninguém nunca parece querer me contar o que aconteceu de verdade com a minha irmã quando era adolescente, porque a que eu conhecia, era agitada, assim como eu. E de repente, se tornou calma, tranquila, sem traumatizar meus pais.

Eu não era assim. Confesso que atormentava um pouco a paz dos meus pais, mas eu tinha que fazer aquilo! Nem eles passaram a adolescência calminhos dentro de casa.

𝐗𝐎𝐗𝐎, 𝐋𝐢𝐳𝐳𝐢𝐞Onde histórias criam vida. Descubra agora