Capítulo 4

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Potter o encontra em suas masmorras na tarde seguinte. Ele acabou de refazer os encantamentos de proteção que cobrem a entrada da sala comunal da Sonserina. Se eles foram desfeitos durante a batalha ou apenas ao longo dos anos de estudantes testando-os com senhas incorretas ou feitiços de detecção mal lançados, Severus não sabe dizer. Ele se levanta, tirando a poeira das calças, e se vira para encarar Potter. O menino está encostado casualmente na parede, observando-o.

Severus não tem certeza do porquê, mas de repente a visão de Potter - positivamente pingando magia e charme sem esforço - o deixa irritado, e ele realmente não quer fazer isso agora.

— Você se divertiu noite passada? — ele diz, duramente. — Jacobs, como ele disse, proporcionou diversão a você?

— Sim — Potter diz simplesmente, não dando a Severus a satisfação de ficar irritado com seu tom ou com a implicação clara da pergunta de Severus. — Eu me diverti.

Severus se volta para a parede agora vazia que mascara a porta da sala comunal, embora o feitiço esteja completo. Ele respira fundo e depois outro.

— Você está com ciúmes, Snape? — Potter diz então. Severus o ouve dar um passo em sua direção. — Porque — ​​Potter ri, — eu acho que você está e isso é... — Ele ri novamente. — Isso é realmente gostoso.

Severus se vira, raiva e algo mais correndo em suas veias.

— Eu não -

— Claro que não — diz Potter, com um tom provocador em sua voz. — É claro que você não ficou deitado na cama ontem à noite se perguntando se eu o deixei me foder. — Potter aperta os lábios. — Embora Jacobs me pareça mais um passivo, você não acha?

— Suficiente! — Severus está praticamente tremendo e Potter... Potter está muito perto. Severus quer bater nele ou beijá-lo e ele realmente deveria simplesmente ir embora.

— Eu não transei com ele — Potter diz, inclinando-se, as palavras suaves, apenas um sussurro contra a pele de Severus. — Eu nem deixei ele me tocar.

— Eu não ligo.

— Sim, você liga. Mas está tudo bem porque eu não o quero. — Potter está tão perto agora que Severus pode sentir o calor de seu corpo, a centelha de sua magia, e os dedos de Severus coçam para estender a mão e tocar. — Eu só quero você.

Severus não pensa. Ele apenas agarra o braço de Potter e o arrasta pelo corredor até uma sala de aula deserta, fechando a porta com um chute e pressionando Potter com força contra ela. Então, na penumbra, ele o beija – avidamente, de boca aberta e ansioso. Porra, faz menos de uma semana, mas Severus perdeu isso. Sentiu falta de Potter. E ele ficaria assustado com o quanto ele o quer – e não precisa – dele, se tivesse tempo para pensar. Se Potter não o estivesse beijando de volta com tanta força que ele mal consegue respirar.

Os dedos de Potter agarram a camisa de Severus, puxando-o impossivelmente para mais perto, e a raiva, o ciúme e o desejo agitando as entranhas de Severus o deixam tonto - fazem-no segurá-lo pelos ombros, levá-lo para trás, empurrá-lo contra a mesa de trabalho. Os olhos de Potter se arregalam por trás dos óculos e, mesmo na escuridão, Severus pode ver a fome, o desejo ali. Queima como fogo em sua espinha e faz seu pau endurecer. Potter levanta a cabeça, lambe a cicatriz de Severus e Severus estremece.

— Eu não transei com Jacobs — ele repete.

— Não?

— Não. Eu nem queria.

Severus o gira, prendendo-o entre o corpo e a mesa, e o pressiona contra ele. Ele balança os quadris para frente, e Potter pragueja, sentindo a picada de Severus – forte contra sua bunda – através das camadas de tecido.

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