𝐄𝐦 𝐦𝐞𝐢𝐨 aos mistérios ocultos de Forks, surge uma história de dualidade e poder. Elena Swan, a irmã gêmea de Isabella Swan, sempre viveu à sombra da quietude de Bella, mas seu destino estava traçado para além das fronteiras do comum.
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Minha irmã não estava no estacionamento.
— Elena? — Alice me chamou, fazendo com que eu me virasse. — Está tudo bem?
— Ah, sim, apenas esperando minha irmã.
— Bella, não é? — A garota perguntou sorrindo. — Meu irmão teve aula com ela...
— Isso, ela mesma.
— Elli! — Minha irmã chamou um pouco à frente. — Vamos?
— Oi, Bella — disse Alice Cullen. — Sou Alice
— Oi, Alice — respondeu Bella, um pouco surpresa.
— Desculpe interromper, Alice, mas precisamos ir — falei, olhando para Bella. — Nos vemos depois?
— Claro, foi bom ver vocês — Alice disse, acenando enquanto se afastava.
— Vamos, Bella? — perguntei, pegando a mão dela para que pudéssemos seguir em frente.
Caminhamos juntas até o carro e entramos. Bella parecia pensativa, olhando pela janela.
— O que houve, Bells? — perguntei, ligando o carro.
— Nada... Só estou me acostumando com tudo isso — ela respondeu, ainda absorta.
Dirigimos em silêncio por alguns minutos até que Bella finalmente quebrou o silêncio.
— Você acha que vamos nos adaptar aqui? — perguntou, olhando para mim.
— Claro que sim, Bells. Só precisamos de um pouco de tempo — respondi, tentando soar confiante. — Além disso, as pessoas parecem ser legais. Alice, por exemplo.
Bella assentiu, parecendo um pouco mais tranquila.
— É, pode ser... Mas você também achou aqueles Cullens estranhos? — ela questionou. — Tive aula com aquele Edward, ele saiu correndo da sala e ficava me olhando de um jeito esquisito.
— Sério? — Eu hesitei, sem saber se deveria contar a minha irmã que esbarrei nele mais cedo. — Talvez eles sejam apenas tímidos, Bells.
Chegamos em casa e fomos direto para nossos quartos. Eu sabia que Bella precisava de um tempo para si mesma, então decidi não pressioná-la.
Não havia muito o que fazer. Bella não queria sair para andar por Forks, e eu também não queria ir totalmente sozinha. Então, tomei um banho, coloquei uma roupa confortável e fui procurar algo para me distrair.
De repente, ouvi algo batendo na minha janela, e meu coração disparou.
— Elena — uma voz chamou meu nome. — Elena!
Fui até a janela e olhei procurando de quem poderia ser a voz.
Desci as escadas rapidamente, tentando não fazer barulho para não incomodar Bella. Quando abri a porta da frente, encontrei Jonathan parado no alpendre, com as mãos nos bolsos e um sorriso tímido no rosto.
— Oi — ele disse, um pouco sem jeito. — Desculpa aparecer assim de repente. Eu só queria conversar um pouco.
— Tudo bem — respondi, fechando a porta atrás de mim. — Vamos dar uma volta?
Caminhamos em silêncio por alguns minutos, sentindo a brisa fria da noite. Jonathan parecia estar procurando as palavras certas, e eu estava curiosa para saber o que ele tinha a dizer.
— Quando seu pai disse que você e Bella iriam se mudar, fiquei surpreso— ele começou, olhando para o chão. — Queria saber como você está se adaptando a Forks.
— Está sendo... interessante — respondi, lembrando dos eventos estranhos do dia. — É tudo tão diferente aqui. E aqueles Cullens... eles realmente intrigantes.
Jonathan assentiu, parecendo entender.
— Eles são um mistério para todos nós. Mas eu queria te falar sobre outra coisa. — Ele parou e me olhou nos olhos. — Tem algo acontecendo em Forks, algo que ninguém sabe ao certo. Mas sinto que você está no meio disso, de alguma forma.
Senti um arrepio percorrer minha espinha. Havia algo na voz de Jonathan que me deixava inquieta, mas ao mesmo tempo, curiosa.
— O que você quer dizer? — perguntei, tentando não parecer assustada.
— Eu não sei ao certo — ele admitiu, passando a mão pelo cabelo. — Mas desde que você e Bella chegaram, coisas estranhas têm acontecido. Só quero que tome cuidado, Elena. Não confie em todo mundo, especialmente nos Cullens.
Antes que eu pudesse responder, um som vindo da floresta nos fez virar. Olhamos na direção de onde veio o ruído, mas não vimos nada além de sombras.
Jonathan concordou, e começamos a caminhar de volta para casa. Apesar das palavras dele ainda ecoarem na minha mente, eu sabia que precisava me afastar dos problemas de Forks.
— Obrigada por me acompanhar até em casa — disse, tentando sorrir.
— Não foi nada — ele respondeu, olhando para sua moto estacionada na entrada. — Acho que é melhor eu ir. Foi bom te ver de novo, Elena. — Ele sorriu, um sorriso genuíno que iluminou seu rosto por um instante.
— Também gostei de te ver, Jonathan. — Retribui o sorriso, sentindo uma leveza que não sentia há dias.
Ele acenou, subiu na moto e, com um último olhar, deu partida e foi embora. Fiquei ali por um momento, observando as luzes traseiras da moto desaparecerem na escuridão, antes de entrar em casa. Fechei a porta suavemente e subi para o meu quarto, tentando processar tudo o que havia acontecido.
Deitei na cama, olhando para o teto, enquanto meus pensamentos vagavam. Jonathan estava certo sobre uma coisa: havia algo estranho em Forks. E, apesar de minha intenção de evitar problemas, sentia que o mistério ao redor dos Cullens seria impossível de ignorar.
Com esse pensamento, fechei os olhos e, finalmente, deixei o sono me levar.
