A SUBIMISSA - Life dreams

CAPÍTULO 3

Aqui estou eu, em meio a pessoas totalmente desconhecidas, com meus fones de ouvido ouvindo minhas músicas.
Era meu primeiro dia de aula e, apesar de preferir me isolar no meu mundo, resolvi prestar um pouco de atenção, já que o professor ia perguntar o nome de cada aluno e pedir para contarmos de onde viemos e outras coisas do tipo. Começou pela primeira fileira, eram cinco alunos, e por sorte eu estava na última fileira, então teria mais tempo para me preparar.

Enquanto o professor fazia as apresentações com as Outras Fileiras, notei três pessoas que me chamaram a atenção.
Duas eram meninas e uma era um menino.

A primeira menina tinha um cabelo longo e brilhante, e parecia muito confiante ao falar.

A segunda menina tinha um sorriso contagiante e ria de todas as piadas do professor, mesmo as mais sem graça.

O menino, por outro lado, era mais quieto, mas tinha um olhar penetrante e parecia estar analisando tudo ao seu redor. E isso de alguma forma me chamou a atenção..

Eu ainda estava tentando focar na minha própria apresentação, mas essas três pessoas conseguiram desviar minha atenção, mesmo sem fazer muito esforço. Talvez fosse a energia que emanavam, ou simplesmente o fato de que, em um mar de rostos novos, alguns se destacam naturalmente.

Finalmente, chegou a minha vez. Eu estava bastante nervosa, mas, o que não me faltava era atitude. Então, respirei fundo e me levantei. Senti todos os olhares voltados para mim, o que causava um frio na barriga, mas eu precisava passar por isso. Com a voz um pouco trêmula, comecei a me apresentar:

"Meu nome é Bela, tenho 15 anos."

Enquanto eu falava, senti um calor subir pelo rosto, um sinal claro do meu nervosismo. Ver aquelas pessoas todas me olhando intensificava a sensação, mas havia algo A mais.

O menino que eu havia notado antes, aquele com o olhar penetrante, agora estava me observando atentamente. Ele deu um sorriso de lado, como se estivesse fixado em mim. Seus olhos brilhavam com uma curiosidade que me desconcertou. Isso me fez errar até algumas palavras.

"Tô... venho... vim de outra escola," gaguejei, tentando me recompor.

Seu sorriso se alargou levemente, e isso só aumentou minha ansiedade. Por um momento, me senti vulnerável, mas também havia uma faísca de algo novo, uma sensação que não sabia identificar completamente.

"Espero fazer novos amigos aqui," terminei, tentando manter um tom confiante. Sentei-me rapidamente, sentindo o rosto quente. O professor passou para o próximo aluno, mas minha mente ainda estava presa naquele sorriso enigmático.