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- Nossa.. até que enfim você chegou. Faz um tempão que estou te esperando. -Martín diz sentado no sofá de sua sala, enquanto lia um jornal e bebia um copo de uísque-

- Eu vim mais rápido que pude. Ué, o quê que você quer que eu faça?

- Olha, pirralha.. -Martín caminha até Roxanne, um tanto bêbado- Em primeiro lugar, baixa esse tomzinho de voz. Porque eu não vou permitir que me falte com respeito, ouviu? E em segundo lugar.. me comprimenta. Dá um beijo, anda, anda.

Ele praticamente força sua filha a beijar sua bochecha, segurando seus dois braços.

- Além disso, vê se começa a limpar. Que você só serve pra isso e nada mais. Ouviu?

- Pelo menos eu sirvo pra alguma coisa. -Roxanne diz e se afasta de seu pai, que se vira para ela-

- O quê que você falou?! -Ele a puxa pelo braço, agressivamente- Anda! Me diz o que você disse!

- Nada, papai. Me desculpa, tá? Me perdoa.

- Eu não sei qual é a sua intenção, mas comigo não vai faltar ao respeito, ouviu? Garota bonita.. -Ele a olha de cima a baixo, antes de agarrar seus braços- Hã? Me entendeu?

- Papai.. papai, você está fora de si. Está bêbado, papai. Por favor, me solta. Não faz isso, papai. O senhor está me machucando.

- Não te solto! Hein? E aí? Tá achando que com um simples perdão, você vai aprender? Não, senhora. O que você sempre precisou, foi de um pulso forte, um pulso forte!

- Não, papai.. por favor, me solta. Papai, não. -Roxanne diz e sai correndo, fazendo Martín olhar para baixo-

- Eu já sei o que fazer com você, filha.. eu vou te ensinar o que é respeito. Vem aqui, Roxanne! -Martín diz e vai atrás da mesma, que grita "Papai!" em uma voz de medo-

***

- Papai, será que o senhor não me entende? Eu só quero vê-la e nada mais. Por favor, deixa eu ir. -Tatty diz falando no seu telefone com Gilbert, sentada em uma mesa na lanchonete, sozinha-

- Filha, por favor, não insiste mais, tudo bem, meu amor? Sua mãe precisa descansar. Não pode receber visitas no momento, entende? -Gilbert

- Mas isso não pode ser. Ela é a minha mãe, papai. Eu quero muito vê-la, por favor, faz alguma coisa.

- Perdão, querida, mas não existe nada que eu possa fazer. São ordens claras do hospital, filha, por favor, entenda. -Gilbert suspira- Amanhã, se der, eu prometo que trago você pra ver a Hellena, ok?

- Promete mesmo?

- Claro que sim, Tatty. Alguma vez já decepcionei você? -Gilbert

- Não.

- Então, filha.. confia em mim. Bom, eu tenho que desligar. A gente se fala amanhã, tá bem? Tchau, meu amor, te amo. -Gilbert

- Também te amo, pai. Tchau. -Tatty diz e encerra a ligação enquanto soltava um longo suspiro, ao mesmo tempo em que passava as mãos pelo seu cabelo-

- Com licença, desculpa.. aqui o suco que me pediu. -Anna diz chegando até Tatty, colocando o copo da bebida em sua frente-

- Obrigada, Anna. -Tatty diz e sorri fracamente para a garota, que retribui o ato-

- Mais alguma coisa?

- Não, obrigada. Só o suco tá bom. -Ela responde e toma um gole do mesmo, através de um canudo-

- Tatty.. desculpa a pergunta, mas você está bem? É que- Sei lá.. parece um pouco cabisbaixa. Aconteceu alguma coisa? -Anna pergunta se agaixando ao lado da mesma, apoiando as mãos na mesa-

Rebelde - Parte 1Onde histórias criam vida. Descubra agora