6 - Se conhecendo

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Pietro

Fui para casa ainda com a cabeça no Allan, o abraço, o beijo na bochecha, ele chorando, me agradecendo, procurando proteção e consolo nos meus braços, tudo o que ele fez ontem e até em dias anteriores ficavam rodando em loop na minha cabeça

Dormi um pouco e fui para a empresa um pouco mais tarde que o habitual, já que acordei um pouco mais tarde e fui à academia consequentemente mais tarde. Cheguei por lá e não vi o carro do Allan estacionado nas redondezas, e fui direto para recepção perguntar por ele

-- Melanie, viu o Allan? - pergunto direto

-- Não senhor, ele não passou por aqui hoje! - ela diz e eu fico em estado de alerta

Saio de perto da recepcionista e vou para o lado de fora com um pouco de preocupação, mesmo sabendo que há seguranças com ele, fui até o contato dele em meu telefone e liguei para ele que demora alguns toques para atender

-- Allan, onde você está? - vejo que ele está em um quarto escuro e assim que acende a luz para que eu possa vê-lo, ele tem uma cara de quem não está muito legal

-- Oi? Desculpe senhor não entendi! - ele diz com a voz mole de sono

-- Está na sua casa? Está bem? - pergunto preocupado

-- Sim, me desculpe senhor, devia ter lhe mandado uma mensagem, mas minha enxaqueca atacou muito hoje e minha cabeça parece que vai explodir - ele explica eu o encaro através da tela do celular

-- Entendo, não se preocupe, já tomou algum remédio? Tem alguém com você? - indago querendo que ele fique bem

-- Não, o remédio que eu normalmente tomo acabou e eu tô sozinho em casa, minhas mães foram trabalhar, meu irmão está fora da cidade e minha irmãzinha está na escola - ele diz e eu já vou indo em direção ao meu carro e motorista

-- Estou indo até aí… qual remédio você normalmente toma quando está assim, passarei em uma farmácia para comprá-lo - digo para tentar ajudá-lo e não vou deixar ele sozinho

-- Não precisa senhor, o remédio que eu tomo normalmente precisa de receita, minha mamãe que sempre faz a receita para que eu possa comprar ele, mas ela não tá me atendendo! - ele diz mas não me faz recuar nem um pouco

-- Me diga o nome e eu arranjarei, nem fudendo que eu vou te deixar assim! - digo sendo autoritário

-- Te mandarei o nome por mensagem de texto… - ele diz parecendo vencido

-- Ok, assim que puder estarei aí! - digo e finalizo a ligação

Já estava bem perto do carro a esse momento e pedi para o meu motorista me levar para a farmácia mais próxima para podermos comprar o remédio e assim ele fez, me levou em uma a uns 5 minutos da ProStreet

Quando ele estacionou, eu desci do carro e fui direto para interior da loja, e direto para um atendente

-- Bom dia, quero duas caixas desse medicamento, por favor! - digo direto mas sem ser mal educado, mostrando a tela do telefone

-- Tem a receita senhor? - o rapaz pergunta com certa simpatia

-- Não, mas posso pagar o quanto quiser para que venda sem ela! - digo direto, estava disposto a pagar o quanto fosse

-- Não senhor, não podemos! - ele diz sério e olho em volta para ver se não tem ninguém na loja e realmente não há

-- Eu estou tentando ser bonzinho… não me faça tomar medidas drásticas! - digo sacando minha arma e a apontando para o rapaz que automaticamente fica pálido de medo

Invadido Pela Paixão - Da Série: Do Branco ao Preto Onde histórias criam vida. Descubra agora