Capítulo 7 - capítulo 4

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Rostos sujos, roupas que nem já sabiam mais qual era a cor.



- Por quê jogou lama em mim? - Gritou extremamente bravo.



- Você me parecia muito suspeito. - Respondeu acanhada.



Após uma maratona ao redor das cerejeiras, a guerra de lama cessou com a aparição da matriarca e dona do local.



- Vocês podiam ter conversado, para quê essa guerra toda? - Suspirou.



- Mas mãe, foi essa menina louca! - Gritou o loiro, sujo dos pés a cabeça.



- Louca? - Hinata rebateu ofendida. - Você sabe o que se passou pela minha cabeça? - Caminhou até o loiro. - Sim, possivelmente sou louca. Mas apenas agi da forma que me cabia ao momento.




Com os nervos à flor da pele e extremamente envergonhada, a jovem morena seguia dizendo que não teve intenção.



- Espera, você é Hinata Hyuuga? - A senhora Uzumaki logo reconheceu a garota. - Mas o quê faz aqui, já é tarde. Como chegou aqui? - Não parava de questiona-la.



- Bom, é uma longa história. - Murmurou.



Mas antes que toda ou qualquer história saísse dos lábios da pequena morena, a ruiva a puxou para dentro de casa. Aquela seria uma longa noite.


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A conversa entre Sasuke e Tsunade seguia um percurso perigoso.



- Você afirma que Sakura é a mulher na qual pediu à Deus? - Indagou.



- Exatamente. - Afirmou.



O olhar de Tsunade tornou-se assustador, talvez um pouco trêmulo.



- Olha, eu sei que a senhora não acredita...



- Eu acredito em você. - O cortou. - Sei bem que Deus, pode causar surpresas. - Comentou com um brilho diferente. - Mas, algo que não entendo é, por quê a Sakura? - Franziu as sobrancelhas.



Por mais que pensasse, Tsunade não chegou a uma conclusão. Veja bem, Sakura Haruno é tão raivosa quanto qualquer animal selvagem, a própria jurou nunca casar-se.



Não que Deus o Todo-Poderoso fosse satisfazer os caprichos de uma viúva.



- Qual o problema com a senhorita Haruno? - Questionou o moreno.



- Ela se faz de amarga e não amável. - Confidenciou. - Aquela garota lá fora, tem um ponto fraco e esses são crianças. Se elas são maltratadas ou forçadas a algo, ela chora por elas e também se ira. - Abriu um pequeno sorriso. - Ela não come grandes porções de comida. Mas a minha, que todos reclamam que é péssima, ela devora e até repete. - Suspirou.



- Ela não come outra comida além da sua? - Questionou preocupado.



- Não cabe à mim responder as questões que estão em sua mente. Mas se realmente deseja ter a minha criança como sua esposa. - Se ergueu da cadeira. - Se apresse.



Ao ouvir aquela frase, os olhos negros analisavam o semblante de Tsunade. A mulher parecia cansada, o corpo estava magro e os olhos opacos.



- Existe um motivo, certo? - Concluiu, prosseguiu ao receber o olhar confuso. - O cartaz e os pretendentes.



- É claro que existe. - Sorriu, com os olhos fixos nos do rapaz continuou. - Assim que ela se tornar a sua esposa, leve-a para um lugar calmo. Plante flores e ensine a ela, o que é o   amor. - A voz estava embargada.



- Senhora, não entendo do por que tem tanta certeza que será fácil leva-la comigo. - Estendeu um lenço. - Mas estou muito mais preocupado com a razão por trás das suas lágrimas.




- Eu estou morrendo. - Os lábios pálidos tremiam. - E diferente do que Sakura e os meus subordinados pensam, não tenho tanto tempo disponível. - Tossiu. - Então, preparei tudo para que Sakura não ficasse sozinha. E acima de tudo, eu queria presenciar a alegria daquela menina. - As lágrimas rolavam. - Porquê assim como ela é a resposta da sua oração. Ela também foi resposta da minha oração. - Ergueu os olhos para o céu.




O sentimento que a mulher exalava podia ser definido por paz, os olhos agora um pouco inchados pareciam tranquilos e sonolentos. E foi com essa sensação que Sasuke voltou para a sala, com a sensação de quê aquela mulher iria partir em breve.



Muito em breve.



- Você demorou. - A voz de Sakura o despertou.



Ela estava sentada no sofá, com a pequena Hanabi em suas pernas enquanto fazia um cafuné nos cabelos da menina.



"- tem um ponto fraco e esse são crianças."



Um pequeno sorriso formou-se nos lábios de Sasuke, isso surpreendeu a Haruno que o encarava. Mas nada descrevia, a sensação que a mulher sentiu ao ser alvo daqueles olhos negros.



Parecia que havia um certo, agito em seu estômago.



- A sogra Tsu, ela está chamando você. - Disse sentado na poltrona ao lado da rosada.



- O que vocês tanto conversavam? - Indagou irritada. - Hanabi dormiu aqui por quê não quis sair do meu lado. E já está passando do horário de dormir da titia, sinceramente você deveria ter consciência. - Bufou. - Eu já volto, irei reclamar com ela. Direi para expulsar você. - Ergueu Hanabi de suas pernas, pondo uma almofada abaixo de sua cabeça.




Averiguando a criança uma última vez, passou direto com um olhar afiado para o moreno que também a encarava, mas diferente do dela, o olhar dele estava tristonho.



- Não vá. - Pediu ao segura a mão da rosada. A voz estava tão rouca quanto de costume.



Surpresa com aquele pedido, os olhos esmeraldas temeram pelo real motivo, mas ignorou e se desvencilhou da grande mão seguindo o seu caminho.



Adentrou o grande cômodo, sentou-se na poltrona ao lado da tia.


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- Meu Deus! - Exclamou a mulher ruiva. - Sua irmãzinha saiu com o seu primo e ainda não haviam voltado? - Tampou a boca.



Após acalmar os ânimos, e um bom banho e também após a descoberta que a lama não era só lama, a Hyuuga contou o que passou para estar naquele estado.



- Mas já é tarde da noite. - Disse Minato, que havia acordado com toda a confusão. - Não é seguro que a senhorita saia dessa maneira a essa hora. A estrada anda com muitos perigos nesse horário.



- Eu entendo e agradeço pela preocupação. Mas a minha irmã é muito importante para mim. - Suspirou. - Peço desculpas também pelo transtorno que causei. E novamente senhor Naruto, eu não sabia que aquilo era estrume de cavalo. - Sussurrou.



Naruto que estava um pouco afastado, apenas bufou, estava extremamente envergonhado. Como podia ter conhecido o seu amor de infância daquela forma?



- Eu não sou um ladrão. - Disse com um grande bico em seus lábios.



- Eu sei. - Murmurou Hina, muito envergonhada.



Para apaziguar a situação,   Minato saiu com Naruto dizendo que iriam procurar por Sasuke e também pela Hyuuga caçula.




- Não ligue para o meu filho, ele tem uma péssima memória. - Afirmou Kushina. - Ele logo se esquecerá dessa vergonha que ele passou. - Sorriu.




- Mas, eu sou a culpada. - Protestou.- E também quem deveria estar envergonhada. - Abaixou a cabeça.



Mesmo com Kushina tentando explicar os motivos por trás da vergonha de Naruto, a morena de olhos perolados apenas refutava afirmando que ela teria quê pedir desculpas de uma forma mais honrosa. Levando a senhora Uzumaki desistir, pois aquela menina era muito mais teimosa e tão lenda quanto o próprio filho.



- Feitos um para o outro. - Sibilou enquanto assistia a jovem tomar o chá.- Impressionante.


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Os olhos caramelizados de Tsunade estavam presos à um jarro de flores, rosas.



- O que foi? - Pigarreou a jovem. - Não me diga que o bom pastor, ganhou o título de pretendente ideal? - Debochou.



Mesmo com o sarcasmos na voz e a evidente mal criação, a loira nada falou ou a repreendeu.



- Lembra de quando eu a encontrei, eu disse.



- Eu amo flores, e parece que eu encontre a mais especial de todas. - Respondeu.



Com a resposta, Tsunade se voltou para a garota quê a encarava, com os belos olhos verdes. A loira abriu um belo sorriso, pois finalmente viu ali o brilho que nunca havia visto.



