oito deliciosos pecados - stray kids

• capítulo 10 •

Depois daquele momento com titio felix ainda fiquei um belos longos minutos pensando no quanto aquilo foi totalmente errado e pecaminoso. É estranho mas, foi tão bom que eu não me arrependo tanto quanto eu deveria me arrepender.

– Aish, ficar aqui pensando e repensando não vai me ajudar em absolutamente nada. – Digo para o meu bichinho de pelúcia – Vou importunar titio changbin. – Sorrio assim que a ideia clareia em minha mente. Ele foi a única pessoa que demonstrou um pouco de sinceridade e compaixão, acho que não me aconteceria nada se eu fosse vê-lo.

Assim que me visto faço uma maquiagem básica contendo apenas um gloss de morango, um rímel e um blush pra não parecer um cadáver. Ao terminar saio do quarto em passos moderados e encaro o corredor de cor branca cheio de portas. Coloco meu indicador em meu queixo e penso em qual porta daria para o quarto do titio.

Por conta de meu quarto ser o último do corredor, começo a abrir uma por uma torcendo para não abrir uma porta e encontrar alguma pessoa indesejada. abro a quarta porta e me deparo com uma cena que, sinceramente não estava esperando.

– Alice? – Titio changbin franze o cenho ao me ver parada na porta com ela semi aberta, sem perceber corro meu par de olhos pelo seu corpo sem disfarçar um segundo.

– Titio… – Minha voz havia sumido. – E-eu posso voltar mais tarde. – Murmuro assim que sinto minha voz voltar.

Que homem misericórdia!

– Não, está tudo bem. – Ele diz enxugando o suor de sua testa. – Gosto de fazer algum exercício quando estou com a cabeça cheia. – Sorri assim que se levanta, interrompendo seus abdominais. – Do que precisa? – Aproxima e tento não olhar o suor escorrendo por cada músculo de seu abdômen.

De repente uma questão vem em mente, o momento não é tão perfeito mas, decido tirar a limpo.

– Eu…queria te fazer uma pergunta. – Digo, finalmente conseguindo encarar o seu rosto.

– Pois pergunte. – Diz se sentando na beirada da cama. – Vem. – Bate no espaço no colchão ao seu lado e eu me sento um pouco afastada.

– Como você sabe fui ao ginecologista e a doutora me contou que havia vestígios de sedativo em meu organismo, sabe me dizer o porquê? – O encaro e o vejo focar em um ponto aleatório no chão.

Seu tronco desnudo brilha com o suor e a calça branca deixa em evidência suas pernas torneadas. Por um momento me perco o analisando mais logo sua voz soou pelo quarto me trazendo a realidade.

– Lee know injetou em você, precisávamos que ficasse desacordada para resolvermos algumas coisas assim que chegamos. – Diz sério e eu fico sem reação.

Mesmo que eu esteja muito curiosa para saber do por que eu precisaria ficar desacordada, tem uma coisa mais importante que eu preciso perguntar.

– Ele não… – Começo mas antes que consigo achar uma palavra certa changbin parece entender onde eu estava querendo chegar e me olha assustado.

– Não, jamais meu irmão faria isso. – Começa me olhando incredulo. – Ele certamente não pode ser a melhor pessoa do mundo mais não abusaria de você desta forma. – Surpiro pesadamente ao lembrar daquele maldito fofoqueiro.

– Então o hyunjin já contou sobre os hematomas…aquele fofoqueiro! –Ele assentiu rindo. – Eu acho que estava bêbada demais para sentir matheus me machucando, achei que o incômodo seria normal depois de se perder a virgindade. – O moreno dá de ombros.

– O que importa é que está bem agora. – Rio com sua fala.

– Fisicamente sim. – Lembro dos momentos a algumas horas atrás. – Sabe, não quero a vida que você estão querendo me dar.

– Sabe que não tem escolha alice. –

– Eu sei. – Dou um sorriso de lado. – Me sinto confortável em conversar com você, não é como os outros. – Ele sorriu com o elogio.

– É só questão de tempo, vai aprender a lidar com cada um. – Ele levanta e estende a sua mão em minha direção. Aceito o gesto e ele me puxa entrelaçando os braços em minha cintura e prendendo o seu olhar no meu diz. – Quer passar o resto do dia comigo? – Sorri.

– Quero. – Digo e o vejo abrir mais ainda o sorriso. – Mas…precisa de um banho urgentemente. – Solta uma gargalhada me levando junto.

– Quer vir comigo? – Sorri de maneira sedutora e eu rio.

A cada dia que passa, meus tios estão ficando mais ousados.

– Tentador, mas acabei de sair de um. – Ele beija minha testa e se afasta logo sumindo do meu campo de visão. Solto o ar que nem eu sabia que estava prendendo e me jogo na cama de braços abertos.

Ah titio changbin, espero que saiba o quanto gostoso e sedutor você é.

Balanço a cabeça e me repreendi mentalmente, não deveria estar pensando dele de tal forma. Aliás, não deveria estar pensando isso de nenhum de meus tios, mas, é quase que impossível de não pensar. Viro de bruços com a cara enterrada nos travesseiros e aspiro o perfume delicioso de meu tio e abraço a maciez do travesseiro me sentindo sonolenta.

Passo alguns minutos de olhos fechados aproveitando a sensação até ouvir a porta do quarto se abrir, não movi um músculo sequer até de repente senti um tapa estralado em minha bunda.

– Porra, não tenho um minuto de paz nesta casa. – Me viro logo dando de cara com lee know sorrindo maldoso. – Ah, é você. –Digo sem interesse e ele arqueia a sobrancelha. – Pensei que estivesse saindo com os outros. –  Digo o vendo me analisar por inteira.

– Posso saber o que faz aqui? – Rio de maneira debochada por seu interesse indevido.

– hm…Não. Eu te daria satisfação se estivsse fora de casa. – Me sento e cruzo os braços, ele agarra meu pulso me puxando de encontra ao seu peito me fazendo levantar. – Me solta! – Tento sair de seu aperto, mas ele fecha com mais força os dedos em minha pele. – Me solta porra! – Exclamo o fazendo ficar com mais raiva.

– Acha que pode falar o que quiser pra mim? Me deve respeito. – Rosna em cima da minha cara. – Estava transando? Pelo que eu sei não pode fazer por um tempo.  – Ri pegando em minha bunda.

Mais que filho da puta!

– Solta ela minho. – Changbin diz calmo e se não fosse por toda essa confusão, diria que ele fica um gostoso só de toalha.

– Por que? Só você pode se divertir? – Diz ainda me olhando.

– Não sou como você, ela só queria passar um tempo com alguém e já que não pode contar com as outras pessoas que vivem nessa casa ela escolheu passar comigo. – Diz calmo, mas percebo que seus músculos estão rígidos.

Olho para titio lee know e o vejo travar o maxilar, sinto que não vai prestar o rumo que esta conversa está tomando.