KSG.
Eu não sei como me sentir no dia de hoje. Digo, é óbvio que eu sinto saudade dela. Durante esses 5 anos e meio mantivemos pouquíssimo contato: apenas algumas chamadas de vídeo, atualizações sobre mudanças em nossa vida e informações a respeito dos nossos cursos. Nada se compara ao que tínhamos estávamos juntas.
Eu realmente sei pouco sobre ela agora. Neste momento, ambas temos 23 anos, e é fato que já não temos aquela mesma cabeça dos 18. Pelas fotos que Irene postava, sua aparência aparenta ser a mesma de quando ainda morava aqui em Seul, porém existe uma maturidade (e sensualidade?) em seu olhar. Irene sempre foi muito bonita, na verdade, isto é uma característica que sempre foi realçada nela. Todos na nossa escola tinham uma queda por ela, homens e mulheres. Desconfiavam que éramos um casal, mas isso nunca passou pela nossa cabeça.
(...)
O telefone toca e o apelido "Baechu" se destaca na tela. Atendo.
— Seul?
— Irene! Oi! Você já está chegando?
Os pais de Irene se mudaram junto com ela para os EUA, porém alguns de seus parentes ainda residem por aqui. Ela escolheu se hospedar aqui em casa, algo que eu já esperava devido a consideração dela por mim.
— Sim, estou perto. Fique atenta para abrir logo quando eu apertar a campainha e não me deixar esperando muito, como é de costume seu!
— Pode deixar, haha.
A chamada finaliza e nem percebo o sorriso em meu rosto. A saudade dela sufoca. Nunca tive uma amiga ou amigo tão próximo quanto Irene. Na verdade, não sou muito boa com proximidades. Namorei apenas duas vezes na vida, e duraram pouquíssimo tempo... Com Irene, parecia que estávamos em um matrimônio.
(...)
— Seul!!!!
— Baechu!!
Irene praticamente pula em cima de mim quando abro a porta. Nossa, como eu ansiava pelo seu abraço. Aquele cheiro... ela não trocou a marca do perfume mesmo depois de tanto tempo. A pele macia da garota é como algodão e provoca pequenos choques elétricos ao tocar na minha.
— Meu deus, você conseguiu crescer. – brinco com a sua altura, como sempre fiz, e apesar de ter crescido alguns centímetros, ainda era bem menor do que eu.
— Sim, mas você não conseguiu deixar de ser uma lerdona.
Ela dá um peteleco em minha testa e ri. Isso sempre doeu, mas o calor da sua volta não permitia nenhuma outra sensação naquele momento
— Hummm, essa casa é muito bonita e é a sua cara, você mora sozinha?
— Sim. – respondi. — E tenho paz finalmente...Quer dizer, tinha, né?
Ela me dá outro peteleco e simula uma expressão de raiva. Isso fez meu coração esquentar.
— Vem comigo, Chu, deixa eu te ajudar a carregar essas malas e te levar até o seu quarto.
Pego alguma de suas bagagens e fecho a porta atrás de nós com o pé. Irene me segue até o cômodo onde se hospedaria, e coloca alguma de suas malas e bolsas em cima da cama. Nossa, eu tinha esquecido o quanto essa garota é consumista. Com certeza quase tudo aqui ela comprou exclusivamente para essa viagem, quase nada já era dela. Os tons de vermelho e rosa que sempre foram característicos dos objetos pessoais de Irene ainda se fazem presente.
— Você quer comer alguma coisa? Posso preparar para você. – Devido a longa viagem, ela provavelmente deve estar exausta e faminta, mesmo que já tenha comido algo.
— Um pouco, mas quero matar a saudade de você primeiro.
Irene se aproxima de mim e me joga na cama, me atacando com uma sequência extremamente torturante de cosquinhas. Começo a rir muito e me irrito com isso, dando um beliscão em sua coxa.
— É claro, sua mania de me torturar não foi embora.
Ela sorri calorosamente e meu coração esquenta de novo. Não sei se é por conta da ausência, ou saudade de seus toques, sinto-me estranha em relação ao meu corpo reagindo a cada movimento dela. Irene está mais madura, sexy e incrivelmente linda. Tão linda que me arranca suspiros. Não sei se ela percebe esses detalhes que não estou conseguindo esconder, mas reparei que há algo reagindo nela também, em relação a mim.
Obs. Capítulo não revisado!
Primeiro cap saiu!
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Tinha que ser você.
RomanceO amor simplesmente existe ou é construído? Você controla ou ele controla você? E quanto os sentimentos já não são os mesmos de antes? Essa é a história de Seulgi e Joohyun, que nunca duvidaram do afeto que tinham uma pela outra, mas jamais pensara...