Capítulo 4

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Sampa estava em casa, olhando para seu novo pet. Tinha passado numa veterinária 24hrs para comprar o básico mais urgente e para um check-up geral, que lhe deixou mais tranquilo sabendo que estava tudo bem com o filhote. Estava tremendo e com sono, e o filhote ali brincando com sua mão o fazia relaxar e respirar um pouco melhor.

— Não... faz sentido..? Eu... eu... Vai ficar tudo bem, é só o sono.

Ele mexeu a mão, fazendo o filhote deitar de barriga para cima, e notou um fato importante

— Ah, é verdade. Você é fêmea né?. Uma filha, hm... Não odeio essa ideia, sabia? Você sabia? – ele falou, acariciando a gatinha – Que nome eu vou te dar hein?

A gatinha se empoleirou na mão do moreno e começou a morder seus dedos, segurando-os com as patinhas

— Bem, eu deveria arrumar as coisas por aqui pra você poder ficar bem amanhã sem mim né? – ele disse, num suspiro – esse Rio só me traz estresse...

Sentiu seu peito apertar ao pensar no loiro. "Não consigo lidar com isso de novo. Isso precisa acabar aqui." Balançou a cabeça, e se apressou em fazer tudo o que precisava para abrigar sua nova gatinha.

Enquanto arrumava, suspirou frustrado quando se percebeu pensando em sua relação com o Rio. Eles estavam bem do jeito que estavam. Finalmente tinham voltado a se falar e estavam indo muito bem. Não ia estragar tudo de novo. Decidido, esboçou um sorriso. "Vai ficar tudo bem"

No dia seguinte, ele chegou no horário usual na empresa, ou seja, cerca de meia hora antes de todo mundo. As únicas pessoas na empresa eram Brasil e Brasília, em suas respectivas salas, provavelmente Brasil havia dormido por ali mesmo, considerando a cara amassada dele quando foi cumprimentar o moreno

— Bom *bocejo* ...dia Sampinha – cumprimentou o brasileiro, se espreguiçando.

— Bom dia Brasa. Muito trabalho?

— Égua, tu não tem noção. Mas tudo bem né, fazer o quê. Ontem eu consegui adiantar bem esses trem, acho que hoje eu consigo ir pra casa.

— Quer ajuda? – o moreno perguntou, dando uma golada em sua caneca de café

— Mesmo se precisasse, não pediria pra você, tá quase morrendo atolado de trabalho aí. Olha só essas olheiras! Tá comendo direito? Tô quase pra te liberar por uma semana pra ver se tu se cuida.

— Tá, tá pai. – Sampa riu, revirando os olhos – não se preocupa, tenho comido bem até.

— Pensando bem, eu acho que acredito – disse o país, pegando o celular e respondendo alguma mensagem

— Ah, muito obrigado pela confiança

— Não leva pro coração não tá meu fi, mas pense num macho pra não querer se cuidar, és tu. Mas eu acredito, porque eu lembro de ver você almoçando com o Rio, e ele come mais que pedreiro na obra – respondeu Brasil, sorrindo, ainda mexendo no celular

— Como é que é a história? Confia mais no Rio do que em mim?!

— Não foi isso que eu disse – ele respondeu, levantando o indicador e guardando o celular – mas confio que quando você almoça com alguém, essa pessoa faz você comer direito.

— Eu mereço – Sampa respondeu simplesmente. Não podia negar.

— E por falar nisso, que bom que você e o Rio voltaram a se falar. Espero que esteja tudo bem. Mas qualquer coisa, cê sabe que eu tô sempre por aqui, né? – o mais velho disse, colocando a destra no ombro do mais baixo.

— Claro. – respondeu, sorrindo – Mas tá tudo bem por enquanto, se não contar os danos morais que aquele cretino me causa todo santo dia.

— Ah, isso eu não posso fazer nada, acredite, eu tentei – ele respondeu, rindo ao lembrar não só do Rio, mas do trio do terror e mais algumas personalidades no mínimo interessantes de seus estados – mas na verdade, eu não mudaria nada neles.

Biscoito e BolachaOnde histórias criam vida. Descubra agora