Após uma discussão com seu pai, Ivy correu para a floresta e se sentou em uma árvore. Ela começou a chorar muito, com raiva e tristeza pela discussão, até que pegou um galho quebrando e disse se tinha alguém ali. E realmente tinha, A garota viu uma...
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3 anos atrás...
- Rika você fez o dever de português?- Perguntei para a menina a minha frente mas fiquei sem resposta- RIKA !- Chamei a menina novamente mas com um tom mais alto.
- Oi, oi, desculpa eu tô procurando Noah- respondeu a garota olhando em volta.
- Por que?- Perguntei abrindo meu armário.
- Quero que ele me leve no baile, não quero ir com Trevor - Explicou a loira.
- Ata, mas Rika vai ser daqui a dois meses- falei fechando o armário.
- Achei ele, beijo amiga te encontro na sala de aula-Se despediu rapidamente e foi até o menino.
Andei lentamente até a aula de cálculo, estava com tempo e não achei Jack bom não tô com cabeça para ouvir mais nenhuma de suas reclamações ou exigências sobre minha aparência.
Cheguei na sala de aula tava quase que vazia mas ajeitei minha mochila no meu lugar de sempre e guardando o de Rika, não demorou muito para o sinal bater e a menina loira aparecer, tirei minha mochila de sua cadeira para ela se senta.
O professor passou teste surpresa como sempre e todos já sabiam oque fazer.
- Souberam da novidade?- uma voz atrás de nós falou, nós nos viramos para trás e vimos Gabrielle Owens inclinada sobre a mesa ao lado de Cláudia.
- Qual?- Eu perguntei.
- Eles estão aqui- disse baixo quase em um sussurro
"Eles estão aqui" ecoava pela minha cabeça meu corpo todo se arrepiou não prestava mais atenção em nada eu iria ver ele? Sim, eu iria ver ele, Kai mori um dos quatro cavalheiros e o garoto pelo qual eu tenho uma quedinha desde de quando ele me notou pela primeira vez.
Lembro desse dia como se fosse hoje ele cuidou de mim e me alimentou, no meu pior momento o menino muito improvável foi oq me ajudou e me acolheu.
1 ano atrás (passado)
- Pai eu não vou abandonar a dança- disse suave enquanto comia.
- Ivy você não entendeu? Você é herdeira da minha empresa você vai herdar tudo e vai precisar cuidar disso.- Falou com um pouco de frustração no tom de sua voz.
- Eu sei pai, mas eu posso fazer os dois ok, não vou abandonar a dança já disse - respondi ainda calma.
- CARALHO IVY VOCÊ NÃO TA ENTENDENDO, COMO VOCÊ VAI FAZER OS DOIS?- Alterou o tom de voz fazendo com que eu me assustasse - CUIDAR DA EMPRESA É BEM MAIS IMPORTANTE DO QUE FICAR DANÇANDO QUE NEM UMA PROSTITUTA, PRECISA FOCAR EM APENAS UM.
- Prostituta pai? Então pra você eu sou a porra de uma prostituta? O senhor só tá esquecendo que minha mãe dançava também e é essa mesma dança que me faz parecer "prostituta" que o senhor se orgulhava quando minha mãe era viva, ensinando tudo que ela sabia- respondi com a voz fraca baixa sem gritar enquanto rolava uma lágrima em meu rosto - Você não tem o direito de me pedir porcaria nenhuma foi a dança que me ajudou quando a mamãe morreu você foi um pai de marda viajou por 3 meses e me deixou aqui sozinha que porra de pai você é?- após terminar minha frase eu senti o impacto da palma da mão do meu pai contra meu rosto o impacto foi surpreendente doloroso, tanto físico quanto emocionalmente. A dor se irradiou por toda minha cara, enquanto o choque da agressão me deixou sem fôlego. Eu não consegui acreditar que ele tivesse me batido, e o peso da humilhação foi quase tão forte quanto a própria dor física.
-Filha, eu não queria eu não- Eu olhei para a cara dele ainda com os olhos arregalados com meu rosto vermelho e cheio de lágrimas- Desculpa o papai eu não fiz por querer foi no impulso sabe o papai não queria - Ele falou enquanto se ajoelhava a minha frente e pegava em minha mão.
-Você me bateu- Falei ainda em choque.
-A culpa foi sua, não deveria ter falado aquilo - disse ainda ajoelhado a minha frente com a cabeça em minhas mãos- Se não tivesse falado essas coisas eu não teria perdido o controle...- o interrompi e puxei minhas mãos fazendo ele olhar para mim.
