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- Papai.. papai, eu posso explicar-
- Explicar? O que você vai explicar, Roxanne?! Hã? Eu não pago esse colégio caro pra você aprontar! Sua menina malcriada!
- Papai..
- Já pensou se você fosse expulsa? Hein? Já pensou nisso?! Eu mal tenho dinheiro pra pagar as minhas contas, e tudo graças a esse colégio de gente rica! -Martín diz e bufa, colocando a mão sobre a testa-
- Se é tão difícil pro senhor, papai, então por que não me tira daquela droga, hein?!
- Pra você é fácil falar, não é mesmo? Olha, olha pra esta casa, Roxanne. Tá vendo só?! Tá tudo uma bagunça! Eu não tenho tempo de fazer nada! Quanto mais se você vivesse aqui comigo.. não tem condições, Roxanne, raciocina!
- Tudo bem, eu entendo. -Ela diz e olha para ele, que também a olha- Se quiser eu posso.. lavar as roupas e varrer o chão.
- Verdade que.. faria isso por mim, filha? -Ele pergunta se aproximando dela, tocando em seus braços-
- Sim, papai.
- Que maravilha! -Ele a abraça, sorrindo animadamente- Viu só como é fácil nos darmos bem? É muito fácil. Eu adoro que cuide assim do seu papai. Sabe.. sabe o que eu vou fazer agora? Eu vou subir e me deitar um pouco porque, na verdade, eu não posso mais, eu me sinto muito cansado.
- Sei.
- Eu me sinto tão mal, tão mal com todos os problemas que você me faz passar. -Ele suspira- Bom, eu já vou indo. Você se vira sozinha, tá? Eu vou deixar os sapatos também. Cuida bem disso, e vai ajudar, que o seu pai está cansado. Eu preciso descansar.
***
- Apague e faça de novo. -Jeffrey diz parado de pé ao lado de Lola, que estava sentada em uma cadeira à mesa da sala dos professores-
- Mas inspetor-
- Sem mas, senhorita. Apenas faça o que eu lhe pedi.
- Ok. -Ela diz e, assim, faz- De quantas linhas o senhor precisa mesmo?
- 40. Agora ande com isso, por favor.
- Sim, senhor. -Lola diz e logo começa a escrever sua redação novamente, fazendo Jeffrey se sentar próximo à ela, que franze sua testa-
- Sabe, Srta. Miller.. eu admiro o que fez. Claro, exceto pela parte de ter atacado a Srta. Lassen. Defendeu sua irmã. Isso é admirável.
- O senhor acha mesmo?
- Sim, mas é claro que sim. Escute, eu já castiguei muitos alunos por suas rebeldias, mas nunca por defender alguém. Essa foi a primeira vez.
- Mas isso não faz sentido. Por que me castigou então?
- Como por que? Você atacou sua colega. Sabe o quê isso significa pro Sr. Diretor? É muito grave. Muito grave.
- Mas ele já está sabendo ou..?
- Já sim. Ele até concordou com o meu castigo. Agora ande, termine a sua redação. Eu quero pra hoje ainda, está claro?
- Ok.
- Ótimo. -Ele se levanta- Eu vou buscar um café. Volto já.
Quando Jeffrey vai embora, Lola franze sua testa outra vez.
***
- E aí, maninha? Quê que cê tem? -Manuel, irmão de Michelle, pergunta se sentando ao lado dela, no sofá da sala da casa de seus pais-
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Rebelde - Parte 1
Teen FictionREBELDE é uma trama que narra o cotidiano de alguns adolescentes que estudam num colégio de semi-internato e enfrentam os "dramas" típicos do período, como a descoberta do primeiro amor, os conflitos de autoimagem, o relacionamento conflituoso com o...