Assim, por um bom tempo, os dois estados estavam se dando bem. Inclusive, estavam tendo uma interação pacífica neste momento, cerca de 3 meses após o dia do pub.
— SEU DESGRAÇADO, CRETINO, ARROMBADO, MALUCO, FILHO DA PUTA – Sampa gritava pausadamente, ritmado com os socos que ele dava no carioca
— AI AI AI AI AI PRINCESA CALMA AÍ CALMA AÍ, PENICO, EU PEÇO PENICO PARA
— CUZAO DO CARALHO, DESOCUPADO DA PORRA, NÃO TEM MAIS NADA PRA FAZER NÃO?!
— SAMPA TA DOENDO, PARA PORRA
— É PRA DOER! VOCÊ RASGOU MEU MOLETOM FAVORITO ENQUANTO ME PUXAVA SEU VIADO
— A CULPA É SUA POR CORRER DE MIM
— EU JÁ DISSE QUE NAO GOSTO QUE ME APERTEM – Gritou de volta, finalmente parando de socar o Fluminense, que estava dolorido e com alguns roxos a esse ponto
— Era só uma brincadeira boneca, não precisava disso tudo não – o loiro disse, passando a mão nos lugares doloridos
— Você vai comprar outro moletom pra mim, e eu quero IGUALZINHO
— O quê? Sem chance! Não vou gastar meu dinheirinho pra você estragar a roupa com esse cheiro de cigarro não
— Ah mas você vai! – ameaçou o paulista, puxando o carioca pela gola
— Aoba minha gente, bão? – Minas disse, chegando ao ambiente sorridente.
— Suave Minas – Rio respondeu, fazendo um hang loose (ainda sendo segurado pela gola)
— Afe! Eu desisto de você! – o paulista exclamou, soltando o carioca empurrando-o com força – Minas, tem café? Na verdade, foda-se, preciso fumar – e saiu batendo os pés para fora da empresa
— Mai ocês não tem jeito mermo, né não Riozin? – riu o mineiro, tomando um gole do café que ele tinha acabado de passar
— Ah, ele vai superar – disse o carioca, dando de ombros – pra falar a real, eu já ia comprar um moletom novo pra ele mesmo, já que eu que rasguei né? Mas não vai contar pra ele Minas!
— Uai, e eu lá sou língua frouxa sô?
— Se é lingua frouxa eu não sei, mas todo mundo sabe que tu e o Sampa sentam juntos uma vez por semana pra descarrilhar fofoca de todo mundo – Rio respondeu, cruzando os braços e sorrindo provocativo pro mineiro.
— Eita, me pegaro no flagra hehehe – ele riu, passando a mão pelos cabelos – preocupa não, digo nada pro Paulinho. Mas só porque tô feliz que vocês estão voltando a se dar bem.
Rio arregalou os olhos brevemente, mas depois sorriu. – é verdade, a gente até que tá se suportando mesmo.
— Bão, eu vou voltar pra sala que tenho trabalho pra terminar. – ele disse, dando um tapinha talvez forte demais no Rio, que tombou pra frente.
— PUTA- Ôu mineiro, bora querer controlar essa força porra! – gritou o loiro para o amigo que já estava se afastando. Esse, só sorriu e acenou um tchauzinho
Rio sorriu de volta. Esse homem era a coisinha mais bonitinha do mundo velho, quem ficaria com raiva desse pãozinho de queijo? O Mato não conta!
Ele olhou o horário e viu que faltava 3 min pra acabar o intervalo que eles davam para si mesmos no meio da manhã. Decidiu ir atrás do Sampa.
Andou até o pátio do prédio e achou o paulista fumando no mesmo lugar de sempre: num banquinho que ficava atrás de uma árvore relativamente afastada. Todo emo depressivo antisocial mesmo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Biscoito e Bolacha
FanficUma viagem no relacionamento dos Pauneiro, mostrando como os dois terminaram juntinhos do jeito que estão hoje Personagens da @nikkiyannn Referências históricas e backstories dos personagens inspirados em pesquisas minhas de fatos históricos reais...