-Você tá dizendo que a culpa foi MINHA por VOCÊ ter me batido?- perguntei sem acreditar que ele avia falado aquilo - Eu só falei a porra da verdade você literalmente me abandonou, eu fui no enterro sozinha, eu passei noites acordada chorando com saudades da mamãe e você não estava aqui comigo, eu tava sozinha.-As lágrimas caim descontroladamente pelo meu rosto.
-CALA BOCA - Ele se levantou novamente eu me assustei e fechei meus olhos a espera de outro tapa.
Abri meus olhos lentamente, e me levantei meu pai estava paralisado na minha frente passei por ele e corri, corri para longe só queria sumir.
"Você faz tanta falta mamãe..."
Corri para a floresta, cansada de correr e só querendo chorar sentei em uma árvore e comecei a chorar botando toda minha raiva e tristeza pra fora. Desde que mamãe morreu eu me sinto sozinha meu pai me deixou quando ela se foi, dormia chorando e acordava chorando, a única coisa que me faz sentir ela por perto é a dança e ele quer que eu pare de dançar? Nunca, jamais.
Escutei um barulho de galho quebrando olhei ao meu redor a procura de alguém ou um animal.
-Tem alguém aí -perguntei esperando que alguém me respondesse e realmente aconteceu.
-Eu- uma voz doce meio rouca masculina surgiu a frente olhei rapidamente e vi uma silhueta de alguém não muito longe.
- Quem é você- limpei minhas lágrimas.
- Kai mori- Respondeu se aproximando de mim- e você ?-perguntou
Já tinha ouvido esse nome antes acho que ele era um dos 4 cavalheiros que Rika tinha falado, Rika é apaixonada em Michael Crist então ela fala o dia inteiro sobre eles.
-Ivy, Ivy White - ele se aproximou mais se ajoelhando em minha frente fazendo com que eu o olhasse nos olhos, os olhos dele não eram escuros eram claros, marrom claro e puxados acho que ele era meio japonês, ele era bonito até demais.
- Prazer em te conhecer Ivy White - sorriu simpático e esticou a mão para me cumprimentar mas não tava a melhor pessoa para fazer amizades então o deixei na mão e continuei a encarar os seus olhos, querendo ou não eu gostei deles.- Ok então né, porque está assim?- perguntou.
- Eu nem te conheço por que falaria da minha vida pra você - Disse ainda o encarando.
- Eu não mordo não relaxa, e se fosse pra mim fazer alguma coisa com você já teria feito, você está em uma floresta sozinha comigo esqueceu?- deu uma risada nasal eu rir junto com ele -Mas não vou te forçar a nada se não quiser me fala tudo bem, posso só ficar e fazer companhia- Se sentou do meu lado, ok ele tá simpático demais eu tô começando a ficar com vergonha.
- Minha mãe morreu, no dia em que ela morreu assim que ele ficou sabendo ele viajou e ficou fora durante 3 meses me deixou sozinha no pior momento da minha vida e agora quer tirar a única coisa que me faz sentir ela por perto- disse enquanto caia algumas lágrimas.
-Ei princesa não fica assim, com todo respeito seu pai é um merda - disse se virando para mim e limpando minhas lágrimas.
- É eu sei- dei uma pequena risada - Eu disse isso pra ele e logo em seguida ele me deu um tapa na cara e colocou a culpa em mim- Rir no final da frase.
- O que? Ele te bateu?- Vi o olhar doce se torna frio- Ele é um covarde você é filha dele ele não pode fazer isso - ele estava com bastante raiva dava pra ver pelo seu olhar e o tom de voz.
-Ei relaxa já passou daqui a pouco volta tudo ao normal- Disse segurando sua mão que estava fechada com força.
- Não, não pode ser assim ele tem que pagar pelo o que fez, não pode sair imune.
- Kai, ei, isso não é problema seu relaxa - Falei sem querer ser grossa.
-É eu sei mas é bastante frustante, porra ele tava errado e agindo como se tivesse certo - Respondeu agora mais calma
-É normal.
- E sobre a dança não pare de fazer aquilo que ama por causa dos outros ok?- Sorriu reconfortante.
Sorri em resposta.
Kai parecia um menino incrível e os seus olhos eram lindos demais, juro, não queria para de olhar para ele, a sensação era tão única nunca senti isso antes...