#4: Eu gosto de opostos.

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No dia anterior aquela noite um tanto movimentada das duas, ambas passaram o dia se evitando, mesmo que indiretamente. Não trocavam mais que 10 palavras juntas e procuravam atividades para não ficarem cara a cara. Isso incomodava igualmente as duas amigas, mas o misto de vergonha e confusão em suas cabeças não permitia outra reação.

No final daquele dia, Seulgi estava em seu quarto, pintando em uma tela algo que remetesse ao surrealismo. Seus traços são bem característicos e únicos, fato que orgulhava a própria artista. Irene repousava no sofá da sala, e sua mente recusava esquecer daquele beijo. A mais baixa não sabia dizer se foi o efeito do que consumiram ou se realmente ela se sentia tão atraída por Seulgi assim. 

Na verdade, ela sabe a resposta. Seulgi sempre esteve ali, desde o começo. A relação com a de cabelos escuros é a única de sua vida que nunca passou por um episódio turbulento, nem nunca lhe causou mal algum. Todas as melhores memórias são com ela. Irene só não queria afirmar para si que realmente estava apaixonada por alguém. É um fato que o seu coração sempre foi difícil de domar; ela nunca durou tanto em nenhum namoro, justamente por achar suas relações artificiais demais, mas com Seulgi é diferente. Não poderia negar que saber que sua melhor amiga também se sente atraída por mulheres despertou uma grande chama em seu coração.

Inquieta com este bombardeio de pensamentos, Irene decide ir ao encontro de Seul. Ela chega em frente a sua porta e dá duas batidinhas discretas, esperando uma resposta. Seulgi interrompe sua atividade e vai ao seu encontro, girando a maçaneta e lhe abrindo um sorriso tímido ao ver o rosto que tanto evitou o dia inteiro.

— Oi, Seul. Você está ocupada?

— Ah, oi, não. – Seulgi responde de forma robótica.

— Eu queria conversar, você sabe, sobre ontem.

—  Eu sei que estraguei tudo. – ela responde com um sorriso mal formado no rosto, característico de um "riso de desespero."

— Não, não, você não estragou nada. Acho que fez foi melhorar.

—  O que? O que você quer dizer com isso?

— Sabe, Seul... – Joohyun pausa, respirando profundamente – Eu acho que nunca te enxerguei como você me enxerga.

— Você é míope como eu? Nossa, eu não fazia ideia.

— Não, Kang, porra – Irene não consegue evitar uma risada baixa. – Como você é boba.

— Ué? Como então?  – Seulgi realmente não conseguiu captar a mensagem de Irene, típico da sua famosa característica de lento raciocínio.

— Seulgi, você me ama? – Irene segura delicadamente as mãos da Kang.

 — Ah, sim, eu te amo? – A pergunta retórica diverte e irrita a Bae, esta que já estava dentro de seu quarto e empurrava lentamente Seulgi para sentar-se na cama.

 — Não, você me ama... me ama como namorados se amam? – A Bae sabia que aquela pergunta era mais pra ela mesma do que para Seulgi. Ela precisava da confirmação dos seus próprios sentimentos, mas precisava do retorno da Kang, por pura proteção e medo de não ser correspondida.

Seulgi corou. Segurou fortemente as mãos que cobriam as suas e não conseguia mirar Irene nos olhos. Sim, ela ama. Ela sempre amou, mas sempre teve um complexo de inferioridade quando se tratava de Irene. Seulgi achava que guardar seus sentimentos e se contentar em apenas ser amiga de Bae evitaria seu pobre coração de sofrer. Seul acha Joohyun incrível em tudo que faz e tem certeza que ela é a mulher mais linda que seus olhos já contemplaram.

Após um longo silêncio, a resposta da mais alta não foi em palavras, e sim no olhar. Seulgi finalmente encara Irene e a mais velha capta aquilo de imediato. Sua ação não poderia ser diferente. As mãos que agarravam as da Kang agora encontram-se em sua cintura, puxando seu corpo para ficar colado ao seu. Seus lábios se chocam pela terceira vez, de uma forma mais apaixonante do que nunca. Aquele era um beijo de afirmação, de alívio e de saudade, saudade de algo que nunca tiveram. Seulgi leva suas mãos até a nuca de Joohyun, rapidamente adentrando seus fios e entrelaçando os dedos entre eles. As mãos de Irene sobem por dentro da camisa da mais alta, retirando a peça lentamente, enquanto Seulgi levanta seu braço para facilitar. Após estar com o abdômen amostra, Seulgi cora mais uma vez e lança um olhar quase que desesperador para Irene. 

— Você já fez isso?

Seulgi apenas faz um não com a cabeça em resposta. Irene então rebate com um olhar que pede permissão, e Seulgi, anestesiada pela excitação daquele momento, apenas concede. A mais baixa sorri e começa a desabotoar seu sutiã, enquanto desliza as unhas em seu abdômen levemente definido. Seulgi arfa, pondo uma mão em sua cabeça sem pressionar. Após retirar a ultima peça que separava o contato com o tronco totalmente exposto da Kang, uma troca de olhares repletos de luxúria antecedem as investidas de Irene em um dos locais mais sensíveis de Seulgi: os seios. A mais velha começa a beijar a pele daquele lugar, enquanto uma de suas mãos massageia o outro. Seulgi fecha os olhos e seus gemidos saem sofridos de sua garganta.





Capítulo não revisado.

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⏰ Última atualização: Aug 14 ⏰

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