- Sabe o que significa? - Questionou. - Eu orei por uma criança, e recebi a mais bela delas. - Acariciou os cabelos róseos. - Você é o resultado da minha oração.



- Tia, do quê está falando? - Murmurou.



- Não tenho tanto tempo. - Suspirou. - Mas tenho um último desejo. - Agarrou as mãos da jovem. - Ver você vestida de noiva, ao lado de um bom homem .



- Que tolice. - Gargalhou. - Você é forte, toma os remédios direitinho. - Calou-se. - não, não.



Os olhos verdes estavam perdidos, buscava  mentiras ou alguma pegadinha. Mas aquela era a sua dura realidade, mais uma vez ficaria sozinha.



- Filha, por favor. - Pediu. - Conceda o meu desejo de vê-la vestida de noiva, a mais bela de todas. - Sorriu em meio às lágrimas.



Como ela negaria? Como, viveria sem ela?



- Mãe, você é como uma mãe para mim. - Mordeu o lábio. - Desculpe se não fui a melhor filha para você. - Chorou sem consolo. - Eu, eu farei o que me pediu. - Fungou.



- Obrigada, minha flor. - Abraçou o corpo da jovem.



Após alguns minutos, a rosada saiu do cômodo acompanhada de Tsunade, encontrando os hóspedes.



- A jovem Hanabi adormeceu. - Exclamou a loira. - Ela me lembra você, tão dócil. - Sussurrou para a rosada. - Sasuke a levará para o quarto, então vá para a cama. - Puxou a menina ainda meio sonolenta.



- Boa noite, senhorita Haruno. - Disse a morena com a voz rouca.



O jovem casal permaneceu na sala, apenas assistindo em silêncio as duas sumirem pelos degraus da escada. Com o silêncio entre os dois, Sasuke achou melhor apenas subir.



Mas quando ele já estava no terceiro degrau ouviu o som das botas de Sakura, e elas saiam em direção a rua. Com rapidez ele também saiu, com um casaco em mãos.



- Sakura! - Gritou. - Está muito tarde, volte para casa. Por favor! - Exclamou em agonia.



O céu estava especialmente sem lua, e tudo se tornava mais escuro e tenebroso. Mas mesmo com frio batendo em sua pele, ele a seguiu e correu até alcançá-la.




Mas parou ao vê-la adentrando uma igreja.




A mulher de cabelos rosados rompeu as grandes portas da igreja, o peito subia e descia, o nariz estava vermelho por conta da temperatura. Mas nada daquilo importava.



- Eu, pensei quê somente agradecer seria o bastante. - Iniciou uma conversa. - Quando o senhor a levou até mim, eu chorei por dois dias de joelhos em uma capela. Pensei que finalmente teria uma vida, mas depois descobri que ela era uma prostituta com uma grande divida. - A voz já estava alta. - Mas o tempo passou e tudo se resolveu, e mesmo a nossa vida não sendo perfeita, seguimos felizes. E de novo ela adoeceu, e invés de um milagre, o senhor me manda um pastor? - Sorriu amarga.



Sentou-se no chão, uniu os joelhos e prostrou a cabeça.



- Ela é tudo o quê eu tenho. - Clamou. - Eu, não sou digna de homem algum e principalmente daquele pastor. O senhor bem sabe do quão suja sou, e de quê não haveria amor em mim. - Iniciou um choro.



Já não eram palavras, mas sim, gemidos que ecoavam.



- O amor não está em nós. - Disse. - Mas sim no Senhor, pois ele é o amor e a justiça. - Ajoelhou a frente dela. - Não sei por que acha quê não é digna de ser amada. Mas eu me comprometo a amá-la, com todo o meu ser. - Acariciou os fios rosados.



Mesmo em meio aos soluços ergueu o rosto para encarar aquele homem à sua frente, aquele que tanto insistia que ela era a sua esposa, que Deus havia enviado para ele. O mesmo Deus que levou Tsunade até ela, e permitiu que vivesse bons anos.



- Sasuke. - Sussurrou. - Eu, aceito ser a sua noiva. - Declarou. - Por favor, seja o meu noivo.



Os olhos negros brilharam, talvez fosse surpresa ou animação. Mas ali, naquele exato momento se iniciava uma nova história.



- Como desejar, minha bela noiva. - Acariciou o topo dos cabelos róseos.

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