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- Parker.. Parker, eu tenho que falar com você. -Eve diz se sentando ao lado dele no sofá de uma sala, logo cruzando suas pernas e os braços-
É quando ele desvia o olhar de sua revista para as coxas de Eve, sorrindo maliciosamente.
- Claro, gata. -Ele se aproxima dela- O quê que foi?
- É verdade o que a Tattyane me disse? Que ontem você quis beijá-la a força? -Ela pergunta sem hesitar, fazendo Parker engolir em seco e, para esconder seu nervosismo, ele solta uma risada abafada-
- Não. Por que tá me perguntando isso?
- Porque ela me disse, Parker. Agora vai. Me diz a verdade, droga! -Eve quase grita- Você tentou ou não beijar ela?!
- Eu já disse que não, meu Deus! -Ele bufa- Caramba, por que não acredita em mim? A Tattyane.. a Tattyane quer nos separar, ok? Ela ainda gosta de mim e não suporta ver você e eu juntos. E é claro que ela inventou toda essa história pra fazer a gente brigar, Eve, raciocina!
- Parker, já chega de mentir, caramba! -Eve se levanta, irritada- Eu não acredito mais em você, será que não consegue perceber isso?! Por que não confessa a verdade de uma vez, hein!? Que você sim tentou beijar Tattyane porque eu conversei com o Maxi e ele mesmo me admitiu que viu você quase em cima dela e que, por sorte, ele apareceu e bateu em você! Ou seja, é verdade. Você é um imbecil, sabia disso, Parker? Um imbecil, mentiroso, idiota!
- Eve.. Eve, eu posso explicar. -Ele também se levanta, ficando em frente à ela- Não foi bem assim que aconteceu, por favor, deixa eu-
- CHEGA, CALA A BOCA! Nunca mais me procura, entendeu bem? Estúpido! -Eve diz e já estava prestes a sair, quando Parker segura seu braço, forçando-a se virar para ele-
- Eve, por favor, não faz isso comigo. Eu.. eu gosto de você.
- Se você gostasse mesmo de mim, Parker, não teria feito o que fez. Agora me deixa ir embora. -Eve diz e se afasta de Parker, mas logo ela volta e se aproxima dele-
Então, sem hesitar, a mesma acaba dando um tapa com tamanha força no rosto de Parker, que fica sem reação.
- Vai pro inferno, Parker.
Dito isso, Eve vai embora, fazendo o mesmo gemer de dor.
- Garota desgraçada..
***
- Filha? Filha, meu amor, que bom que você atendeu. Preciso falar com você. É sobre a sua mãe. -Gilbert
- O quê que tem ela, papai? O que aconteceu? -Tatty pergunta falando no telefone com o mesmo sentada em sua cama, claramente preocupada agora-
- Filha, por favor, tente ficar calma, está bem? Sua mãe.. -Gilbert suspira- Sua mãe vai ser internada hoje à noite aqui mesmo no hospital.
- O que?! Como assim, papai?
- É isso, meu amor. Parece que o tratamento não está funcionando como esperávamos. -Gilbert
- Não, papai.. por favor, não me diz uma coisa dessas, por favor, papai.. não. -Tatty derrama uma lágrima- Eu quero vê-la. Me leva pra vê-la agora mesmo, papai.
- Meu amor, não vai dar. Ela não pode receber visitas neste momento. Mas.. mas não se preocupe com ela, ok? Os médicos vão cuidar dela e ela vai melhorar, você vai ver. -Gilbert
- Papai, como é que eu não vou me preocupar com ela, hein? É a minha mãe, meu Deus! -Ela enxuga suas lágrimas e suspira- Tudo bem, eu.. eu já entendi. Qualquer notícia, por favor, me liga, tá?
- Pode deixar, meu amor. Te amo. -Gilbert
- Também te amo, pai. Tchau. -Tatty diz e logo encerra a ligação com seu pai, permitindo que mais lágrimas caíssem pelo seu rosto-
***
- E me conta mais, amiga. Como é que foi tudo? -Jodie pergunta a Priscilla, ambas sentadas em um degrau na escada de seu dormitório-
- Ué, foi tudo normal. Você sabe, eu apenas perdoei ele e foi isso. -Priscilla responde e dá de ombros, casualmente-
- E o que vai acontecer agora? Quero dizer, você vai continuar morando com sua mãe ou vai ficar com seu pai?
