Something Great - Edser Oneshots

Mais uma chance

Serkan não conseguia pensar direito depois que Selin avisou que Eda tinha sumido. A única coisa que passava pela cabeça dele era que ele não queria e não podia perdê-la.

Algo brilhando no chão chamou a atenção dele. Serkan olhou pra baixo e viu o colar da Eda no chão. Era a segunda vez que achava aquele colar enquanto procurava por ela. Serkan se abaixou pra pegar o colar e paralisou quando viu algo na água.

Só podia ser Eda.

Serkan rapidamente guardou o colar no bolso do paletó e tirou a peça de roupa, seguido dos sapatos.

- O que você está fazendo, Serkan? - Selin perguntou de algum lugar atrás dele.

- Eda está ali - ele apontou pra onde a tinha visto, - preciso ir buscar ela. 

Selin e Deniz protestaram, mas Serkan não estava mais prestando atenção, ele nem estava mais no barco. Ele pulou na água na gelada e nadou o mais rápido que pôde até Eda.

Ela não estava muito longe e, para o alívio de Serkan, ele a alcançou rapidamente, envolveu um braço em volta da cintura dela e nadou pra superfície.

A tripulação do barco jogou uma bóia na direção de Eda e Serkan assim que eles emergiram e Serkan a agarrou e se deixou ser puxado.

Eles os ajudaram a subir no barco e Serkan entrou em ação imediatamente.

- Preciso de algo pra aquecer ela. - Ele falou pra ninguém em especial, mas ouviu alguém responder a ele.

- Por que ela está inconsciente? Ela está bem?

- Eda desmaia quando está sob muito estresse, ela deve ter desmaiado quando teve dificuldade de voltar pra superfície. - Serkan respondeu sem nem perceber que tinha lembrado de algo sobre Eda.

Serkan prestou os primeiros socorros a Eda com um único pensamento na cabeça: ela não podia deixá-lo e ele não ia permitir isso. Ele conseguiu fazer ela botar pra fora a água que tinha engolido e ela abriu os olhos por alguns segundos, apenas o suficiente pra olhar para Serkan, sorrir fracamente e sussurrar o nome dele.

- Eda? Eda, por favor, acorda - Serkan pediu baixinho, a voz falhando e as mãos tremendo. - Você não pode me deixar, meu amor, por favor.

Serkan a envolveu nos cobertores que entregaram a ele e continuou tentando acordá-la. Alguém colocou um cobertor nos ombros dele também, ele tremia de frio pela água gelada e o clima, mas não percebeu nem o frio nem o cobertor.

Selin e Deniz assistiam a tudo sem reação. Selin não entendia a reação de Serkan e estava com medo de que ele tivesse recuperado a memória. Ela precisava de um plano pra virar a situação a favor dela caso isso tivesse acontecido, ela se recusava a perder Serkan mais uma vez.

Depois do que pareceram horas para Serkan, eles finalmente chegaram na marina e os paramédicos subiram no barco. Eles examinaram Eda e a colocaram na maca pra levá-la ao hospital.

Alguém entregou a Serkan os sapatos e o paletó que ele tinha deixado para trás enquanto ele seguia os paramédicos em direção à ambulância.

- Onde você vai, Serkan? - Selin perguntou quando entendeu a intenção dele.

- Para o hospital, Selin, pra onde mais?

- Você não precisa fazer mais nada, já salvou ela, já fez tudo que podia. Vamos pra casa, você precisa trocar essa roupa molhada.

Selin tentou puxar Serkan pelo braço, mas ele desviou e se apressou até a ambulância.

- Eu vou com ela, Selin, não adianta tentar me impedir.