Capítulo 1

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Zoe Wilson

A vida não é justa, temos problemas com muitas coisas, muitas mesmo. Eu por exemplo, sou apenas uma garota com dificuldades.


Se a vida não tiver ao seu dispor, lute contra isso, acorde com um sorriso, e tente ao máximo viver de uma forma agradável, do seu jeito.

Nesse mundo, somos como marionetes, brincam com a gente, fazem o que quiserem, e depois de um tempo jogam fora.

- Sabe, tem hora que você dá tanto medo- Diz Ellie, com um pano em sua mão, me olhando.

- E por que?- Digo a olhando.

- Olha para você Zoe, as vezes fica quieta do nada, e quando está estressada falta matar um e jogar de um penhasco- Diz Ellie colocando a mão em meu ombro.

- Eu discordo, eu sou uma pessoa tão gentil e amável- Digo colocando a mão em meu peito, com cara de inocente.

- O caralho- Diz Ellie se afastando.

Olho para ela e saio de perto, pego um pano seco e começo a secar os copos e pratos.

- Acho melhor a gente ir embora, temos faculdade amanhã cedo, lembra?- Ellie diz guardando um pano.

-Lembro, mas eu não vou amanhã- Digo olhando para ela.

- E por que não? Eu pensei que você era uma aluna exemplar- Diz Ellie pegando sua bolsa e colocando em seu ombro.

- E eu sou! É só que não tô afim, tô meia mal- Digo indo em direção a minha bolsa.

- Ah sério? Então melhoras fofa, eu vou indo, tchau!- Diz Ellie saindo dali.

- Tchau- Digo acenando para ela.

Vejo Ellie indo embora, então resolvo fechar o local, pego minha bolsa e começo a caminhar pela estrada escura, enquanto as luzes piscam e o clima é frio.

Me sinto observada, e olho para os lados sem parar de andar, e vejo um homem de capuz preto atrás de mim, sem mais nem menos começo a correr.

Era frio, a sensação de estar correndo enquanto o vento gelado batia em meu rosto, me fazendo sentir cada detalhe de minha cara gelada, o desespero tomava conta, e eu estava perdendo até o sentido, minhas pernas estavam cansadas e doloridas, minha bolsa caía toda hora, e meu olhar era para trás de mim, sem perceber já estava na frente de um prédio enorme, entro colocando a senha o mais rápido possível, e vejo a porta de vidro.

Meu olhar era fora daquela rua, via um homem todo de preto com uma faca em suas mãos, seu rosto coberto, e suas pernas ensanguentadas, dava nojo e ódio.

As lágrimas em meu rosto eram quentes, e meu olhar de desespero, a ansiedade tomava conta de toda minha mente, enquanto um canalha me olhava fora daquela prédio, enquanto se virava indo embora.

Tento me acalmar andando no rumo do elevador, entrando e me agachando, enquanto minha mão ia em minha boca abafando os soluços.

Sem perceber, o elevador se abre e saio indo para meu apartamento e trancando a porta, e me jogando no sofá.


Acordo de manhã, toda desarrumada e com uma baita dor de cabeça insuportável, olho a hora e vejo 7:30.

CHAMAS DA OBSESSÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora