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- Hellena.. Hellena, por favor, tenta pensar comigo, está bem? Vamos pensar juntos. -Gilbert suspira- A Tattyane precisa saber o que está acontecendo. Você é a mãe dela, e ela te ama. Não acha que ela merece saber a verdade, meu Deus?
- Isso eu entendo, mas eu simplesmente não posso chegar nela e falar: "Eu tô com câncer." Seria um choque enorme pra nossa filha que só é uma adolescente, Gilbert. Não concorda comigo?
- Tudo bem, mas cedo ou tarde a Tattyane vai ficar sabendo e vai ser difícil pra todos nós.
- Tão cochichando o quê aí? Posso saber? -Tatty pergunta descendo as escadas pro andar de baixo de sua casa indo em direção à cozinha, onde seus pais estavam, e logo a mesma abre a geladeira, pegando uma garrafa de água-
- Não.. não é nada, minha filha. Nada com o que se preocupar.
- É isso aí, Tatty. Sua mãe tá certa. Eu só.. estava comentando com ela à respeito das férias, que estão chegando.
- Ah, entendi. -Tatty solta uma risada abafada- Pensei que era alguma coisa sobre mim, mas já vi que não.
- Bobagem, meu amor. -Hellena vai até sua filha, beijando sua cabeça- Por que falaríamos de você?
- Eu sei lá. -Ela dá de ombros- Vai saber né..
- Besteira. Bom, eu vou lá lavar o carro. A gente conversa depois. -Gilbert diz e sai dali, fazendo Tatty franzir sua testa-
- Por que o papai não leva o carro pra lavar? Acho que seria bem melhor do que ele mesmo fazer isso.
- Seu pai é assim mesmo, Tatty. Enquanto tiver dois braços e duas pernas.. ele pode fazer tudo. -Hellena diz e logo começa a lavar louça na pia, de frente para a janela que dava para o jardim-
- Bom, isso é. Escuta, mãe.. o que acha de sairmos hoje à noite? Eu tô afim de comer alguma coisa diferente, sabe? Ai, diz que sim, mãezinha.. por favor, por favor. Mãe?
Foi então que, de repente, Hellena desmaia e cai no chão, fazendo Tatty chamá-la em completo desespero, enquanto se agaixava ao seu lado.
- Mamãe.. mamãe, acorda. Mamãe! Acorda! Acorda, por favor.
Ela a sacudiu, fez tudo que pôde para que Hellena acordasse, mas nada parecia funcionar.
- PAI!!!! -Tatty grita para ele, enquanto corria em direção à porta dos fundos, desesperada-
***
- Quer me contar o quê houve, Srta. Miller? Por que agrediu sua colega de classe? Hm? -Jeffrey pergunta se sentando ao lado de Lola, ambos em um sofá de uma sala-
- Tá brincando comigo? Olha, eu não agredi ninguém, tá legal?! Claro, a menos que 'agressão' pra você.. seja baseada no quê eu fiz. -Ela dá de ombros- Não sei.
- Olha, senhorita.. o que você fez é muito grave. Sabia que eu posso falar com o Sr. Diretor pra que te expulsem desta instituição?
- Ótimo, faça isso. -Ela se levanta- Ninguém aqui presta mesmo. São todos uns idiotas, uns estúpidos. Só pensam no próprio umbigo, não estão nem aí pra ninguém além de si mesmos.
- Nossa.. eu não sabia que carregava tanto ódio por esses jovens. -Jeffrey diz se levantando do sofá, ficando atrás de Lola-
- Essa sou eu. -Ela se volta para o inspetor- Mas e aí? Vai fazer o quê comigo? Me dedurar pro diretor?
- Senhorita.. me responde uma coisa, sim? Por que atacou sua colega? Algum motivo especial?
- Ela mexeu com a minha irmã. Se meteu com quem não devia, então eu só dei o troco.
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Rebelde - Parte 1
Ficção AdolescenteREBELDE é uma trama que narra o cotidiano de alguns adolescentes que estudam num colégio de semi-internato e enfrentam os "dramas" típicos do período, como a descoberta do primeiro amor, os conflitos de autoimagem, o relacionamento conflituoso com o...