- Who?

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??? On.

Era dia e ainda se era possível escutar a chuva lá fora, bom, pelo menos não ventava mais. Papai tinha passado a noite inteira em seu laboratório, falando de outra forma, passou a noite dentro de um quarto fazendo barulheira, acabei não dormindo tanto.

Levantei da cama e fui ao banheiro, fiz oque tinha que fazer e logo sai do banheiro. Um tempo depois, já vestida e “arrumada” desci para o primeiro andar, adentrando a cozinha pude ver meu pai com uma xícara de chá em mãos, ele odiava café. Papai não falou ou olhou para mim, ele nunca fez, não desde que mamãe se foi por causa de um de seus experimentos malucos. Não ligando muito para isso, passei por ele e fui até a bancada da cozinha, fiz apenas um sanduíche e voltei para meu quarto.

Meus dias não eram tão interessantes e divertidos, eu apenas acordava, fazia minhas higienes, comia algo, voltava para o quarto e esperava até o almoço, logo após o almoço eu ia ao laboratório para que meu pai pudesse fazer os exames, os mesmos que mamãe fez um dia. Depois dos exames eu voltava para o quarto e ficava até a manhã seguinte e esse era meu dia, sair do quarto depois dos exames era proibido, sair da rotina era proibido. E se eu pelo menos pensasse em contradizer as regras do papai eu iria fazer uma “visita” para a senhora Pyblle. Senhora Pyblle é uma moça que fica no porão, ela costumava ser nossa vizinha, até que um dia papai a chamou para tomar um chá e fez experimentos com ela, agora senhora Pyblle vive no porão e sempre está fazendo barulhos arrepiantes.

Seus grunhidos são capazes de se ouvir em meu quarto, nunca quebrei as regras que papai impôs porque não quero ter que ficar perto da senhora Pyblle, ela tem um cheiro podre de morte.
Era hora dos exames, estava a caminho do laboratório de papai quando escuto a uma notícia que passava na Tv da sala. Era horrível, pessoas devorando outras pessoas e arrancando pedaços, carros destruídos e fogo para todos os lados, a cidade estava um completo caos. Paro de focar na Tv ao escutar passos apressados vindo do laboratório de papai, me virei na direção dos passos e pude ver papai vindo em minha direção quase correndo.

???- Pegue suas coisas o mais rápido que puder e vá para o laboratório, rápido!-

Não discuti e logo corri para arrumar minhas coisas, peguei tudo que achava necessário como roupas normais, roupas de frio e algumas coisas para higiene. Corri para o quarto ao lado, era o quarto de mamãe, adentrando o quarto peguei tudo que me faria lembrar dela e tudo que seria útil para a situação ali: Uma pistola.
Após guarda tudo, corri até o andar de baixo e fui em direção ao laboratório, logo virando a esquina do corredor da cozinha pude ver meu pai na porta do mesmo, mas, logo antes que eu chegasse ao papai, a porta do porão que estava a apenas dois passos de mim se abriu. E foi aí que eu tive medo, escutei o grunhido junto a um arrastar de pés e logo pude vê-la, senhora Pyblle. Senti um arrepio em minha espinha e logo olhei em desespero para meu pai, seu rosto não tinha nenhuma expressão, ele logo olhou novamente para a senhora Pyblle e começou a andar lentamente para trás.
Entrei em desespero.

“O que diabos papai está fazendo? Ele não vai me deixar não é? não depois de tudo, não depois de tudo que ele me fez passar, não depois de toda a tortura que eu e mamãe passamos.”

Meus pensamentos se foram com o estralar de uma madeira, ela olhou para mim, eu pude ver nitidamente seus olhos brancos e opacos olharem diretamente para mim e em poucos segundos, ela veio tropeçando em seus próprios pés até mim, seus grunhidos só pareciam como se ela fosse uma fera, uma fera faminta por carne, a minha carne.

Eu não estaria viva, se não fosse por ele.
G.

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⏰ Última atualização: May 31 ⏰

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