𝐂apitulo 𝟹- 𝐓udo 𝐐ue 𝐄sta 𝐑uim, 𝐏ode 𝐏iorar.

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Jisung ainda se encontrava visivelmente constrangido com aqueles brinquedos sexuais em todo o seu campo de visão. Aonde olhava, havia um dentro da caixa, de cores e formatos diferentes que o assustava só de imaginar aquilo dentro de alguma pessoa. Apesar do ambiente todo ser, promíscuo, havia Felix ali para lhe fazer companhia e sorrir de forma gentil, toda vez que gaguejava quando alguém perguntava detalhadamente sobre o produto na prateleira e os doces no balcão. Seu corpo iria entrar em combustão de tanta vergonha, toda vez que alguma garota entrava na loja, soltava um sorrisinho em sua direção e saia logo em seguida. Não tinha certeza, mas talvez, eram alunas da mesma universidade que si.

Devem estar se perguntando, mas e o Christopher? Aonde está esse australiano safado que o pós nessa situação? Pois bem, Bahng por sorte do destino, era de turno diferente, enquanto o mesmo era diurno e se deleitava sobre o fato de haver poucos movimentos durante o dia, Jisung se martirizava com o fato de seu turno ser noturno, aonde a movimentação era maior, lhe fazendo andar entre o estoque, prateleiras e balcão.

— Eu sinto que eu irei morrer! — O Han dramatizou apoiando-se sob o balcão, sua cabeça estava escorada na palma de sua mão e seus olhos divagava nas costas do australiano de sardas.

— Não morra aqui, seria cômico alguma morrer em um sex shop. — Sorriu levantando-se com uma caixa vazia em mãos e olhou para o coreano e bufou visivelmente envergonhado.

— Oras Jisung, não é tão ruim assim. Você foi ótimo sendo seu primeiro dia! É como se você trabalhasse em um mercadinho qualquer. Vendendo e dando opiniões dos produtos aos clientes!

— Agradeço. Mas dar uma review sobre um pinto de borracha que parece um tentáculo, não é lá algo que se faz muito nos mercadinhos. Uh, ainda não esqueço aquele cara estranho perguntando se eu já experimentei! Que horror!!

O loiro riu alto enquanto se dirigia ao estoque para organizá-lo e anotar produtos em falta ou que estavam acabando.

— Se acostume, isso sempre irá ocorrer! Mas qualquer coisa esquisita, me chame. — Sua voz ecoou das profundezas do cômodo do fundo.

O coreano suspirou e encarou o relógio de gato no topo da parede em cima da porta automática. Deveria aguentar aquilo até o fim das férias. Conseguiria pagar suas contas e se livrar dos boletos pendentes. Assim, suspirando por pensar no alívio que isso lhe causaria e suas noites dormidas tranquilamente. Quando estava pensando demais em sua vida sem dívidas e impostos, o som da porta aberta o arrancou de seus devaneios. Se arrumou ficando em pé e encarou a pessoa que havia entrado. Se lhe dissessem que seu queixo estava no chão, ele acreditaria. Pois o quão belo aquele rapaz era. Seus cabelos pretos penteados para trás enquanto a lateral era raspado. Os óculos escuros em seu rosto e um pircing em seus lábios, a roupa social inteiramente preta, sem contar em sua estrutura corporal, lhe deixando inteiramente atrativo para o pobre Han que trabalha em um local daqueles. Se não estivesse com aquele avental vermelho com uma cereja preta no peito e com uma piada sexual estampada nele, com toda a certeza, estaria mais arrumado para recebê-lo.

Afinal, se lhe dissessem que aquele era Deus, ele acreditaria. Se fosse o anjo caído, lucifer, aceitaria ser satanista para adorá-lo, se eles estivessem na Grécia Antiga, os gregos com certeza o levariam pro Olimpo, porque sua beleza era divina!

— Boa noite, posso ajudar? — Sorriu meigo, analisando o rapaz bonito olhar ao redor antes de retomar o seu olhar em sua direção. Jisung poderia talvez dizer que estava vendo coisas, mas juraria para todos os deuses existentes que viu aquele canalha sorrir. Isso mesmo. Canalha.

— Estou só olhando. Nada me interessava antes. — Sorriu, pondo suas mãos no bolso de sua calça social. Céus não havia reparado o quão lindo ele se encontrava naquela roupa. — Está trabalhando aqui faz tempo?

— E-Eu? Ah, não, não. Comecei faz pouco tempo. Hoje, para ser mais exato. — O pequeno Han poderia sentir que iria desmaiar com a presença alheia do rapaz estranho. Seu interior formigava apenas de ver aquele sorrisinho de canto, típico de garotos que não prestavam.

— Bom, Felix teve uma boa escolha desta vez. Até mais… Han jisung? Esse é o seu nome?

O citado encarou seu uniforme com o broche de seu nome e sorriu.

— Sim. Han Jisung.

O rapaz sorriu e retirou os óculos, ele sentia que iria despencar naquele balcão de tão molengas suas pernas se encontravam. Aquele rapaz com toda a certeza era um Deus divino, e estava ali testando a sua sanidade mental.

— Até mais,

𝐒𝖾𝗑 𝐒𝗁𝗈𝗉 • B𝗂𝗇s𝗎𝗇𝗀Onde histórias criam vida. Descubra agora