- Mas que droga de pergunta é essa, Jodie? É óbvio que eu vou continuar morando com a minha mãe, ok? O fato de eu ter perdoado meu pai não significa que agora terei que ir morar com ele ou algo assim.
- Nem se ele pedir sua guarda?
- Ele não seria louco de fazer isso, Jodie. Não, nem pensar. -Priscilla suspira- Já não é fácil morar com a Dona Rosanna, agora imagina morar com o meu pai.. não, impossível.
- Por que impossível? Não ama ele ou o quê?
- Eu.. eu não sei. Sabe, o meu pai magoou muito a gente. Ele abandonou a mim e à minha mãe pra se mandar com uma qualquer que ele conheceu sei lá eu de onde. -Priscilla olha para Jodie- Sei que devia amá-lo, mas.. não consigo. Pelo menos, ainda não.
- Priscilla.. acha que ele te ama?
- Acredito que sim. Bom, eu espero que sim. -Ela suspira outra vez- Mas.. Jodie, podemos mudar de assunto, por favor?
- Claro. Quer falar sobre o que?
- Hm.. viagem de ano novo? -Priscilla sorri- Vem, eu vou te mostrar tudo o que eu estou planejando.
***
- Dá pra acreditar que ela tá com ele? -Francisco questiona sentado em uma espreguiçadeira em frente a Dante, enquanto observava de longe Celia e Ethan, que estavam sentados em uma mesa na lanchonete por ali perto-
- Tá falando de quem?
- De quem mais seria, Dante? Óbvio que é da Celia e do Ethan.
- Ah, é.. que loucura, não é? -Ele diz e toma um gole do seu suco, tentando ao máximo disfarçar que sabia que era tudo mentira de Ethan e Celia-
- Não, é sério.. o quê que ela viu nele? Não entendo. -Francisco diz e suspira, assim como Dante-
- É, pois é. -Ele se levanta- Escuta, irmão.. eu preciso ir. Tenho que fazer umas coisas, tá? A gente se vê. Até mais.
- Tá, tchau.
***
- Tatty? Tatty, você tá chorando? -Maxi pergunta um tanto preocupado enquanto se sentava ao lado dela, que estava sentada em uma mesa na lanchonete, sozinha-
- Não, eu.. eu tô bem. -Ela diz e enxuga suas lágrimas, escondendo o rosto de Maxi-
- Tatty, pra mim você não precisa mentir. Sei que está mal. Olha, olha pra mim.. -Ele diz e toca o queixo dela suavemente, forçando-a a se virar para ele- Foi o Parker? Ele mexeu com você outra vez?
- Não, foi.. foi outra coisa.
- Se importaria em me contar o quê que houve? Claro, se não tiver nenhum problema..
- Tudo bem, escuta.. minha mãe está com câncer. Faz pouco tempo que descobrimos isso e, bom, ela já começou a fazer o tratamento, mas.. hoje meu pai ligou e disse que.. -Tatty olha para baixo, tristemente- Ela vai ser internada hoje à noite lá no hospital.
- Caramba, Tatty.. eu nem sei o que dizer.
- Não precisa dizer nada, Maxi. -Ela olha para ele, seus olhos se enchendo de lágrimas outra vez- Sabe, eu.. eu tô com tanto medo. Não posso perder minha mãe. Não posso..
- Tatty, você não vai perder ninguém, ok? Sua mãe.. sua mãe vai melhorar e vai ficar tudo bem. Hm? -Maxi diz e se aproxima da mesma, enxugando as lágrimas dela carinhosamente-
- E se.. e se o pior acontecer?
- Gatinha, não pensa nessas coisas, ok? Os médicos vão cuidar dela e ela vai ficar bem, tenho certeza. -Ele se aproxima mais dela, mantendo seu olhar no dela- Confia em mim.
- Tudo bem, eu.. eu confio.
- Tudo bem, vem cá. -Maxi diz e puxa a mesma para um abraço, consolando-a com um beijo em sua cabeça-
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Rebelde - Parte 1
Teen FictionREBELDE é uma trama que narra o cotidiano de alguns adolescentes que estudam num colégio de semi-internato e enfrentam os "dramas" típicos do período, como a descoberta do primeiro amor, os conflitos de autoimagem, o relacionamento conflituoso com o...