- Sakura! - Gritou um homem, que com certeza estava bêbado.
E ela odiava isso, os homens, o cheiro de álcool e cigarro juntos. Mais ainda, os olhares daqueles seres que sempre iam ali, pela manhã.
- Que saco!- Exasperou aos pés da porta do banheiro.
- Você é a atração deles, querida. - Murmurou uma voz ao fundo.
A mulher de estranhos cabelos róseos gargalhou alto, até mesmo os velhos surdos do salão a escutaram.
- E você é quem ganha com eles na sua cama. - Limpou a boca. - Não venha até mim, como minha superior.
- Você é idiota. - Rosnou ao agachar na frente da mulher de pele branca. - Podia viver como uma princesinha ridícula, mas se recusa à procurar a madame. Sua arrogante- Cutucou a testa exposta pela franja.
Os olhos verdes se ergueram até os castanhos da garçonete, tornaram-se afiados ao sentir a raiva transbordar.
- Não faça suposições e nem mesmo convites, contenha essa sua língua ao menos uma vez Mitasashi. - Ergueu o queixo. - Eu sou uma garçonete, nunca ergui a minha saia para nenhum daqueles homens naquele salão. - Apontou para o portal.
- Mas você é uma viúva, não diferente de mim. - a morena debochou. - Esqueci, o seu falecido marido, o Sr.Hatake, preferiu dormir comigo e as outras meninas. Do quê, a jovem esposa magricela. - Gargalhou. - Não é mesmo, Sakura Hatake?
O coração acelerado de Sakura parou, ela odiava quando pronunciavam o seu nome com aquele sobrenome sujo. Esse que pertencia a um ser mais sujo ainda.
A raiva a fez agarrar o topo do coque do cabelo castanho. Com força fez o corpo mais alto que o seu tombar ao seu lado e o grito fino soou por todo o estabelecimento.
- Aquele verme nunca foi nada para mim. - Rosnou. - Prefiro morrer a levar o sobrenome de um homem, entendeu?- Gritou alto. - Meu nome é Sakura Haruno, esse sobrenome pertence à minha mãe. E também à mim! - Socou a bochecha da outra. - Não use essa sua língua para nos difamar.
Com todo o alvoroço a dona do estabelecimento adentrou o cômodo arrastando a jovem mulher para fora do banheiro. Os olhos verdes assistiam os velhos socorreram a tão amada prostituta que agora derramava sangue entre seus lábios.
- Qual é o seu problema? - Gritava a loira, dona do estabelecimento já dentro do escritório do restaurante.
- A sua comida é horrível, o Senju vive cheia de homens nojentos com comentários nojentos. - Cruzou os braços. - Odeio essa cidade cheia de homens como ele. - Suspirou.
A loira revirou os olhos, lá vai aquela rosada com aquelas palavras estranhas de novo. Desde que conheceu a menina, no funeral do Sr. Hatake, sempre estranhou aqueles olhos de cor vivida.
- Você tem mais sorte que muitas garotas daqui Sakura. - Afirmou.
- Jura? - Gargalhou. - Só por quê me recusei a me tornar uma prostituta no mesmo dia em quê me trouxe para cá? - Sorriu amarga. - Não me entenda mal, amo o ar poluente desse lugar. E também as ruas cheia de bestas de cavalos. - Ergueu os braços. - Mas nunca devolveria a minha gratidão me deitando com um homem, de caráter duvidoso. - Aproximou-se da grande janela.
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O Plano Perfeito
RomanceInglaterra 1988, em uma cidade minúscula vivia uma jovem viúva que já não acreditava no casamento. Ou na prática dele. Mas um dia, sem saber dos planos que o criador tinha para ela, chegou até o restaurante em que ela trabalhava um pastor de ovelhas...