- Boa noite mamãeee. - Assim que passo pela porta, disparo eufórica por conta do álcool presente em meu corpo.
Encaro o seu rosto já cheio de rugas por conta da idade e reparo que seus olhos castanhos claros estavam levemente inchados sinalizando que ela havia chorado antes de eu chegar. Desfazendo o meu enorme sorriso, me viro para trás fechando a porta de meu quarto.
- Você tem noção de que hora são? - Começa. - Sumiu a tarde e a noite toda depois que saiu da escola e ainda por cima. - Ela se aproxima cheirando o meu pescoço. - Chega fedendo a álcool, já é a quinta vez esse mês alice! - Aumenta o tom de voz me fazendo soltar uma pequena risada.
Era muito fofo ver ela toda brava, ainda mais comigo.
- Me desculpe mamãe, eu só tô vivendo a minha vida como uma adolecente da minha idade faz. - Levanto meus braços em rendição.
- Você sabe que os seus tios não gosta desse tipo de comportamento mundano. - Ela diz me fazendo torcer o nariz e balançar a cabeça em reprovação. - E afinal de contas, onde você estava? - Cruza os braços enquanto esperava uma resposta verdadeira de minha parte.
Com ou sem mentiras, ela sempre descobre onde eu realmente estava e com quem. Melhor não enrolar e dizer logo a verdade nua e crua.
- Em uma das festa que o nick dá. - Murmuro tirando os meus saltos e os chutando pra longe.
- O QUE?! - Grita me fazendo cair na cama e tampar meus amados tímpanos com o travesseiro. - Aquele garoto é uma má influência para você minha filha, não vê o jeito que se veste? Se bobear até droga ele vende! - Cobre os olhos em reprovação e eu gargalho com essa atitude.
- Eu gosto do jeito que ele se vesti, e duvido que ele venda droga. - Conto ao me sentar enquanto ela observa cada passo meu atenta.
Nick realmente vende, mas não acho que ela precisa saber desse detalhe agora.
- Se você me aparecer fumando maconha eu te mato garota! - Me encara com um rosto de poucos amigos mais logo substitui por uma de tristeza me pegando de surpesa. - Filha, estou preocupada com você as suas notas estão muito baixas, começou a beber e a andar com companhias nada boas. - Fala com calma ao se sentar ao meu lado da cama.
Realmente eu não estava cem por cento contente com as minhas atitudes, por mais que eu quisesse viver essa vida que todos adolecentes tem isso só me fazia odiar mais e mais a minha existência. Eu sinto que falta alguma coisa, algum propósito pra eu viver nesse mundo, mais até o momento ainda o não encontrei.
- Me desculpe minha menininha, mas ainda sou apenas uma empregada aqui e tenho que contar aos seus tios. - Chama a minha atenção e arregalo os olhos em desespero.
- Amélia, não. - A chamo pelo nome. - Sabe muito bem que eles já avisaram que se eu saísse dos limites mais uma única vez você seria mandada embora! O que vai ser de mim sozinha nesta casa? - Meus olhos se enchem de lágrimas enquanto a mulher caminha em direção a porta.
- Nós duas sabemos que eles têm olhos em todo lugar e acompanham cada passo que você dá, logo logo eles saberam e será melhor que eles saibam por mim querida. - Amélia diz e sai do quarto sem me dar a chance de dizer mais nenhuma sequer palavra.
Me jogo na cama me abraçando procurando conforto e soluço, assim que a minha ficha cai.
Que merda que eu fui fazer!
Abro os meus olhos por conta da claridade que invade o meu quarto e sinto minha cabeça latejar e meu corpo mais pesado que normalmente. Levo um tempo de mais de meia hora processando o que está acontecendo e devagar me sento na cama. Sinto as pontas do meu longo cabelo preto úmido em minha costas e ao olhar para baixo vejo que estou vestindo um dos babydolls mais sensuais que eu possuo, branco de renda com a região dos seios, principalmente os mamilos, bem a amostra.
- Como ela conseguiu me dar banho sem que eu despertasse? - Pergunto ao nada enquanto me levanto, caminho até o banheiro e lá faço a minha higiene matinal junto com a minha skincare.
Nunca amei tanto as férias do meio ano, só mais seis meses e finalmente estarei livre da escola - pelo menos por um mês - ao lembrar da escola involuntariamente lembro da noite passada com o matheus e um sorriso bobo escapar de meus lábios. Saio do banheiro e desço as escadas rumo a sala de jantar se ao mesmo trocar de roupa, todos os empregados já estão acostumados a me ver que nem uma prostituta andando para cima e para baixo pela casa. Amo a reforma que eu fiz no meu closet e estou nem ai para opniões alheias.
Bocejo ainda com sono enquanto desço as escadas, passo pelo salão central e caminho pelo pequeno corredor que leva até a sala de jantar. Passo reto pela porta coçando meus olhos, mas, logo paro assim que vejo vultos pretos sentados à mesa. Ao focar a minha visão, arregalo os olhos e entro com cautela completamente chocada com os oito homens sentados na comprida mesa de mármore.
- Titios? - Sussurro ainda pelo choque, torcendo internamente para que seja apenas uma alucinação da minha cabeça.
Sinto um arrepio percorrer todo o meu corpo assim que aqueles olhares pousam em cima de mim.
Agora fudeu!
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oito deliciosos pecados - stray kids
Fiksi PenggemarCom o tempo eu me tornei o pecado deles e eles se tornaram o meu, e assim os maiores e mais incestuosos pecados que alguém em sã consciência poderia cometer estávamos cometendo um atrás do outro. E para ser bem sincera, eu dançaria até com o próprio...