Invadido Pela Paixão - Da Série: Do Branco ao Preto

4 - Sentimentos invasivos

Pietro

Depois de resolver tudo sobre a entrega com o Gunter, e fazer uma checagem tantos nas minhas boates, cassinos e nos armazéns, decidi voltar e trabalhar de casa mesmo, e continuar a vistoria em meus negócios em outros países das Américas como México e Brasil

Ontem mesmo a Mavie, a gerente do RH cuidou da contração do Allan e disse que hoje estaria iniciando no empresa. Antes de chegar recebi uma mensagem da recepcionista dizendo que ele havia chegado e que ela havia mostrado todo as dependências do local

Quando cheguei no meu andar e a porta do elevador se abriu, ele estava lá com o cabelo cacheado bem cuidado e bonito e organizando sua mesa e seu local de trabalho, assim que me olha sua feição é tomada pela surpresa, e conversamos um pouco, e assim que chego perto dele sinto o cheiro suave de morango… eu odeio morango… mas o cheiro dele estava muito bom, devo admitir!

Passei a manhã inteira na minha sala até a hora do almoço, e só saí para chamar o Allan para irmos comer no restaurante que fica a uns 5 minutos a pé da ProStreet.

-- Allan? - o chamo assim que não o vejo em sua mesa e me lembro que ele não pode me escutar

Começo a olhar o andar até achá-lo na pequena sala de arquivos que há aqui

-- Allan, vamos almoçar? - pergunto olhando o que ele está fazendo

-- Ah… sim, que horas são?... - ele pergunta confuso e puxa o celular do bolso - já são 12:40, nem vi o tempo passar! - ele diz olhando em volta

-- O que você está fazendo? - pergunto também olhando em volta

-- Terminei de arrumar os seus horários e decidi organizar os arquivos, tinha algumas coisas fora do lugar! - ele explica enquanto vem na minha direção

-- Ótimo… vamos? - pergunto assim que ele se aproxima e sou inebriado com seu cheiro gostoso de morango

-- Vamos, vou pegar minhas coisas… - ele passa por mim e vai até a sua bolsa - Senhor, não sei se você se importa mas podemos passar na casa que acabei de comprar, preciso encontrar meu amigo e o empreiteiro para conversar sobre a reforma - ele diz depois de pegar sua bolsa e olhar algo no celular

-- Podemos, claro! - realmente não vejo problema nisso - você comprou uma casa? - pergunto tentando entender enquanto vamos ao elevador e ele me observa

-- Sim, comprei! Vou reformá-la para deixar do jeito que sempre quis - ele diz com um sorriso sincero - na verdade minha mamãe comprou pra mim, tentando me recompensar por faltar mais uma vez em um evento importante meu - ele diz e aos poucos vejo seu sorriso morrer o que me deixou parcialmente incomodado

-- Como assim? - pergunto interessado no que ele falou

-- Minha mamãe, a Lucy, a que é cardiologista, é meio viciada em trabalho e sempre deu prioridade para o mesmo, e ela simplesmente deixou de ir a minha formatura em prol do trabalho e para recompensar a sua falta ela me deu uma casa… ela sempre tenta cobrir a ausência dela com dinheiro e presentes - ele explica e eu apenas o observo

-- Isso é complicado! - digo a única coisa que vem minha mente

-- Sim… vamos com o seu carro ou com o meu? - ele pergunta quando saímos na porta da empresa

-- Bom, como não sabia que iríamos a outro lugar a não ser comer, acabei mandando meu motorista ir fazer outras coisas, então se não se importar podemos ir no seu! - explico meu ponto

-- Okay… a propósito você não dirige? - ele pergunta e nos conduz para o estacionamento

-- Não! - respondo direto