AS COBRAS SÃO MUITO BONITAS.

14. A CARTA

Normalmente, não importava quem recebia a postagem; quem estivesse mais próximo iria recolhê-lo. Nas últimas semanas, porém, Petúnia correu para recolher a correspondência assim que o carteiro passou. Ela sabia que a carta chegaria em algum momento antes do aniversário de 11 Anos de Harry .

Finalmente chegou em uma manhã quente de quarta-feira. Era grosso e pesado, endereçado a "Harry Potter, o quarto temático da cobra". De repente, ela ficou feliz por Harry não ter interesses estranhos, como se o colega de classe que ele mencionou fosse obcecado por postes telefônicos. Ela segurou a carta com as mãos trêmulas e agarrou-se ao fato de ter um discurso preparado. Ela estava praticando com Brownie, então sabia que era uma atitude sensata.

"Harry, termine seu café da manhã e me encontre na sala de estar."

Harry ergueu os olhos de sua torrada levemente encharcada, as sobrancelhas ligeiramente franzidas, esperando que ela não tivesse encontrado os sapos que ele guardava em uma embalagem para viagem. Eles eram do tamanho certo para lanchar e muito fáceis de guardar. Dobrando a torrada ao meio, enfiou-a na boca e engoliu-a inteira. "Legal," Dudley murmurou, ainda impressionado com as habilidades de cobra de Harry.

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Quando Harry entrou na sala de estar, ele soube imediatamente que esta seria uma conversa importante. Tia Petúnia tinha uma expressão estranha no rosto.

"Se isso é sobre sapos, eu realmente acho que deveria ter permissão para ficar com eles! Eles não escaparam e estou mantendo tudo bem limpo para que não haja...

Tia Petúnia interrompeu com a mão levantada.

"Atormentar! Não se trata de sapos. Há algum tempo que pretendo falar com você sobre isso. Isto é... é sobre seus pais."

Bob, que estava aninhado no pescoço de Harry, animou-se com isso.

Em pé e alisando o vestido, tia Petúnia começou sua Conversa Importante, tropeçando nas palavras de uma forma que mostrava o quão nervosa ela estava.

"Seus pais... eu disse que não gostava de falar deles, e é porque eles morreram em uma guerra mágica. Seus pais tinham magia – como seus poderes de cobra, mas... diferentes. Bem, provavelmente diferente - não tenho certeza. Nunca soube muito sobre magia. Eu não – eu não gostava disso antes. Ela tinha magia e eu não, e eu estava com ciúmes e com medo, e é mais fácil ficar com raiva do que com medo ou com ciúmes. Então, fiquei com raiva e não falei com eles."

Ela respirou fundo, alisou o vestido novamente e continuou falando.

"As pessoas mágicas não os chamam de poderes. Eles chamam isso de magia e se autodenominam bruxas e bruxos. Houve um bruxo malvado que tentou matar você. Sua mãe – minha irmã – Lily – ela morreu protegendo você. O bruxo mau, esqueci o nome dele, ele tentou matar você, mas não funcionou e ele morreu.

Estou lhe contando isso agora porque eles foram para uma escola – um internato – para aprender magia e, bem. Você também foi convidado. Para Hogwarts.

Isto chegou para você.

Ela estendeu uma carta.

Perplexo e oprimido, Harry aceitou a carta.

"Para Harry Potter, o quarto com tema de cobra – eles sabem que eu gosto de cobras!"

Torcendo as mãos, tia Petúnia falou novamente.

"Além disso, você é famoso porque não morreu."

Com os olhos arregalados, Harry ergueu os olhos de onde estava inspecionando o selo de cera.