Alice Bragança, Duquesa de Coimbra
Nasceu sob os lustres de Paris em 3 de março de 1783, a pequena Alice Orleans Bragança era a luz da casa dos Duques de Nice. Filha de Mary Hamburgo Orleans de Nice e Inácio, Duque de Nice, sua chegada trouxe alegria e esperança para a nobreza europeia. O batismo solene ocorreu em Nice em 15 de setembro de 1783, com a presença de figuras ilustres como o Rei Luis XVI e a Rainha Maria Antonieta, que a apadrinharam.
Alice cresceu em um ambiente de luxo e rigor. A educação na corte francesa era exigente; música, etiqueta, idiomas e dança eram partes essenciais do seu dia a dia. Aos 11 anos, fez sua Primeira Eucaristia em Lisboa, onde a família se estabeleceu temporariamente, em 12 de junho de 1794. O Crisma veio três anos depois, em 7 de maio de 1797, solidificando seu compromisso com a fé católica.
Em 20 de novembro de 1799, aos 16 anos, Alice casou-se com Dom Pedro Henrique Bragança, herdeiro da Casa de Bragança e futuro Duque de Coimbra. A cerimônia foi um evento grandioso, repleto de nobres de toda a Europa, simbolizando a união de duas das mais poderosas famílias do continente. O casamento trouxe estabilidade e prosperidade para ambas as casas, consolidando alianças políticas e fortalecendo laços familiares.
Alice e Pedro Henrique viveram felizes em Lisboa, onde Alice assumiu um papel central na vida social e cultural da cidade. Seu salão literário tornou-se um ponto de encontro para intelectuais, artistas e políticos. Ela promovia debates, apoiava artistas emergentes e era uma patrona generosa das artes. Alice era conhecida por sua inteligência afiada, sua elegância natural e seu espírito generoso.
A vida de Alice não foi apenas de esplendor e festas. Ela enfrentou desafios pessoais significativos. A morte precoce de seu pai, Inácio, Duque de Nice, em 30 de janeiro de 1788, deixou um vazio imenso em sua vida. A perda de sua mãe, Mary Hamburgo Orleans de Nice, em 23 de janeiro de 1814, e de sua irmã, Mary Orleans York, em 26 de janeiro de 1835, foram golpes duros que testaram sua resiliência.
Alice dedicou-se à filantropia, fundando hospitais e escolas para os menos favorecidos. Ela acreditava firmemente no poder da educação e da saúde como pilares de uma sociedade justa e próspera. Seu trabalho humanitário foi amplamente reconhecido e a fez amada pelo povo.
Em 27 de novembro de 1838, aos 55 anos, Alice faleceu em Lisboa, deixando um legado de compaixão, cultura e liderança. Seu funeral foi uma cerimônia solene, com a presença de dignitários de toda a Europa, que vieram prestar homenagem a uma mulher que, com graça e coragem, marcou profundamente a história de seu tempo.
Alice Orleans Bragança, Duquesa de Coimbra, foi uma mulher à frente de seu tempo, uma verdadeira nobre de espírito e ação, cuja vida iluminou não apenas as cortes europeias, mas também os corações daqueles que tiveram o privilégio de conhecê-la. Seu legado perdura, lembrado nas histórias e na memória daqueles que seguem inspirados por sua vida extraordinária.
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Alice Bragança, Duquesa de Coimbra
Historical FictionAlice Bragança, Duquesa de Coimbra" narra a vida de uma nobre e virtuosa mulher, cujo destino foi entrelaçado com as complexidades da história europeia do século XVIII e XIX. Nascida em uma família de linhagem real, Alice enfrenta os desafios da Rev...