25: O Terror Rosado

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Alicent sentou-se com sua filha mais velha, observando Helaena brincar com um inseto peculiar na mão. De todos os seus filhos, Helaena possuía um fascínio único pelo mundo ao seu redor, uma qualidade que Alicent valorizava e abraçava de todo o coração.

Os olhos de Helaena brilharam de curiosidade enquanto ela compartilhava suas descobertas. “Este aqui tem 60 anéis... e dois pares de pernas em cada um”, explicou ela, com a voz cheia de admiração. "Isso é 240."

Alicent assentiu, cativada pela natureza curiosa da filha. Ela observou Helaena examinar o inseto, sua mente investigando os mistérios de sua existência.

"Ele tem olhos... embora... eu não acredito que ele possa ver", observou Helaena, franzindo a testa em pensamento.

Com a curiosidade despertada, Alicent perguntou: "E por que você acha isso, meu amor?"

Helaena encolheu os ombros, suas feições delicadas exibindo um toque de contemplação. "Está além da nossa compreensão."

“Suponho que você esteja certo. Algumas coisas simplesmente são. Ela desejava dar carinho à filha, mas respeitava a aversão de Helaena ao toque físico. Em vez disso, ela se contentou com uma proximidade reconfortante, consolando-se com a presença compartilhada deles. Seu coração se encheu de calor quando Helaena sorriu para ela, um gesto que refletia o de sua esposa.

A tranquilidade do momento foi abruptamente quebrada quando a porta de seus aposentos privados se abriu, revelando Criston e Aemond. Os olhos de Alicent se arregalaram de alarme enquanto ela corria em direção ao filho, que estava coberto de cinzas e carregava cheiro de fumaça.

"Aemond," ela engasgou, envolvendo-o em um abraço preocupado. "O que é que você fez?"

A voz de Helaena era quase um sussurro, ela murmurou para si mesma. "Ele fez isso de novo."

Alicent balançou a cabeça, a preocupação estampada em seu rosto enquanto inspecionava Aemond, garantindo que ele estava ileso. "Depois de ser avisado inúmeras vezes, devo confiná-lo em seus aposentos?"

Aemond empurrou a mão de sua mãe, lágrimas brotando de seus olhos. "Eles me fizeram fazer isso!" ele exclamou, sua voz tremendo com uma mistura de frustração e tristeza.

Alicent balançou a cabeça, lutando para compreender a fervorosa obsessão do filho. "Como se você precisasse de algum incentivo", ela suspirou. "Seu fascínio por essas feras ultrapassa a compreensão."

"Eles me deram um porco!" Aemond chorou, sua voz tensa enquanto tentava suprimir as lágrimas.

O olhar de Alicent suavizou-se, seu coração doendo por seu filho. "Um o quê?"

Fungando, Aemond respondeu: "Eles disseram que encontraram um dragão para mim. Mas era um porco."

Alicent suspirou, enxugando a sujeira e as lágrimas do rosto. "Um dia, meu filho, você terá um dragão", ela o tranquilizou, suas testas se tocando em um gesto terno de consolo.

"Ele terá que fechar um olho", murmurou Helaena.

"Eu sei isso." Alicent sussurrou, beijando sua cabeça.

“Os outros riram de mim,” Aemond choramingou, buscando conforto no abraço de sua mãe. Alicent o acalmou, sua mão acariciando suavemente seus cabelos, proporcionando consolo diante da decepção. Entre todos os seus filhos, Aemond era o único sem um dragão para chamar de seu. Os outros reivindicaram seus dragões ou testemunharam o nascimento de seus companheiros. No entanto, o ovo de dragão de Aemond nunca eclodiu e não havia mais dragões na cova para ele reivindicar.

(...)

“Eles fizeram asas para ele, aparentemente, e um rabo”, explicou Alicent à esposa, com frustração evidente em sua voz.

𝓕𝐈𝐑𝐒𝐓 𝓞𝐅 𝓗𝐄𝐑 𝓝𝐀𝐌𝐄     ᵃˡⁱᶜᵉⁿᵗ ᴀɴᴅ ʳʰᵃᵉⁿʸʳᵃOnde histórias criam vida. Descubra agora